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Jornais de todo o mundo destacaram neste sábado (19), ao término da Conferência da ONU sobre o Clima, a decepção deixada pelo acordo mínimo de luta contra a mudança climática obtido pela COP-15. Muitos editorais afirmaram que o acordo é um verdadeiro fracasso e foi um texto costurado às pressas para salvar a honra dos organizadores. A principal crítica é que o documento não conseguiu fixar os objetivos de redução das emissões poluentes.
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“Objetivos reduzidos, metas abandonadas: Copenhague acaba em fracasso”, é a manchete do site do jornal britânico The Guardian. “A conferência da ONU alcançou um fraco esquema de acordo global em Copenhague, que ficou muito longe do que era esperado pela Grã-Bretanha e muitos países pobres”, indica o site.
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“O ‘histórico’ acordo sobre mudança climática em Copenhague acabou em caos depois que alguns países em desenvolvimento rejeitaram o plano para lutar contra a mudança climática apresentado pelo presidente Barack Obama”, enfatiza o Daily Telegraph.
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“Muitos objetivos sem cumprir”, eis a manchete do New York Times. “O acordo inclui muitos temas que os lideres vieram tratar. Mas deixou descontentes muitos dos participantes, dos europeus, que agora são os únicos do mundo submetidos a um regime de controle das emissões, até os delegados dos países mais pobres, que criticam ter sido afastados da negociações cruciais “, acrescenta.
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“As potências resolvem a Cúpula do Clima com um pacto insuficiente”, afirma o espanhol El País. Para o francês Libération, a conferência mostrou que as “potências deste mundo são incapazes de tomar decisões claras e voluntárias, que não conseguiram obter mais que um acordo de questões mínimas que apenas salva as aparências”.
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Na Itália, La Stampa classifica o resultado de “acordo de fachada”. Já na Dinamarca, país organizador da cúpula, a imprensa afirma que a cúpula deixou evidenciada a emergência de uma nova ordem mundial. “A caótica reunião climática revelou que Washington não decida mais nada e que não há consenso político entre os países do mundo”, estimou o jornal Politiken.
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Da Redação, com informações da BBC Brasil
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“O ‘histórico’ acordo sobre mudança climática em Copenhague acabou em caos depois que alguns países em desenvolvimento rejeitaram o plano para lutar contra a mudança climática apresentado pelo presidente Barack Obama”, enfatiza o Daily Telegraph.
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“Muitos objetivos sem cumprir”, eis a manchete do New York Times. “O acordo inclui muitos temas que os lideres vieram tratar. Mas deixou descontentes muitos dos participantes, dos europeus, que agora são os únicos do mundo submetidos a um regime de controle das emissões, até os delegados dos países mais pobres, que criticam ter sido afastados da negociações cruciais “, acrescenta.
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“As potências resolvem a Cúpula do Clima com um pacto insuficiente”, afirma o espanhol El País. Para o francês Libération, a conferência mostrou que as “potências deste mundo são incapazes de tomar decisões claras e voluntárias, que não conseguiram obter mais que um acordo de questões mínimas que apenas salva as aparências”.
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Na Itália, La Stampa classifica o resultado de “acordo de fachada”. Já na Dinamarca, país organizador da cúpula, a imprensa afirma que a cúpula deixou evidenciada a emergência de uma nova ordem mundial. “A caótica reunião climática revelou que Washington não decida mais nada e que não há consenso político entre os países do mundo”, estimou o jornal Politiken.
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Da Redação, com informações da BBC Brasil
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Mundo
Reunião do clima acaba sem consenso sobre acordo e frustra países
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O presidente da 15ª conferência das Nações Unidas sobre mudança climática (COP-15), Philip Weech, anunciou neste sábado (19) que o encontro “tomou nota” do documento apresentado por um grupo de países liderado pelos Estados Unidos no dia anterior como “Acordo de Copenhague”. Com isso, na prática, não se chegou a consenso mesmo depois de duas semanas de negociações, com a participação de líderes de cerca de 120 países e com a intervenção direta do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon.
