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Jairo Junior *Neste próximo dia 25, a maior cidade da América Latina comemora seus 456 anos de existência, provavelmente com muitos eventos, shows e atividades artísticas, esportivas e culturais. Destaque para Luanda, em Angola, que nasceu no mesmo dia em que São Paulo, só que 21 anos depois. Por isso, os portugueses a batizaram, em 1575, de São Paulo de Luanda.
Páteo do Colégio, local de nascimento de São Paulo
São Paulo de Luanda, Angola, também foi fundada em 25 de janeiro
A fundação de São Paulo insere-se no processo de ocupação e exploração das terras americanas pelos portugueses, a partir do século 14. Inicialmente os colonizadores fundaram a Vila de Santo André da Borda do Campo em 1553, constantemente ameaçada pelos povos indígenas da região. Nessa época, um grupo de padres da Companhia de Jesus, da qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, escalaram a serra do mar chegando ao planalto de Piratininga onde encontraram "ares frios e temperados como os de Espanha" e "uma terra mui sadia, fresca e de boas águas". Do ponto de vista da segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú. Neste lugar fundaram o Colégio dos Jesuítas em 25 de janeiro de 1554, ao redor do qual iniciou-se a construção das primeiras casas de taipa que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga.
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Em 1560, o povoado ganhou foros de Vila e pelourinho mas a distância do litoral, o isolamento comercial e o solo inadequado ao cultivo de produtos de exportação, condenou a Vila a ocupar uma posição insignificante durante séculos na América Portuguesa. Por isso, ela ficou limitada ao que hoje denominamos Centro Velho de São Paulo ou triângulo histórico, em cujos vértices ficam os Conventos de São Francisco, de São Bento e do Carmo. Até o século 19, nas ruas do triângulo (atuais ruas Direita, 15 de Novembro e São Bento) concentravam-se o comércio, a rede bancária e os principais serviços de São Paulo.
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Em 1681, São Paulo foi considerada cabeça da Capitania de São Paulo e, em 1711, a Vila foi elevada à categoria de Cidade. Apesar disso, até o século 18, São Paulo continuava como um quartel-general de onde partiam as "bandeiras", expedições organizadas para apresar índios e procurar minerais preciosos nos sertões distantes. Ainda que não tenha contribuído para o crescimento econômico de São Paulo, a atividade bandeirante foi a responsável pelo devassamento e ampliação do território brasileiro a sul e a sudoeste, na proporção direta do extermínio das nações indígenas que opunham resistência a esse empreendimento. A área urbana inicial, contudo, ampliou-se com a abertura de duas novas ruas, a Líbero Badaró e a Florêncio de Abreu. Em 1825, inaugurou-se o primeiro jardim público de São Paulo, o atual Jardim da Luz, iniciativa que indica uma preocupação urbanística com o aformoseamento da cidade.
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Neste próximo dia 25 a maior cidade da América Latina comemora seus 456 anos de existência, provavelmente com muitos eventos, shows e atividades artísticas, esportivas e cultural. Claro que o governo municipal vai tentar neste feriado “prolongado” amenizar os estragos na sua imagem decorrentes do “terrível” mês de janeiro em que as enchentes recorrentes fazem vir a nú, mazelas e erros graves da administração. Mas o objetivo deste singelo texto não é avaliar as dimensões políticas do fato, deixo isso para os meus colegas de colunas e blogs que farão isso com maior competência.
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O Objetivo aqui é destacar que lá do outro lado do Atlântico existe um outro município fundado nesta mesma data. Cidade que é a atual capital da República Federativa de Angola, Luanda nasceu no mesmo dia que São Paulo fundada pelo Capitão de Fragata Paulo Dias Novais, só que 21 anos depois. Por isso os portugueses a batizaram, em 1575, de São Paulo de Luanda.
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O nome não poderia ser mais apropriado. Como a metrópole brasileira, a capital angolana sofre com a superpopulação e com o excesso de carros. O problema, diz a oposição ao governo, começa pela ausência de transporte público. Praticamente não vi ônibus oficiais. O serviço é prestado pelos candongueiros – vans pintadas de azul e branco que transitam numa velocidade muito maior do que se poderia esperar pelo estado de conservação que se apresentam. Os candongueiros também são chamados de táxis, porque lá não existem táxis como nas outras cidades.
