11h29m - Jornal de Notícias 2010.05.07
foto YURI KOCHETKOV/LUSA |
Militares de diversos países estiveram presentes na cerimónia |
A Rússia assinalou hoje, domingo, com uma imponente cerimónia militar em Moscovo, os 65 anos do final da II Guerra Mundial.
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A participação de militares da Rússia, de países membros da Comunidade de Estados Independentes e de países membros da coligação anti-hitleriana no desfile na Praça Vermelha "testemunha que eles estão prontos a impedir a revisão dos resultados da Segunda Guerra Mundial", bem como a não permitir o aparecimento de novas tragédias, declarou Dmitri Medvedev.
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O Presidente russo, ao discursar na parada dedicada ao 65.º aniversário da vitória do Exército Vermelho sobre as tropas nazis, sublinhou que "as lições da Segunda Guerra Mundial apelam à nossa união. A paz continua a ser frágil e é nosso dever recordarmo-nos sempre que as guerras não se declaram numa hora. O mal ganha força se recuamos perante ele".
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"Devemos unir-nos para fazer face às ameaças contemporâneas. Só é possível resolver os problemas da segurança global na base de relações de boa vizinhança para fazer triunfar no mundo inteiro os ideais da justiça e da paz, bem como para assegurar a liberdade e prosperidade às gerações futuras", concluiu.
foto ALEXANDER SHALGIN/LUSA |
O desfile terminou com um espectáculo aéreo |
Cerca de 40 chefes de Estado e de governo assistiram na Praça Vermelha à parada militar onde participaram onze mil soldados e 75 modelos de armamentos, incluindo tanques, mísseis e aviões.
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Pela primeira vez, o Mausoléu de Lénine, fundador da União Soviética, foi coberto por um enorme "sarcófago" pintado com as cores nacionais russas: vermelho, branco e azul.
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O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, suspenderam a sua viagem a Moscovo, alegando a "crise na zona euro", mas esteve presente na Praça Vermelha Angela Merkel, chanceler alemã.
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O desfile integrou também soldados dos EUA, França, Reino Unido e Polónia, os países aliados de Moscovo no decurso de um conflito e que vitimou cerca de 25 milhões de civis e militares da ex-URSS entre 1941 e 1945.
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A parada terminou com a demonstração de figuras de alta pilotagem sobre a Praça Vermelha, realizadas por 120 aviões e helicópteros de combate.
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.Comunistas festejam vitória sobre o nazismo à sombra de EstalineOntemMilhares de militantes e simpatizantes do Partido Comunista da Federação da Rússia saíram para as ruas da capital russa a fim de celebrar o 65.º aniversário da vitória do Exército Vermelho sobre o nazismo alemão. . O cortejo, que percorreu vários quilómetros, era encabeçado por Guennadi Ziuganov, dirigente do PCFR, vestido de casaco e chapéu vermelho.. "Glória ao povo soviético, vencedor!", "Glória ao Exército Vermelho!", "Queremos ver no caixão o vosso capitalismo ladrão!", gritavam os manifestantes. . Um retrato de José Estaline, dirigente comunista da URSS entre 1924 e 1953, decorava um camião que transportava a aparelhagem sonora, de onde soavam canções da época da II Guerra Mundial. Retratos de Estaline e de Gueorgui Jukov, conhecido cabo-de-guerra soviético, eram transportados por numerosos manifestantes. . "Não há vitória sem Estaline. Estaline ocupou os quatro cargos mais importantes nos anos da guerra, cinco anos seguidos. Foi líder do país, chefe do governo, dirigente do Ministério da Defesa e Comandante Supremo das Forças Armadas. Sem Estaline não começava nenhuma operação militar", declarou Ziuganov aos jornalistas. . A manifestação, onde participaram entre 50 e 100 mil pessoas, decorreu sem incidentes e terminou com um comício na Praça Lubianka de Moscovo. |
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