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Além de tomar nota do “Acordo de Copenhague”, ficou acertado que os países que concordam com o texto assinarão uma lista separada. Um acordo obrigatório, com valor legal, ficou para 2010. Ban Ki-Moon, entretanto, comemorou ter “selado um acordo”. “O Acordo de Copenhague pode não ser tudo o que todos esperavam, mas é um começo importante”, disse o sul-coreano, acrescentando que dormiu apenas duas das últimas 48 horas.
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O documento citado por Ban Ki-Moon não traz qualquer menção a metas de redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa, embora defenda que o aumento da temperatura global seja limitado a 2ºC. O texto também não prevê a sua transformação em tratado com valor legal.
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Mas, de acordo com a ONU, o documento poderá ser “operacionalizado” no que diz respeito à criação imediata de um fundo de financiamento de cerca de US$ 10 bilhões por ano nos próximos três anos. As verbas devem ser liberadas para ações de combate e adaptação às mudanças do clima nos países mais pobres do mundo.
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Um dos países que mais se opôs ao “Acordo de Copenhague” foi a Venezuela, que fez questão de ressaltar que, embora tenha aceitado que se “tomasse nota” do documento, ele não foi aprovado. “Não houve consenso. Esperamos que não se procurem artimanhas para forçar o acordo no futuro”, disse a representante venezuelana.
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O encontro — que chegou a ser considerada o maior evento de cunho político da história — atraiu 45 mil pessoas a Copenhague. Sem um acordo definitivo para combater a mudança do clima no planeta, serão necessárias novas negociações em 2010 para que uma nova estratégia global possa ser discutida. “Vamos tentar chegar a um acordo obrigatório com valor legal até a COP 16, no México”, disse Ban Ki-Moon.
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Processo conturbado
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Numa mostra de como o processo em Copenhague foi conturbado, Weech foi o terceiro presidente da COP-15, substituindo o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen, que há poucos dias assumira no lugar da ministra da Energia e do Meio Ambiente, Connie Hedegaard. O Acordo de Copenhague foi selado na sexta-feira, entre o presidente americano, Barack Obama, e os presidentes de China, Brasil, Índia e África do Sul, depois de uma reunião de mais de duas horas.
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“O que nós fizemos, foi procurar resgatar alguma coisa daqui, desbloquear essa questão do MRV (“mensurável, reportável e verificável”, no jargão), que estava bloqueando qualquer entendimento”, afirmou o embaixador extraordinário para mudança climática do Itamaraty, Sérgio Serra, acrescentando que Lula teve um papel de “protagonismo”.
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Essa operação de “resgate”, no entanto, acabou revoltando representantes de diversas delegações do bloco dos países em desenvolvimento, o G77. “Os eventos de hoje representam o pior acontecimento na história das negociações sobre mudança do clima. O Sudão não vai assinar esse acordo”, afirmou o embaixador Lumumba Di-Aping, negociador-chefe sudanês, um dos primeiros a manifestar a insatisfação com o documento publicamente.
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Por volta das 3 horas, Tuvalu foi a primeira delegação a pedir a palavra, pouco depois de o presidente da reunião, o primeiro-ministro dinarquês, Lars Loekke Rasmussen, ter suspendido a plenária por uma hora, “para apreciação do texto”. “Em termos bíblicos, parece que estão nos oferecendo 30 peças de prata para trair o nosso povo. Nosso futuro não está à venda. Lamento informá-lo de que Tuvalu não pode aceitar este documento”, disse o representante do pequeno país insular.
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Na sequência, discursaram representantes da Venezuela, Bolívia, Cuba, Costa Rica e Nicarágua — todos criticando duramente o processo que levou à criação do acordo anunciado por Obama e afirmando que não pretendem aceitá-lo. O clima de irritação ficou ainda mais evidente quando o representante dos Estados Unidos, Jonathan Pershing, pediu a palavra. Ele se preparava para falar quando representantes da Nicarágua, de pé e com as mãos abanando, o interromperam, exigindo a atenção de Rasmussen.
