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Rio Grande Postal dos Correios - tim, xutos e pontapés, rui veloso, vitorino, jorge palma
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Postal dos Correios lyrics
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Querida mãe, querido pai, então que tal?
Nós andamos do jeito que Deus quer
Entre os dias que passam menos mal
Lá vem um que nos dá mais que fazer
Mas falemos de coisas bem melhores
A Laurinda faz vestidos por medida
O rapaz estuda nos computadores
Dizem que e um emprego com saída
Cá chegou direitinha a encomenda
Pelo expresso que parou na Piedade
Pão de trigo e linguiça p'ra merenda
Sempre dá para enganar a saudade
(Bridge)
Espero que não demorem a mandar
Novidades na volta do correio
A ribeira corre bem ou vai secar?
Como estão as oliveiras de candeio?
Já não tenho mais assunto p'ra escrever
Cumprimentos ao nosso pessoal
Um abraço deste que tanto vos quer
Sou capaz de ir aí pelo Natal
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http://www.lyricsdownload.com/rio-grande-postal-dos-correios-lyrics.html
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Kikuku94 — 5 de Setembro de 2009 — From their self-titled album "Rio Grande", 1996
Band Members: - Rui Veloso - Tim (Xutos e Pontapés) - João Gil (Ala dos Namorados, Filarmónica Gil) - Jorge Palma - Vitorino - João Monge
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Sobrescrito Lyrics
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Bateram ao postigo. Era o carteiro
Trazia um sobrescrito de Lisboa
Não era engano: O nome estava inteiro
Era dirigido à minha pessoa
Abri-o logo ali: Era a respeito
De um pedido que em tempos eu fiz
Para qualquer ofício ganho o jeito
Mesmo que seja só como aprendiz
Tantas voltas dá a vida
Tantas voltas dá o Mundo
E depois volta não volta
Muda tudo num segundo
Nessa tarde já não saí de casa
Sentei-me frente ao lume a matutar
Enquanto dava a volta a uma brasa
Há dias de perder e de ganhar
Meti a tralha toda para um cesto
E mesmo ainda assim sobrava fundo
O que ficou tinha muito mais texto
Não cabe em nenhum verso deste mundo
Tantas voltas dá a vida
Tantas voltas dá o Mundo
E depois volta não volta
Muda tudo num segundo
Foi toda a minha gente a despedida
Ao Largo donde partiu a carreira
Abraços, beijos e até comida
Cada um exprime-se à sua maneira
E foi assim que a vida deu uma volta
A carta e os conselhos de um braseiro
O campo por onde eu andava à solta
Agora está no fundo de um estaleiro
Tantas voltas dá a vida
Tantas voltas dá o Mundo
E depois volta não volta
Muda tudo num segundo
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http://www.lyricstime.com/rio-grande-o-sobrescrito-lyrics.html
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Sobrescrito Lyrics
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Bateram ao postigo. Era o carteiro
Trazia um sobrescrito de Lisboa
Não era engano: O nome estava inteiro
Era dirigido à minha pessoa
Abri-o logo ali: Era a respeito
De um pedido que em tempos eu fiz
Para qualquer ofício ganho o jeito
Mesmo que seja só como aprendiz
Tantas voltas dá a vida
Tantas voltas dá o Mundo
E depois volta não volta
Muda tudo num segundo
Nessa tarde já não saí de casa
Sentei-me frente ao lume a matutar
Enquanto dava a volta a uma brasa
Há dias de perder e de ganhar
Meti a tralha toda para um cesto
E mesmo ainda assim sobrava fundo
O que ficou tinha muito mais texto
Não cabe em nenhum verso deste mundo
Tantas voltas dá a vida
Tantas voltas dá o Mundo
E depois volta não volta
Muda tudo num segundo
Foi toda a minha gente a despedida
Ao Largo donde partiu a carreira
Abraços, beijos e até comida
Cada um exprime-se à sua maneira
E foi assim que a vida deu uma volta
A carta e os conselhos de um braseiro
O campo por onde eu andava à solta
Agora está no fundo de um estaleiro
Tantas voltas dá a vida
Tantas voltas dá o Mundo
E depois volta não volta
Muda tudo num segundo
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http://www.lyricstime.com/rio-grande-o-sobrescrito-lyrics.html
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FZ1960 — 21 de Abril de 2010 — Xavier de Oliveira - Marco do Correio (Alberto Ribeiro) - Fado Mouraria- ( Manuel de Almeida ?) Acompanhado pelo conjunto de Guitarras de Jorge Fontes
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luishgr — 9 de Julho de 2008 — Poema de António Jacinto, dito por José Ramos
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Carta dum contratado - António Jacinto
Eu queria escrever-te uma carta
amor,
uma carta que dissesse
deste anseio
de te ver
deste receio
de te perder
deste mais que bem querer que sinto
deste mal indefinido que me persegue
desta saudade a que vivo todo entregue...
