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A obra impressa por Pedro Craesbeeck em 1614 teve um preço base de 10 mil euros. Apesar de o leilão ter sido disputado, o valor final ficou abaixo das expectativas
A obra impressa por Pedro Craesbeeck em 1614 teve um preço base de 10 mil euros. Apesar de o leilão ter sido disputado, o valor final ficou abaixo das expectativas
Um exemplar da primeira edição da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto foi vendida por 15 mil euros no leilão da biblioteca de Laureano Barros (1921-2008), que a Livraria Manuel Ferreira está a promover no Porto. A obra, impressa por Pedro Craesbeeck em 1614, provocou uma disputa renhida na sessão de anteontem à noite - o preço base era de 10 mil euros -, mas o valor atingido acabou por se revelar um pouco decepcionante, mesmo tendo em conta que o exemplar em leilão tinha algumas pequenas imperfeições e restauros.
Ainda assim, foi a peça mais cara até agora vendida neste gigantesco leilão da biblioteca do matemático e bibliófilo Laureano Barros, que se iniciou em 2009 e cuja terceira e última parte terminará no próximo dia 29. No total, são mais de seis mil lotes, desde obras que valem sobretudo pelo conteúdo - Laureano Barros foi um grande leitor e mantinha relações de amizade com muitos dos mais importantes escritores portugueses da sua geração - até absolutas raridades que, em alguns casos, podem não aparecer no mercado durante décadas.
Uma delas, a primeira edição dos Sonetos de Antero de Quental, foi licitada na sessão de ontem e atingiu 9400 euros, tendo acabado por propiciar o momento mais emocionante da noite, já que partira de um preço relativamente modesto: dois mil euros.
Outras edições que ontem atingiram cotações elevadas foram a segunda edição da Peregrinação - o bibliófilo conseguira reunir as dez primeiras edições da obra - e um exemplar da edição original de O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queirós.
Na primeira sessão desta útima parte do leilão, que decorreu na quinta-feira, a estrela tinha sido Fernando Pessoa. Os livros de poesia inglesa que publicou em vida - 35 Sonnets (1918), Antinous (1918) e English Poems (dois opúsculos editados em 1921) - renderam, respectivamente, 1900, 2200 e 2400 euros. Uma primeira edição da Mensagem chegou aos 2300, o Ultimatum de Álvaro de Campos foi comprado por 2000 euros, o panfleto Aviso por Causa da Moral, assinado pelo mesmo heterónimo, atingiu 1800, e a raríssima folha volante Sobre Um Manifesto de Estudantes, com a qual Pessoa saiu em defesa de Raul Leal, foi arrematada por 2200 euros.
A estimativa de Herculano Ferreira, da Livraria Manuel Ferreira, é a de que, no total das sessões, este leilão possa "chegar ao meio milhão de euros".
Ainda assim, foi a peça mais cara até agora vendida neste gigantesco leilão da biblioteca do matemático e bibliófilo Laureano Barros, que se iniciou em 2009 e cuja terceira e última parte terminará no próximo dia 29. No total, são mais de seis mil lotes, desde obras que valem sobretudo pelo conteúdo - Laureano Barros foi um grande leitor e mantinha relações de amizade com muitos dos mais importantes escritores portugueses da sua geração - até absolutas raridades que, em alguns casos, podem não aparecer no mercado durante décadas.
Uma delas, a primeira edição dos Sonetos de Antero de Quental, foi licitada na sessão de ontem e atingiu 9400 euros, tendo acabado por propiciar o momento mais emocionante da noite, já que partira de um preço relativamente modesto: dois mil euros.
Outras edições que ontem atingiram cotações elevadas foram a segunda edição da Peregrinação - o bibliófilo conseguira reunir as dez primeiras edições da obra - e um exemplar da edição original de O Crime do Padre Amaro, de Eça de Queirós.
Na primeira sessão desta útima parte do leilão, que decorreu na quinta-feira, a estrela tinha sido Fernando Pessoa. Os livros de poesia inglesa que publicou em vida - 35 Sonnets (1918), Antinous (1918) e English Poems (dois opúsculos editados em 1921) - renderam, respectivamente, 1900, 2200 e 2400 euros. Uma primeira edição da Mensagem chegou aos 2300, o Ultimatum de Álvaro de Campos foi comprado por 2000 euros, o panfleto Aviso por Causa da Moral, assinado pelo mesmo heterónimo, atingiu 1800, e a raríssima folha volante Sobre Um Manifesto de Estudantes, com a qual Pessoa saiu em defesa de Raul Leal, foi arrematada por 2200 euros.
A estimativa de Herculano Ferreira, da Livraria Manuel Ferreira, é a de que, no total das sessões, este leilão possa "chegar ao meio milhão de euros".
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