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Depois de quase cinco minutos de indecisão e trocas de explicações, a Nicarágua acabou discursando, antes do representante americano. O país centro-americano apresentou documentos da convenção do clima da ONU e pediu a suspensão da reunião e a reconvocação dela em junho de 2010. Por volta das 4 horas de sábado (1 hora, em Brasília), o presidente da conferência a suspendeu “por alguns minutos”.
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Consenso
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Como o protocolo das Nações Unidas aceita apenas decisões por unanimidade, a oposição de apenas um país já seria suficiente para inviabilizar um acordo em Copenhague. Pouco antes da retomada dos trabalhos na plenária, o presidente da Comissão Europeia, Manuel Durão Barroso, também se disse frustrado com o documento anunciado como acordo de Copenhague. “Este acordo é melhor do que nenhum acordo. Tem coisas boas e coisas não tão boas”, sintetizou Durão Barroso.
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Em uma última tentativa de evitar um desastre completo em Copenhague, às 8 horas de sábado, o ministro do Meio Ambiente britânico, Ed Miliband, fez uma proposta para que o documento fosse adotado como forma de operacionalizar os fundos disponibilizados por ele. A moção, no entanto, foi rapidamente vetada por algumas delegações.
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Em seguida, Miliband voltou a pedir a palavra e “uma breve suspensão” dos trabalhos, para tentar negociar um acordo sobre o acordo. A “breve” pausa durou cerca de duas horas e meia, nas quais o secretário-geral da ONU participou diretamente das negociações entre os diversos países envolvidos. A solução encontrada pelo líder foi não aprovar o “Acordo de Copenhague”, mas apenas tomar nota dele, acrescentando uma lista com os países que o apoiaram.
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Entre os líderes que vieram à Dinamarca para a reunião climática estão: Luiz Inácio Lula da Silva; Barack Obama, dos Estados Unidos, Nicolas Sarkozy, da França; além da chanceler alemã, Angela Merkel; e do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.
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Da Redação, com informações da BBC Brasil
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O documento citado por Ban Ki-Moon não traz qualquer menção a metas de redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa, embora defenda que o aumento da temperatura global seja limitado a 2ºC. O texto também não prevê a sua transformação em tratado com valor legal.
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Mas, de acordo com a ONU, o documento poderá ser “operacionalizado” no que diz respeito à criação imediata de um fundo de financiamento de cerca de US$ 10 bilhões por ano nos próximos três anos. As verbas devem ser liberadas para ações de combate e adaptação às mudanças do clima nos países mais pobres do mundo.
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Um dos países que mais se opôs ao “Acordo de Copenhague” foi a Venezuela, que fez questão de ressaltar que, embora tenha aceitado que se “tomasse nota” do documento, ele não foi aprovado. “Não houve consenso. Esperamos que não se procurem artimanhas para forçar o acordo no futuro”, disse a representante venezuelana.
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O encontro — que chegou a ser considerada o maior evento de cunho político da história — atraiu 45 mil pessoas a Copenhague. Sem um acordo definitivo para combater a mudança do clima no planeta, serão necessárias novas negociações em 2010 para que uma nova estratégia global possa ser discutida. “Vamos tentar chegar a um acordo obrigatório com valor legal até a COP 16, no México”, disse Ban Ki-Moon.
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Processo conturbado
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Numa mostra de como o processo em Copenhague foi conturbado, Weech foi o terceiro presidente da COP-15, substituindo o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen, que há poucos dias assumira no lugar da ministra da Energia e do Meio Ambiente, Connie Hedegaard. O Acordo de Copenhague foi selado na sexta-feira, entre o presidente americano, Barack Obama, e os presidentes de China, Brasil, Índia e África do Sul, depois de uma reunião de mais de duas horas.