Eu queria escrever-te uma carta
amor,
uma carta de confidências íntimas,
uma carta de lembranças de ti,
de ti
dos teus lábios vermelhos como tacula
dos teus cabelos negros como dilôa
dos teus olhos doces como macongue
dos teus seios duros como maboque
do teu andar de onça
e dos teus carinhos
que maiores não encontrei por aí...
Eu queria escrever-te uma carta
amor,
que recordasse nossos dias na capôpa
nossas noites perdidas no capim
que recordasse a sombra que nos caía dos jambos
o luar que se coava das palmeiras sem fim
que recordasse a loucura
da nossa paixão
e a amargura da nossa separação...
Eu queria escrever-te uma carta
amor,
que a não lesses sem suspirar
que a escondesses de papai Bombo
que a sonegasses a mamãe Kiesa
que a relesses sem a frieza
do esquecimento
uma carta que em todo o Kilombo
outra a ela não tivesse merecimento...
Eu queria escrever-te uma carta
amor,
uma carta que ta levasse o vento que passa
uma carta que os cajus e cafeeiros
que as hienas e palancas
que os jacarés e bagres
pudessem entender
para que se o vento a perdesse no caminho
os bichos e plantas
compadecidos de nosso pungente sofrer
de canto em canto
de lamento em lamento
de farfalhar em farfalhar
te levassem puras e quentes
as palavras ardentes
as palavras magoadas da minha carta
que eu queria escrever-te amor...
Eu queria escrever-te uma carta...
Mas, ah, meu amor, eu não sei compreender
por que é, por que é, por que é, meu bem
que tu não sabes ler
e eu - Oh! Desespero - não sei escrever também!
António Jacinto do Amaral Martins (nasceu em Luanda, 28 de Setembro de 1924 — m. Lisboa, 23 de Junho de 1991)
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.http://nothingandall.blogspot.com/2009/09/carta-dum-contratado-antonio-jacinto.html
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amor,
uma carta que dissesse
deste anseio
de te ver
deste receio
de te perder
deste mais que bem querer que sinto
deste mal indefinido que me persegue
desta saudade a que vivo todo entregue...
Eu queria escrever-te uma carta
amor,
uma carta de confidências íntimas,
uma carta de lembranças de ti,
de ti
dos teus lábios vermelhos como tacula
dos teus cabelos negros como dilôa
dos teus olhos doces como macongue
dos teus seios duros como maboque
do teu andar de onça
e dos teus carinhos
que maiores não encontrei por aí...
Eu queria escrever-te uma carta
amor,
que recordasse nossos dias na capôpa
nossas noites perdidas no capim
que recordasse a sombra que nos caía dos jambos
o luar que se coava das palmeiras sem fim
que recordasse a loucura
da nossa paixão
e a amargura da nossa separação...
Eu queria escrever-te uma carta
amor,
que a não lesses sem suspirar
que a escondesses de papai Bombo
que a sonegasses a mamãe Kiesa
que a relesses sem a frieza
do esquecimento
uma carta que em todo o Kilombo
outra a ela não tivesse merecimento...
