A nova tentativa da BP de parar o maciço derrame petrolífero de uma das suas plataformas no golfo do México falhou, desfazendo as esperanças numa solução expedita para o maior desastre do género nos Estados Unidos.
A baía em que o Mississípi encontra o Golfo do México (Jeffrey Dubinsky/Reuters)
Já com crude espalhado ao longo de mais de 110 quilómetros na direcção da costa do Louisiana, e 40 dias passados desde a explosão e afundamento da plataforma (em que morreram 11 pessoas), a BP põe agora expectativas em novas estratégias para parar o derrame, tendo gasto nas tácticas anteriores já cerca de 940 milhões de dólares.
O falhanço da manobra “top kill” – em marcha desde quarta-feira e que consistiu em injectar lama e desperdícios na ruptura aberta no poço – foi assumido ao fim de 72 horas de observação dos resultados. “Não fomos capazes de parar o derrame”, concedeu o chefe de operações da empresa, Doug Suttles, em conferência de imprensa ontem à noite.
“Isto assusta toda a gente, o facto de não conseguirmos estancar o fluxo de crude que sai do poço, o facto de ainda não termos tido êxito”, afirmou. Por três vezes a BP tentou tamponar a ruptura, tendo injectado mais de 30 mil barris de lama no poço, a uma média de 80 barris por minuto, mas sem qualquer sucesso.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, que enfrenta cada vez mais fortes críticas pelo que é visto como “uma resposta lenta” da Administração ao desastre, avaliou ontem à noite que o continuado fluxo de crude “enfurece tanto quanto parte o coração”.
“Continuaremos a lançar mão de todos e quaisquer meios responsáveis para parar este derrame até que estejam prontos os dois poços de apoio que estão agora a ser construídos”, afirmou em comunicado divulgado após ter sido anunciado o falhanço da manobra “top kill”. Obama fez questão de sublinhar que demorarão meses até àqueles poços estarem operacionais – e para os quais serão “desviadas” as golfadas de crude do poço que explodiu.
Sem garantias
O falhanço da manobra “top kill” – em marcha desde quarta-feira e que consistiu em injectar lama e desperdícios na ruptura aberta no poço – foi assumido ao fim de 72 horas de observação dos resultados. “Não fomos capazes de parar o derrame”, concedeu o chefe de operações da empresa, Doug Suttles, em conferência de imprensa ontem à noite.
“Isto assusta toda a gente, o facto de não conseguirmos estancar o fluxo de crude que sai do poço, o facto de ainda não termos tido êxito”, afirmou. Por três vezes a BP tentou tamponar a ruptura, tendo injectado mais de 30 mil barris de lama no poço, a uma média de 80 barris por minuto, mas sem qualquer sucesso.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, que enfrenta cada vez mais fortes críticas pelo que é visto como “uma resposta lenta” da Administração ao desastre, avaliou ontem à noite que o continuado fluxo de crude “enfurece tanto quanto parte o coração”.
“Continuaremos a lançar mão de todos e quaisquer meios responsáveis para parar este derrame até que estejam prontos os dois poços de apoio que estão agora a ser construídos”, afirmou em comunicado divulgado após ter sido anunciado o falhanço da manobra “top kill”. Obama fez questão de sublinhar que demorarão meses até àqueles poços estarem operacionais – e para os quais serão “desviadas” as golfadas de crude do poço que explodiu.
Sem garantias
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O próximo passo de solução mais rápida, agora que o “top kill” foi oficialmente abandonado, consiste num sistema que dá pelo nome de “pacote de tamponamento submarino” (LMRP) e envolve o uso de um robot subaquático para serrar e extrair o tubo com fuga e substitui-lo por uma tampa. Todo o material necessário para esta operação já se encontra no local e deverá entrar em marcha muito em breve, prevendo-se que a manobra demore quatro dias a ser executada.
A BP foi desde já avisando que não há garantias de que este novo método seja bem-sucedido, uma vez que tal operação jamais foi tentada à profundidade de cinco mil pés, que é onde se encontra a fuga do poço – o qual continua a “vomitar” crude a cerca de 12 mil barris por dia para as águas do golfo do México.
Antes, a empresa tentara colocar uma “cobertura” de umas 125 toneladas de peso sobre o derrame, a qual acabou bloqueada por cristais de gelo. A estratégia seguinte, de instalar um longo tubo para “aspirar” parte do crude derramado também não produziu resultados de monta. Só mesmo as explosões e queimas controladas de crude, assim como o uso de dispersantes – feitas logo nos primeiros dias, mas com consequências profundamente negativas sobre o ambiente e a vida marinha local –, permitiram durante algum tempo dar uma resposta muito parcial ao volume de crude derramado.
.O próximo passo de solução mais rápida, agora que o “top kill” foi oficialmente abandonado, consiste num sistema que dá pelo nome de “pacote de tamponamento submarino” (LMRP) e envolve o uso de um robot subaquático para serrar e extrair o tubo com fuga e substitui-lo por uma tampa. Todo o material necessário para esta operação já se encontra no local e deverá entrar em marcha muito em breve, prevendo-se que a manobra demore quatro dias a ser executada.
A BP foi desde já avisando que não há garantias de que este novo método seja bem-sucedido, uma vez que tal operação jamais foi tentada à profundidade de cinco mil pés, que é onde se encontra a fuga do poço – o qual continua a “vomitar” crude a cerca de 12 mil barris por dia para as águas do golfo do México.
Antes, a empresa tentara colocar uma “cobertura” de umas 125 toneladas de peso sobre o derrame, a qual acabou bloqueada por cristais de gelo. A estratégia seguinte, de instalar um longo tubo para “aspirar” parte do crude derramado também não produziu resultados de monta. Só mesmo as explosões e queimas controladas de crude, assim como o uso de dispersantes – feitas logo nos primeiros dias, mas com consequências profundamente negativas sobre o ambiente e a vida marinha local –, permitiram durante algum tempo dar uma resposta muito parcial ao volume de crude derramado.
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