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“O que nós fizemos, foi procurar resgatar alguma coisa daqui, desbloquear essa questão do MRV (“mensurável, reportável e verificável”, no jargão), que estava bloqueando qualquer entendimento”, afirmou o embaixador extraordinário para mudança climática do Itamaraty, Sérgio Serra, acrescentando que Lula teve um papel de “protagonismo”.
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Essa operação de “resgate”, no entanto, acabou revoltando representantes de diversas delegações do bloco dos países em desenvolvimento, o G77. “Os eventos de hoje representam o pior acontecimento na história das negociações sobre mudança do clima. O Sudão não vai assinar esse acordo”, afirmou o embaixador Lumumba Di-Aping, negociador-chefe sudanês, um dos primeiros a manifestar a insatisfação com o documento publicamente.
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Por volta das 3 horas, Tuvalu foi a primeira delegação a pedir a palavra, pouco depois de o presidente da reunião, o primeiro-ministro dinarquês, Lars Loekke Rasmussen, ter suspendido a plenária por uma hora, “para apreciação do texto”. “Em termos bíblicos, parece que estão nos oferecendo 30 peças de prata para trair o nosso povo. Nosso futuro não está à venda. Lamento informá-lo de que Tuvalu não pode aceitar este documento”, disse o representante do pequeno país insular.
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Na sequência, discursaram representantes da Venezuela, Bolívia, Cuba, Costa Rica e Nicarágua — todos criticando duramente o processo que levou à criação do acordo anunciado por Obama e afirmando que não pretendem aceitá-lo. O clima de irritação ficou ainda mais evidente quando o representante dos Estados Unidos, Jonathan Pershing, pediu a palavra. Ele se preparava para falar quando representantes da Nicarágua, de pé e com as mãos abanando, o interromperam, exigindo a atenção de Rasmussen.
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Depois de quase cinco minutos de indecisão e trocas de explicações, a Nicarágua acabou discursando, antes do representante americano. O país centro-americano apresentou documentos da convenção do clima da ONU e pediu a suspensão da reunião e a reconvocação dela em junho de 2010. Por volta das 4 horas de sábado (1 hora, em Brasília), o presidente da conferência a suspendeu “por alguns minutos”.
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Consenso
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Como o protocolo das Nações Unidas aceita apenas decisões por unanimidade, a oposição de apenas um país já seria suficiente para inviabilizar um acordo em Copenhague. Pouco antes da retomada dos trabalhos na plenária, o presidente da Comissão Europeia, Manuel Durão Barroso, também se disse frustrado com o documento anunciado como acordo de Copenhague. “Este acordo é melhor do que nenhum acordo. Tem coisas boas e coisas não tão boas”, sintetizou Durão Barroso.
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Em uma última tentativa de evitar um desastre completo em Copenhague, às 8 horas de sábado, o ministro do Meio Ambiente britânico, Ed Miliband, fez uma proposta para que o documento fosse adotado como forma de operacionalizar os fundos disponibilizados por ele. A moção, no entanto, foi rapidamente vetada por algumas delegações.
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Em seguida, Miliband voltou a pedir a palavra e “uma breve suspensão” dos trabalhos, para tentar negociar um acordo sobre o acordo. A “breve” pausa durou cerca de duas horas e meia, nas quais o secretário-geral da ONU participou diretamente das negociações entre os diversos países envolvidos. A solução encontrada pelo líder foi não aprovar o “Acordo de Copenhague”, mas apenas tomar nota dele, acrescentando uma lista com os países que o apoiaram.
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Entre os líderes que vieram à Dinamarca para a reunião climática estão: Luiz Inácio Lula da Silva; Barack Obama, dos Estados Unidos, Nicolas Sarkozy, da França; além da chanceler alemã, Angela Merkel; e do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.
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Da Redação, com informações da BBC Brasil
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Leia também: COP-15 foi uma decepção, diz a imprensa mundial
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Estamos pagando pra ver.
