Encontro Cultural com Moçambique, com Malangatana, através da Arte
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Pintor moçambicano. Nasceu em 1936.
A música é do baterista de jazz Elvin Jones.
A música é do baterista de jazz Elvin Jones.
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Malangatana (um pintor de Moçambique)
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3zamar | 7 de Março de 2009 | 3 utilizadores que gostaram deste vídeo, 0 utilizadores que não gostaram deste vídeo
... desenhando em Azeitão (7-3-09)
Foi um privilégio. Malangatana é amigo de familiares nossos que residem em Moçambique. Esteve algum tempo em Portugal por causa de uma obra sua (escultura) e passou este dia connosco... caril de caranguejo em pano de fundo. É doce, é simples, exímio contador de histórias... com o som da sua voz ou com o som da sua arte. Espero voltar a revê-lo... (Viu o vídeo que fiz e permitiu-me a publicação). A música de fundo? Piano de uma amiga americana (conheci-a no SL) e voz minha... (Experiências musicais com o Atlântico de permeio. África, Europa e América entrelaçadas pelo digital).
Foi um privilégio. Malangatana é amigo de familiares nossos que residem em Moçambique. Esteve algum tempo em Portugal por causa de uma obra sua (escultura) e passou este dia connosco... caril de caranguejo em pano de fundo. É doce, é simples, exímio contador de histórias... com o som da sua voz ou com o som da sua arte. Espero voltar a revê-lo... (Viu o vídeo que fiz e permitiu-me a publicação). A música de fundo? Piano de uma amiga americana (conheci-a no SL) e voz minha... (Experiências musicais com o Atlântico de permeio. África, Europa e América entrelaçadas pelo digital).
Muitos comentam o desaparecimento do pintor moçambicano
Por: Redacção | 5- 1- 2011 13: 28
Da política às artes, foram muitas as manifestações de pesar pelo desaparecimento do pintor Malangatana.
Símbolo da cultura moçambicana, morreu esta madrugada.
«Fiquei muito chocado com essa notícia trágica», disse Joaquim Chissano.
«Não percebo como é que o Malangatana, que parecia uma pessoa saudável e viajava com uma capacidade enorme, morre assim de repente», confessa o arquitecto Pancho Guedes.
«Eu admirava-o muito», disse José de Guimarães.
«Entendia que as culturas eram mulatas. É um enorme vazio a sua morte, mas deixa um grande legado», refere Mia Couto.
«Um bom amigo, um grande pintor que trouxe as cores de África até nós e que com a sua maneira de ser, a sua convivência contribuiu também para aproximar culturalmente Portugal e Moçambique, as nossas culturas», recorda Manuel Alegre.
«É uma grande perda. Para o mundo. Malangatana conquistou essa dimensão. Ultrapassou as fronteiras de Moçambique e de África. Esta perda é irreparável», disse Domingos Simões Pereira, secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
«A obra tem uma identidade muito forte. Quando olhamos para uma obra do Malangatana, imediatamente dizemos que é Malangatana. Tem uma autoria fortíssima», sublinhou Isabel Carlos, directora do Centro de Arte Moderna da Gulbenkian.
«O que se pode falar de um embondeiro da cultura e um dos mais representativos de África? A cultura africana ficou órfã. Não sei o que vai ser de nós sem o Malangatana», disse o pintor moçambicano Naguib.
«Malangatana, se mal privei com sua presença, tal bastou que o sentisse o lídimo representante de uma cultura que continuará falando ao mundo com o seu timbre de voz inigualável», sublinhou o pintor Júlio Resende.
«É um lamento, todos nós ficamos mais pobres porque o Malangatana é um símbolo de várias coisas, não só da cultura moçambicana mas de um tempo lusófono, do que de bom e mau teve a ligação entre os dois países», afirmou Carlos Queiroz.
. Símbolo da cultura moçambicana, morreu esta madrugada.
«Fiquei muito chocado com essa notícia trágica», disse Joaquim Chissano.
«Não percebo como é que o Malangatana, que parecia uma pessoa saudável e viajava com uma capacidade enorme, morre assim de repente», confessa o arquitecto Pancho Guedes.
«Eu admirava-o muito», disse José de Guimarães.
«Entendia que as culturas eram mulatas. É um enorme vazio a sua morte, mas deixa um grande legado», refere Mia Couto.
«Um bom amigo, um grande pintor que trouxe as cores de África até nós e que com a sua maneira de ser, a sua convivência contribuiu também para aproximar culturalmente Portugal e Moçambique, as nossas culturas», recorda Manuel Alegre.
«É uma grande perda. Para o mundo. Malangatana conquistou essa dimensão. Ultrapassou as fronteiras de Moçambique e de África. Esta perda é irreparável», disse Domingos Simões Pereira, secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
«A obra tem uma identidade muito forte. Quando olhamos para uma obra do Malangatana, imediatamente dizemos que é Malangatana. Tem uma autoria fortíssima», sublinhou Isabel Carlos, directora do Centro de Arte Moderna da Gulbenkian.
«O que se pode falar de um embondeiro da cultura e um dos mais representativos de África? A cultura africana ficou órfã. Não sei o que vai ser de nós sem o Malangatana», disse o pintor moçambicano Naguib.
«Malangatana, se mal privei com sua presença, tal bastou que o sentisse o lídimo representante de uma cultura que continuará falando ao mundo com o seu timbre de voz inigualável», sublinhou o pintor Júlio Resende.
«É um lamento, todos nós ficamos mais pobres porque o Malangatana é um símbolo de várias coisas, não só da cultura moçambicana mas de um tempo lusófono, do que de bom e mau teve a ligação entre os dois países», afirmou Carlos Queiroz.
