24 de Novembro de 1859 e de 2009
Informação recebida do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.
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"A Origem das Espécies": mesa redonda multidisciplinar sobre as teorias de Darwin
A grande obra de Darwin faz 150 anos na próxima terça-feira. Para a ocasião, o Museu da Ciência organiza uma mesa redonda com um leque alargado de especialistas de diversos domínios que irão debater as implicações do livro, que permanece polémico, na ciência que se pratica hoje. A sessão tem lugar no dia 24 de Novembro, às 15 horas, no Anfiteatro do Museu. A entrada é livre.
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"Se as evidências da evolução são actualmente imensas, sendo a evolução um facto inquestionável; se as evidências da evolução humana estão também hoje profusamente documentadas, quer nos fósseis que vêm sendo descobertos, quer na informação contida em cada uma das nossas células, no ADN, como é possível que continue a existir tanta resistência a uma das mais consistentes explicações científicas que temos?", questiona Paulo Gama Mota, director do Museu da Ciência, a respeito das ideias defendidas por Darwin.
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O responsável do Museu e biólogo insiste na importância de iniciativas como o colóquio A Origem das Espécies. 150 anos, para debater o impacto que tem ainda hoje a obra, para discutir estas questões e, também, procurar compreendê-las.
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"A 24 de Novembro de 1859, foi publicado um dos livros mais influentes da história da ciência: A Origem das Espécies, de Charles Darwin. Para falar da sua importância e do seu impacto na actualidade, reunimos para uma conversa o antropólogo António Bracinha Vieira, a historiadora Ana Leonor Pereira (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - FLUC), o editor Guilherme Valente (Gradiva), o filósofo João Maria André (FLUC) e os biólogos Jorge Paiva (Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra) e José Feijó (Departamento de Biologia Vegetal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Instituto Gulbenkian de Ciência) participam na discussão. A moderação da sessão estará a cargo de Sandra Inês Cruz, jornalista e apresentadora do programa "4 x Ciência".
"As ideias desenvolvidas n' A Origem das Espécies alteraram por completo a nossa visão da natureza e a compreensão de como se formou e de como evoluiu, desde que surgiram os primeiros seres vivos há 3,5 mil milhões de anos", sublinha Paulo Gama Mota. "Mas o que fez da Origem das Espécies uma obra tão radical foi que ela também alterou por completo a nossa perspectiva sobre a origem do Homem. O que a ciência nos mostra hoje, e foi implicitamente enunciado naquela obra, é que a nossa espécie evoluiu como as restantes e descende de espécies que existiram no passado. Os primatas, outros mamíferos, as aves e todas as espécies que habitam o planeta, são nossos parentes evolutivos, ainda que em graus diferentes", adianta.
Paulo Gama Mota esclarece que mesmo 150 anos após a sua publicação, as teorias de Darwin continuam a agitar as águas. "A naturalização do homem, realizada pela ciência e radicalmente proposta por Darwin, mereceu e continua a merecer ataques e rejeições em comunidades ou países em que o fundamentalismo religioso se sobrepõe ao conhecimento", acrescentando que mesmo em países desenvolvidos como os EUA, uma percentagem elevadíssima da população (44% - Gallup) pensa que Deus criou a nossa espécie tal como existe hoje. "Também na União Europeia surgem pontualmente ataques à teoria de evolução, como um secretário de Estado da educação da Polónia, ou de condicionar o seu ensino, como chegou a ser proposto em Itália. Há poucos anos, uma campanha financiada por fundamentalistas turcos fez chegar a centenas de académicos europeus obras criacionistas e gastou milhões de euros em acções de lobbying", frisa por fim o director do Museu da Ciência.
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"A Origem das Espécies": mesa redonda multidisciplinar sobre as teorias de Darwin
A grande obra de Darwin faz 150 anos na próxima terça-feira. Para a ocasião, o Museu da Ciência organiza uma mesa redonda com um leque alargado de especialistas de diversos domínios que irão debater as implicações do livro, que permanece polémico, na ciência que se pratica hoje. A sessão tem lugar no dia 24 de Novembro, às 15 horas, no Anfiteatro do Museu. A entrada é livre.
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"Se as evidências da evolução são actualmente imensas, sendo a evolução um facto inquestionável; se as evidências da evolução humana estão também hoje profusamente documentadas, quer nos fósseis que vêm sendo descobertos, quer na informação contida em cada uma das nossas células, no ADN, como é possível que continue a existir tanta resistência a uma das mais consistentes explicações científicas que temos?", questiona Paulo Gama Mota, director do Museu da Ciência, a respeito das ideias defendidas por Darwin.
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O responsável do Museu e biólogo insiste na importância de iniciativas como o colóquio A Origem das Espécies. 150 anos, para debater o impacto que tem ainda hoje a obra, para discutir estas questões e, também, procurar compreendê-las.
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"A 24 de Novembro de 1859, foi publicado um dos livros mais influentes da história da ciência: A Origem das Espécies, de Charles Darwin. Para falar da sua importância e do seu impacto na actualidade, reunimos para uma conversa o antropólogo António Bracinha Vieira, a historiadora Ana Leonor Pereira (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - FLUC), o editor Guilherme Valente (Gradiva), o filósofo João Maria André (FLUC) e os biólogos Jorge Paiva (Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra) e José Feijó (Departamento de Biologia Vegetal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Instituto Gulbenkian de Ciência) participam na discussão. A moderação da sessão estará a cargo de Sandra Inês Cruz, jornalista e apresentadora do programa "4 x Ciência".
"As ideias desenvolvidas n' A Origem das Espécies alteraram por completo a nossa visão da natureza e a compreensão de como se formou e de como evoluiu, desde que surgiram os primeiros seres vivos há 3,5 mil milhões de anos", sublinha Paulo Gama Mota. "Mas o que fez da Origem das Espécies uma obra tão radical foi que ela também alterou por completo a nossa perspectiva sobre a origem do Homem. O que a ciência nos mostra hoje, e foi implicitamente enunciado naquela obra, é que a nossa espécie evoluiu como as restantes e descende de espécies que existiram no passado. Os primatas, outros mamíferos, as aves e todas as espécies que habitam o planeta, são nossos parentes evolutivos, ainda que em graus diferentes", adianta.
Paulo Gama Mota esclarece que mesmo 150 anos após a sua publicação, as teorias de Darwin continuam a agitar as águas. "A naturalização do homem, realizada pela ciência e radicalmente proposta por Darwin, mereceu e continua a merecer ataques e rejeições em comunidades ou países em que o fundamentalismo religioso se sobrepõe ao conhecimento", acrescentando que mesmo em países desenvolvidos como os EUA, uma percentagem elevadíssima da população (44% - Gallup) pensa que Deus criou a nossa espécie tal como existe hoje. "Também na União Europeia surgem pontualmente ataques à teoria de evolução, como um secretário de Estado da educação da Polónia, ou de condicionar o seu ensino, como chegou a ser proposto em Itália. Há poucos anos, uma campanha financiada por fundamentalistas turcos fez chegar a centenas de académicos europeus obras criacionistas e gastou milhões de euros em acções de lobbying", frisa por fim o director do Museu da Ciência.
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