20/12/2009 13h46As nações não estão conscientes do perigo que o aquecimento global representa. E, além do mais, independente de existir ou não aquecimento global, menos poluição representa mais qualidade de vida. Obama decepcionou mais que o previsto. Lula e o Brasil foram o destaque positivo. Quanto aos possíveis desastres ambientais futuros, a opção do capitalismo é pagar pra ver. Ou seja, na dúvida se vai ocorrer um acidente ou não, o motorista do carro decidiu não colocar o cinto de segurança.Roberto LocatelliSão Paulo - SP.
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O lixo é o neoliberalismo
19/12/2009 19h16Com o encerramento dos trabalhos da COP 15, o encontro dos países para tentar solucionar os problemas do clima ambiental, chegamos à conclusão de que os países pobres não conseguiram sensibilizar os países mais ricos e desenvolvidos, imperialistas sobre os graves problemas que o modo de produção capitalista vem causando ao mundo nos dois últimos séculos. Seria de desconsiderar o argumento de indenização, o cálculo disto seria um valor tão grande que superaria aos números da atual economia mundial. O ponto de vista apresentado pelos países em desenvolvimento é utópico e cabe a cada país resolver seus próprios problemas ambientais, com ou sem ajuda de outros países e povos. Por exemplo, a construção de máquinas gigantescas para triturar o lixo diário das grandes cidades é uma solução simples, eletromecânica, que evitaria a poluição ambiental diária em todas as grandes megalópoles, metrópoles e cidades populosas. Isto nunca foi fabricado, por quê? O lixo continuará a causar doenças.Luzardo Bins CardosoPorto Alegre - RS.
Mundo
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COP-15: críticos elogiam Lula e falam em “decepção” sobre Obama
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Um discursou ocorreu logo após o outro no plenário da Conferência do Clima de Copenhague, na Dinamarca, mas os resultados das falas dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Obama foram diametralmente opostos nos corredores do Bella Center, onde acontece o evento. Enquanto Lula entusiasmou os poucos otimistas que ainda restam no centro de conferências, Obama foi alvo de críticas e decepcionou quem esperava que ele pudesse mudar o rumo das negociações na reta final.
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As diferenças já puderam ser vistas durante os pronunciamentos: Lula teve quatro vezes o discurso interrompido por aplausos, enquanto Obama nenhuma vez — apesar de as palavras do americano serem as mais aguardado de todo o evento. Ao final dos discursos, mais uma vez as palmas enfáticas para o brasileiro se distanciaram dos aplausos meramente protocolares dispensados ao americano..
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“O Lula mandou muito bem e abriu a porta para quem sabe as negociações tomarem outro rumo”, disse Paulo Adário, um dos coordenadores do Greenpeace Brasil. Adário elogiou a postura de vanguarda que o Brasil assumiu, ao oferecer contribuição financeira para o Fundo Global de Mudanças Climáticas para os países pobres. “A gente sabe que o Brasil não é mais nenhum Haiti e vínhamos cobrando isso há anos do presidente. Ele fez o que a gente esperava dele.”
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O coordenador da ONG Vitae Civilis, Rubens Harry Born, destacou que a fala improvisada de Lula fez toda a diferença. “Ele foi ele mesmo, falou com o coração e passou uma mensagem muito legal de comprometimento. Acho que essa postura pode ter efeitos nas negociações”, afirmou Born.
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Já o francês Fabrice Bourger, membro da delegação do seu país, achou que o Brasil deu um exemplo “sem precedentes” e que o discurso de Lula o aproxima ainda mais dos europeus. “Foi constrangedor para os outros países. Mas, sinceramente, nós não esperávamos outra coisa de Lula”, afirmou Bourger. “Ele se destaca de todos os outros líderes com essa posição aberta ao diálogo, sem perder a firmeza e a determinação.”
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Obama: “mico da história”
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Já as palavras em relação a Obama foram bem diferentes. “Arrogante”, “estúpido”, “burocrático” e autor de um “mico histórico” são apenas algumas das definições empregadas nos corredores da COP-15. “Uma parte, foi de palavras da boca para a fora (como a frase de que “não se pode mais perder tempo” para salvar planeta). E a outra, um verdadeiro absurdo. Foi um mico histórico”, disse Born.