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A alternativa aos candongueiros são os gira-bairro, ou mini-táxis. Carros particulares pequenos que levam até quatro passageiros por percursos fixos. Paga-se 50 kwanzas (66 centavos de dólar) por pessoa, independentemente do trajeto, tanto nos gira-bairro quanto nos candongueiros.
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Mas a relação entre Luanda e Brasil é antiga e não poderia deixar de ser, afinal boa parte dos escravos que foram trazidos para cá, no ultimo período do Brasil colonial, veio de lá. Além disso moram aqui na cidade de São Paulo milhares de Angolanos que vieram estudar e ou mesmo trabalhar, se estabelecer por aqui. Existem também muitos brasileiros de São Paulo que escolheram Luanda para morar e principalmente trabalhar já que o país em pleno período de desenvolvimento e reconstrução carece de mão de obra qualificada cuja demanda ainda não é suprida pela população local. Luanda é hoje um canteiro de obras. Atrai gente de toda parte do mundo, construção de prédios equipamento públicos se confundem com os esforços da iniciativa privada e tirar o atraso proveniente dos anos de guerras e sabotagem. Os chineses e europeus tomam a dianteira neste, digamos, intercâmbio dinâmico. Mas o Brasil tem preferência ao menos do povo que nos trata com extrema simpatia e adoração. Foi inaugurado no ano passado vôos para Luanda, e só em novembro de 2008 foi constituído o Consulado Geral de Angola em São Paulo isso demonstra que a relação das duas cidades irmãs, que muito além da lei que assim a definem, são irmãs pela relação histórica construída ao longo da história.
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Seria uma grande homenagem a esta relação a constituição de um símbolo denominado “Casa de Angola” á exemplo do que existe em Salvador e em Osasco. O símbolo deste nível que mostrasse ao povo daqui um pouco da bela história desta relação seria uma grande contribuição e coroaria este momento de crescimento por qual passa Luanda e solidificaria a relação entre as duas metrópoles.
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Neste momento de merecidos festejos, as duas cidades podem e devem se confraternizar sob o auspício da paz e do progresso social. Isso apesar da chuva daqui e de lá, é possível e necessário.
A alternativa aos candongueiros são os gira-bairro, ou mini-táxis. Carros particulares pequenos que levam até quatro passageiros por percursos fixos. Paga-se 50 kwanzas (66 centavos de dólar) por pessoa, independentemente do trajeto, tanto nos gira-bairro quanto nos candongueiros.
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Mas a relação entre Luanda e Brasil é antiga e não poderia deixar de ser, afinal boa parte dos escravos que foram trazidos para cá, no ultimo período do Brasil colonial, veio de lá. Além disso moram aqui na cidade de São Paulo milhares de Angolanos que vieram estudar e ou mesmo trabalhar, se estabelecer por aqui. Existem também muitos brasileiros de São Paulo que escolheram Luanda para morar e principalmente trabalhar já que o país em pleno período de desenvolvimento e reconstrução carece de mão de obra qualificada cuja demanda ainda não é suprida pela população local. Luanda é hoje um canteiro de obras. Atrai gente de toda parte do mundo, construção de prédios equipamento públicos se confundem com os esforços da iniciativa privada e tirar o atraso proveniente dos anos de guerras e sabotagem. Os chineses e europeus tomam a dianteira neste, digamos, intercâmbio dinâmico. Mas o Brasil tem preferência ao menos do povo que nos trata com extrema simpatia e adoração. Foi inaugurado no ano passado vôos para Luanda, e só em novembro de 2008 foi constituído o Consulado Geral de Angola em São Paulo isso demonstra que a relação das duas cidades irmãs, que muito além da lei que assim a definem, são irmãs pela relação histórica construída ao longo da história.
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Seria uma grande homenagem a esta relação a constituição de um símbolo denominado “Casa de Angola” á exemplo do que existe em Salvador e em Osasco. O símbolo deste nível que mostrasse ao povo daqui um pouco da bela história desta relação seria uma grande contribuição e coroaria este momento de crescimento por qual passa Luanda e solidificaria a relação entre as duas metrópoles.
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Neste momento de merecidos festejos, as duas cidades podem e devem se confraternizar sob o auspício da paz e do progresso social. Isso apesar da chuva daqui e de lá, é possível e necessário.
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