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/malangatana-reaccoes-embondeiro-africa-mocambique/1223548-4071.html
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Morreu o pintor Malangatana
Moçambicano estava internado em Matosinhos vítima de doença prolongada
Por: Redacção | 5- 1- 2011 10: 13
O pintor moçambicano Malangatana morreu aos 74 anos às 03h30 desta madrugada no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, vítima de doença prolongada, segundo comunicou a direcção do hospital à agência Lusa.
O pintor, de 74 anos, encontrava-se internado há vários dias naquele estabelecimento.
Deixe a sua homenagem e leia as reacções da política às artes a esta morte
Malangatana vendeu os primeiros quadros há 50 anos e com o dinheiro arranjou uma casa e foi buscar a família para Maputo.
Malangatana Valente Ngwenya nasceu a 06 de Junho de 1936 em Matalana, uma povoação do distrito de Marracuene, às portas da então Lourenço Marques, hoje Maputo. Foi pastor, aprendiz de curandeiro (tinha uma tia curandeira) e mainato (empregado doméstico). Começou a trabalhar como apanhador de bolas num clube de ténis aos 11 anos, tendo estudado até à terceira classe.
Durante o meio século que se dedicou à pintura, passou também por outras artes. Fez cerâmica, tapeçaria, gravura e escultura. Interessou-se por experiências com areia, conchas, pedras e raízes. Foi poeta, actor, dançarino, músico, dinamizador cultural, organizador de festivais, filantropo e até deputado, da FRELIMO, partido no poder em Moçambique desde a independência.
Ainda que o seu lado político seja o menos conhecido, Malangatana chegou a estar preso, pela PIDE, acusado de pertencer ao então movimento de libertação FRELIMO, sendo libertado ao fim de 18 meses, por não se provar qualquer vínculo à resistência colonial.
Entre 1990 a 1994 foi deputado da FRELIMO e ao longo de décadas ligado a causas sociais e culturais. Foi um dos criadores do Museu Nacional de Arte de Moçambique, dinamizador do Núcleo de Arte, colaborador da UNICEF e arquitecto de um sonho antigo, que levou para a frente, a criação de um Centro Cultural na «sua» Matalana.
E exposições, muitas, em Moçambique e em Portugal mas também mundo fora, na Alemanha, Áustria e Bulgária, Chile, Brasil, Angola e Cuba, Estados Unidos, Índia... Tem murais em Maputo e na Beira, na África do Sul e na Suazilândia, mas também em países como a Suécia ou a Colômbia.
Contando com as obras em museus e galerias públicas e em colecções privadas, Malangatana vai continuar presente praticamente em todo o mundo, parte do qual conheceu como membro de júri de bienais, inaugurando exposições, fazendo palestras, até recebendo o doutoramento honoris causa, como aconteceu recentemente em Évora, Portugal.
Foi nomeado Artista pela Paz (UNESCO), recebeu o prémio Príncipe Claus, e de Portugal levou também a medalha da Ordem do Infante D.Henrique.
O pintor, de 74 anos, encontrava-se internado há vários dias naquele estabelecimento.
Deixe a sua homenagem e leia as reacções da política às artes a esta morte
Malangatana vendeu os primeiros quadros há 50 anos e com o dinheiro arranjou uma casa e foi buscar a família para Maputo.
Malangatana Valente Ngwenya nasceu a 06 de Junho de 1936 em Matalana, uma povoação do distrito de Marracuene, às portas da então Lourenço Marques, hoje Maputo. Foi pastor, aprendiz de curandeiro (tinha uma tia curandeira) e mainato (empregado doméstico). Começou a trabalhar como apanhador de bolas num clube de ténis aos 11 anos, tendo estudado até à terceira classe.
Durante o meio século que se dedicou à pintura, passou também por outras artes. Fez cerâmica, tapeçaria, gravura e escultura. Interessou-se por experiências com areia, conchas, pedras e raízes. Foi poeta, actor, dançarino, músico, dinamizador cultural, organizador de festivais, filantropo e até deputado, da FRELIMO, partido no poder em Moçambique desde a independência.
Ainda que o seu lado político seja o menos conhecido, Malangatana chegou a estar preso, pela PIDE, acusado de pertencer ao então movimento de libertação FRELIMO, sendo libertado ao fim de 18 meses, por não se provar qualquer vínculo à resistência colonial.
Entre 1990 a 1994 foi deputado da FRELIMO e ao longo de décadas ligado a causas sociais e culturais. Foi um dos criadores do Museu Nacional de Arte de Moçambique, dinamizador do Núcleo de Arte, colaborador da UNICEF e arquitecto de um sonho antigo, que levou para a frente, a criação de um Centro Cultural na «sua» Matalana.
E exposições, muitas, em Moçambique e em Portugal mas também mundo fora, na Alemanha, Áustria e Bulgária, Chile, Brasil, Angola e Cuba, Estados Unidos, Índia... Tem murais em Maputo e na Beira, na África do Sul e na Suazilândia, mas também em países como a Suécia ou a Colômbia.
Contando com as obras em museus e galerias públicas e em colecções privadas, Malangatana vai continuar presente praticamente em todo o mundo, parte do qual conheceu como membro de júri de bienais, inaugurando exposições, fazendo palestras, até recebendo o doutoramento honoris causa, como aconteceu recentemente em Évora, Portugal.
Foi nomeado Artista pela Paz (UNESCO), recebeu o prémio Príncipe Claus, e de Portugal levou também a medalha da Ordem do Infante D.Henrique.
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http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/malangatana-obito-pintor-mocambique/1223482-4071.html
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