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Para o coordenador da Vitae Civilis, Obama só reforçou o discurso intransigente que os Estados Unidos vinham defendendo na Cúpula do Clima e não trouxe nenhuma novidade. E ainda usou como desculpa para a falta de ação um argumento que todos os países democráticos poderiam utilizar, se quisessem: o de que não pode fazer nada sem a aprovação prévia do Congresso de seu país.
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Adário, do Greenpeace, foi ainda mais duro. “A postura do Obama naquele púlpito foi socialmente arrogante e politicamente estúpida. Não está nem perto de assumir a posição de liderança que as pessoas esperavam dele”, afirmou, destacando que as três condições impostas pelo americano para que assine um acordo — transparência, verificação das ações e metas de redução baixas — devem manter as negociações travadas.
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Também a ausência de especificações sobre quanto os Estados Unidos estarão dispostos a contribuir para fundo internacional de financiamento decepcionaram. Obama garantiu apenas que o país vai entrar com recursos, mas não detalhou nem quanto, nem quando. Bourger, negociador francês, preferiu não se estender nos comentários, mas não escondeu a decepção. “Acho que os esforços da Europa não foram suficientes para mudar nem um milímetro da posição americana.”
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Também o ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou o presidente americano e disse que o seu discurso “foi uma desgraça”. “O Obama foi muito frustrante. Parecia até que o Lula tinha mais responsabilidades do que ele no plano climático mundial, de tanto que o Obama falou mal.”
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Da Redação, com informações do Terra
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Lula e Obama
19/12/2009 12h40 Obama não tem a experiência e capacidade de Lula. Ele é apenas um fantoche do capital especulativo. Não dá conta de mudanças significativas. Se depender dos EUA, dificilmente haverá evoluções. É melhor criar uma agenda que não dependa deles.
Flávio Viana GomideMariana - MG -
Quem está preocupado com o clima do planeta
19/12/2009 12h29 Precisamos urgente boicotar, já que não temos o poder, de impor sanções comerciais aos países ricos, que não assinam e não se preocupam com a condição do clima no planeta. Portanto, chegou a hora da população mundial, começar a impor voluntariamente sanções financeiras, deixando de visitar, e não comprar nada deles, até que se comprometam a reduzir a emissão de gases que provocam o aquecimento global.
Carlos CompaSalvador - BA -
cambio
19/12/2009 12h20 É isso ai companheiros, nao resta duvida que vivemos tempos de muitos cambios, mais um momento de "revolução" das referencias morais e éticas, como em todas revoluções haverá resistencia daqueles q usufruem do modelo atual, um modelo egoístico e insustentável, temo o retorno de ditaduras, polarizações... Lula precisa agora assumir a liderança para um novo modelo, precisamos areglar as coisas nesse planeta e principalmente em nossas sociedades. UJS IMP-MA
Renato Cortezimperatriz - MA -
NOBEL DA GUERRA
19/12/2009 8h43 Era tolice pensar que Obama seria a esperança e paz ao mundo, o que vemos é continuação do império em decadência defendendo o capitalismo, a dmocracia burguesa e a guerra.
Alcebíades OliveiraRibeirão Preto - SP -
NOBEL DA GUERRA
19/12/2009 8h42 Era tolice pensar que Obama seria a esperança e paz ao mundo, o que vemos é continuação do império em decadência defendendo o capitalismo, a dmocracia burguesa e a guerra.
Alcebíades OliveiraRibeirão Preto - SP o traidor
18/12/2009 20h28alguem tem alguma duvida sobre esse pau mandado dos americanos , eu acreditei , mais burro eu nao sou nao, chegou a hora da verdade e todo mundo tem que ver que esse obama é um salafrario traidor ,e ninguem tem mais duvida , esta a serviço do imperio pra dominar o resto da humanidade e fim de papo.
mineirobelo horizonte - MG..
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