Correio da Manhã
Tema da Semana
À procura dos avieiros
Em defesa da cultura avieira do Tejo, realiza-se no sábado um ‘cruzeiro' entre Lisboa e Valada (Cartaxo), para alertar para os perigos que correm as várias aldeias que ainda resistem.‘VOGAR CONTRA A INDIFERENÇA'
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PROGRAMA
Cruzeiro
09h30
Recepção na marina do Parque das Nações, junto ao restaurante ‘Imperial da Marina'
10h00
Embarque no bote-de--fragata ‘Baía do Seixal'
10h30
Largada para o passeio
11h40 Póvoa de St.ª Iria
12h20 Alhandra
12h45 Lezirão (Azambuja)
14h40 Palhota (Cartaxo)
14h50 Escaroupim (Salvaterra de Magos)
15h00
Chegada a Valada (Cartaxo)
15h10
Transporte para Caneiras (Santarém)
15h40
Refeição/convívio
15h40
Leitura do Manifesto
Descida de canoa
09h00
Concentração em Patacão (Alpiarça)
09h30
Início da descida
12h00
Troca de tripulações em Porto da Quarela (Almeirim)
14h30
Chegada a Caneiras (Santarém)
15h40
Refeição/convívio
15h40
Leitura do Manifesto
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‘CIGANOS DO TEJO'
Alves Redol chamou-lhes ‘Ciganos do Tejo': escolheram o Tejo (e também o Sado) para ganhar a vida no Inverno, deixando o mar de Vieira de Leiria, de onde eram oriundos
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CULTURA AVIEIRA: CASA DE PALAFITA
As casas foram sendo construídas nas margens do rio, desde Abrantes a Vila Franca de Xira. As edificações palafíticas, de madeira e assentes em estacas, permitiam aos avieiros ficar a salvo das habituais cheias de Inverno. Ainda hoje há várias aldeias com casas de palafita. Só na aldeia das Caneiras, em Santarém, residem 220 pessoas, mais do que em 1980
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BARCO VARINO OU BOTE-DE-FRAGATA
Durante décadas, subiram e desceram o Tejo para transportar todo o tipo de mercadorias: sal, areias, vinho, carvão. Hoje já são apenas peças de museu e vão fazer-se ao rio de novo no próximo fim-de-semana. Estima-se que ainda haja 18 famílias de avieiros a viver directa e indirectamente da pesca no rio Tejo. Uma forma de vida que pode estar em risco com a poluição e a pesca ilegal da enguia-bebé, por exemplo.
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