Discurso de Lula da Silva (excerto)

___diegophc

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Pedro Doria: as ameaças à hegemonia do Google, o cão de um truque só





Mídia

7 de Dezembro de 2009 - 12h53

.

Conversa inteligente, ainda mais sobre tecnologia, não se vê todo dia. Pois nesta semana que passou o New York Times hospedou uma em seu site. O moderador foi John Markoff, veterano repórter que cobre o Vale do Silício já faz quatro décadas.

Por Pedro Doria, no Link

A ele se juntaram Fred Wilson, investidor em uma penca de empresas no Vale, e Ken Auletta, outro repórter de longa experiência, que escreve na revista New Yorker e que publicou faz pouco mais de um mês o livro Googled. Os três trataram, ora, do próprio Google.
.
Tanto Wilson quanto Auletta enxergam um mesmo sinal de alerta para o site de buscas favorito de todos. “Se você procura uma câmera”, pergunta o repórter, “vai preferir 20 mil links de resposta no Google ou as sugestões cuidadosas de 20 amigos em quem confia?” Segue o capitalista de risco: “Meu blog recebe mais tráfego vindo do Twitter do que do Google; Perez Hilton recebe mais visitas via Facebook do que por buscas.”
.
Perez Hilton é o rei da fofoca, um dos blogueiros mais populares dos Estados Unidos. E não é à toa que o Google tentou comprar o Twitter há pouco mais de um ano.
.
Sem esconder o mau humor, o presidente da Microsoft, Steve Ballmer, gosta de dizer que o Google é “cachorro que só conhece um truque”. Faz buscas como ninguém e, com seu sistema de propaganda direcionada, aprendeu a faturar fortunas um clique por vez.
.
Mas as ondas da internet pós-busca, o Google perdeu-as todas. GoogleVideo não deu certo, tiveram de comprar o YouTube. Compraram o Blogger porque não perceberam os blogs surgindo. Quando as redes sociais pareciam o futuro da web, lançaram o Orkut. Este pode até parecer muito grande quando visto cá da Marginal Tietê. Mas o sucesso no Brasil e na Índia só acentua o evidente: perdeu a corrida mundial em duas rodadas. Na primeira, para o MySpace; na segunda, para o campeão definitivo, Facebook.
.
Quando os olhos atentos do governo americano, sempre preocupado com monopólios, começaram a mexer com a IBM, ela já estava sendo passada para trás por companhias jovens do Vale. O mesmo ocorreu com a Microsoft, uma gigante que apenas dez anos atrás parecia imbatível e hoje é uma distante segunda.
.
Sim, como não dizê-lo: o Google parece imbatível, hoje. Um portento que ameaça todas as empresas de mídia: gravadoras, estúdios de cinema, jornais, TVs. Parece destinado a comandar o mundo.
.
É só que o céu, no Vale do Silício, muda de configuração toda hora. Ao que parece, a maneira como as pessoas se informam na internet está mudando. Fazem menos buscas, ouvem mais indicações pelas redes sociais. A mudança é lenta no princípio, mas se concretiza num repente.
.
Para quem trabalha com conteúdo, a notícia é boa. As redes sociais são várias, este é um jogo no qual não há um único dominando. Variedade é bom.
 

.
.

Sem comentários: