Discurso de Lula da Silva (excerto)

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Mulheres: registros das primeiras civilizações


Colunas

Vermelho - 31 de Dezembro de 2009 - 0h00 
Regina Abrahão *
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No Egito antigo a família tinha organização patriarcal, com participação de mulheres na religião e política, dependendo de sua classe social. Durante a história deste povo, homens e mulheres governaram, e havia divindades de ambos os sexos com os mesmos poderes e qualidades. Citamos como governantes Nefertiti, que instituiu por um breve período o monoteísmo no Egito.

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Hatchepsut, durante seu reinado de 22 anos empreendeu duas grandes campanhas militares, conquistando as regiões da Núbia e hoje Somália, além de realizar obras, como templos, monumentos e obeliscos.Importante ressaltar que tanto, Hatchepsut quanto Cleópatra, segundo egiptólogos, eram morenas, cabelos crespos alisados à henna, obesas e de baixa estatura. Nada parecidas com as deusas hollywoodianas. Belezas egípcias, compatíveis com o padrão norte-africano da época.
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Já na Grécia, conhecida como a origem da democracia as mulheres não possuíam direito à cidadania. Ficava ao seu cargo a manutenção do lar, o cuidado com os filhos e com os não produtivos (velhos, enfermos, incapacitados). A elas era reservada uma peça da casa chamada gineceu, onde habitavam mulheres, crianças e criados, sendo vetado seu trânsito nas outras dependências, exceto para manutenção e organização. Inclusive as refeições eram feitas em separado dos homens. Meninos eram separados das mulheres a partir da idade de treinamento militar, aos sete anos (Esparta), ou adolescência (outras cidades-estado gregas). Também o acesso a atividades como filosofia, política e artes eram proibidas às mulheres. A única exceção eram as mulheres minóicas. Ao contrário de outras cidades gregas, onde a mulher não tinha direitos políticos e era vista apenas como uma reprodutora, a mulher minóica era livre, podia adquirir propriedades e ser independente.
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No Império romano A instituição do paterfamilias garantia ao homem poder absoluto sobre as mulheres, filhos e escravos, inclusive de vida e morte. O casamento (justum matrimonium) determinava à mulher abastada as tarefas de cuidar da educação dos filhos, administrar os escravos, e a casa. As não abastadas, na indisponibilidade de escravos, acumulavam as tarefas domésticas, educação e cuidado com os filhos e trabalhos na agricultura ou urbano. Era concedido às mulheres casadas o direito de acompanhar os maridos. Política, artes, participação na vida pública eram proibidas para mulheres, que também não tinham direito à propriedade. Mesmo assim, existem registros de mulheres literatas e outras que participaram de movimentações políticas, como Semprônia e Clódia.

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* Funcionária pública, direigente municipal do PCdoB de Porto Alegre, estudante de ciências sociais da UFRGS. Dirigente da Semapi - RS
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