Eu queria escrever-te uma carta
amor,
uma carta que ta levasse o vento que passa
uma carta que os cajus e cafeeiros
que as hienas e palancas
que os jacarés e bagres
pudessem entender
para que se o vento a perdesse no caminho
os bichos e plantas
compadecidos de nosso pungente sofrer
de canto em canto
de lamento em lamento
de farfalhar em farfalhar
te levassem puras e quentes
as palavras ardentes
as palavras magoadas da minha carta
que eu queria escrever-te amor...
Eu queria escrever-te uma carta...
Mas, ah, meu amor, eu não sei compreender
por que é, por que é, por que é, meu bem
que tu não sabes ler
e eu - Oh! Desespero - não sei escrever também!
António Jacinto do Amaral Martins (nasceu em Luanda, 28 de Setembro de 1924 — m. Lisboa, 23 de Junho de 1991)
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.http://nothingandall.blogspot.com/2009/09/carta-dum-contratado-antonio-jacinto.html
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poralcains — 8 de Fevereiro de 2010 — Letra de Viriato da Cruz, poeta angolano, interpretada por Fausto. Imagens adaptadas da web.
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Viriato da CRUZ Viriato Clemente da Cruz nasceu em Porto Amboim (Angola), em 25 de Março de 1928 e morreu em Pequim (China) em 1973. Foi um dos promotores do Movimento dos Novos Intelectuais de Angola, em 1948, e da revista «Mensagem» que se publicou em Luanda.; | |||||||||||||||||
Alguns dos seus poemas foram musicados e cantados, por autores como Fausto e Rui Mingas. O seu «Namoro», com música de Fausto e interpretação original de Sérgio Godinho, é já um clássico da Música Popular Portuguesa. Publicou um único livro - «Poemas», editado em 1961 pela Casa dos Estudantes do Império - mas está representado em inúmeras antologias, com destaque para «O Reino de Caliban», dirigido por Manuel Ferreira, cujo volume II reúne toda a sua obra conhecida. "Namoro" Mandei-lhe uma carta em papel perfumado e com letra bonita eu disse ela tinha um sorrir luminoso tão quente e gaiato como o sol de Novembro brincando de artista nas acácias floridas espalhando diamantes na fímbria do mar e dando calor ao sumo das mangas Sua pele macia - era sumaúma... Sua pele macia, da cor do jambo, cheirando a rosas sua pele macia guardava as doçuras do corpo rijo tão rijo e tão doce - como o maboque... Seus seios, laranjas - laranjas do Loje seus dentes... - marfim... Mandei-lhe essa carta e ela disse que não. Mandei-lhe um cartão que o amigo Maninho tipografou: "Por ti sofre o meu coração" Num canto - SIM, noutro canto - NÃO E ela o canto do NÃO dobrou Mandei-lhe um recado pela Zefa do Sete pedindo, rogando de joelhos no chão pela Senhora do Cabo, pela Santa Ifigenia, me desse a ventura do seu namoro... E ela disse que não. Levei á Avo Chica, quimbanda de fama a areia da marca que o seu pé deixou para que fizesse um feitiço forte e seguro que nela nascesse um amor como o meu... E o feitiço falhou. Esperei-a de tarde, á porta da fabrica, ofertei-lhe um colar e um anel e um broche, paguei-lhe doces na calçada da Missão, ficamos num banco do largo da Estátua, afaguei-lhe as mãos... falei-lhe de amor... e ela disse que não. Andei barbudo, sujo e descalço, como um mona-ngamba. Procuraram por mim "-Não viu...(ai, não viu...?) não viu Benjamim?" E perdido me deram no morro da Samba. Para me distrair levaram-me ao baile do Sô Januario mas ela lá estava num canto a rir contando o meu caso as moças mais lindas do Bairro Operário. Tocaram uma rumba - dancei com ela e num passo maluco voamos na sala qual uma estrela riscando o céu! E a malta gritou: "Aí Benjamim !" Olhei-a nos olhos - sorriu para mim pedi-lhe um beijo - e ela disse que sim . . | . | . | . | . | . |
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1 comentário:
Olá Vic!
Muito obrigada pelas destes músicas. Muito gosto das letras magníficas das canções .
Beijos mil.
Judite
qua 19-05-2010 06:05
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