Discurso de Lula da Silva (excerto)

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

4 canções para o tempo que deve ser nosso ! - O Charlatão, Arranja-me um emprego, Que força é essa amigo, Uns vão bem outros vão mal


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olidisk | 23 de Agosto de 2008 | utilizadores que gostaram deste vídeo, 1 utilizadores que não gostaram deste vídeo
Tema interpretado ao vivo no espectáculo "Juntos e ao vivo" onde participaram António Vitorino de Almeida, Carlos do Carmo e José Mário Branco.
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O Charlatão Lyrics
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Na ruela de má fama
Faz negócio um charlatão
Vende perfumes de lama
Anéis de ouro a um tostão
Enriquece o charlatão

No beco mal afamado
As mulheres não têm marido
Um está preso, outro é soldado
Um está morto e outro f'rido
Outro em França anda perdido

É entrar, senhorias
A ver o que cá se lavra
Sete ratos,três enguias
Uma cabra abracadabra

Na ruela de má fama
O charlatão vive à larga
Chegam-lhe toda a semana
Em camionetas de carga
Rezas doces, paga amarga

No beco dos mal-fadados
Os catraios passam fome
Têm os dentes enterrados
No pão que ninguém mais come
Os catraios passam fome

É entrar, senhorias
A ver o que cá se lavra
Sete ratos,três enguias
Uma cabra abracadabra

Na travessa dos defuntos
Charlatões e charlatonas
Discutem dos seus assuntos
Repartem-se em quatro zonas
Instalados em poltronas

P'ra rua saem toupeiras
Entra o frio nos buracos
Dorme a gente nas soleiras
Das casas feitas em cacos
Em troca de alguns patacos

É entrar, senhorias
A ver o que cá se lavra
Sete ratos,três enguias
Uma cabra abracadabra

Entre a rua e o país
Vai o passo de um anão
Vai o rei que ninguém quis
Vai o tiro de um canhão
E o trono é do charlatão

Entre a rua e o país
Vai o passo de um anão
Vai o rei que ninguém quis
Vai o tiro de um canhão
E o trono é do charlatão

É entrar, senhorias
A ver o que cá se lavra
Sete ratos,três enguias
Uma cabra abracadabra
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.http://www.lipwalklyrics.com/lyrics/724939-srgiogodinho-ocharlato.html
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sergiogodinhomusica | 29 de Fevereiro de 2008 | utilizadores que gostaram deste vídeo, 0 utilizadores que não gostaram deste vídeo
Tema gravado no Teatro Maria Matos em Maio de 2007. Incluído no CD ao vivo "Sérgio Godinho & Os Assessores - Nove e Meia no Maria Matos"
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Arranja-me um emprego Lyrics
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ARRANJA-ME UM EMPREGO

Tu precisas tanto
de amor e sossego
e eu preciso de um emprego
se mo arranjares
eu dou-te o que é preciso
por exemplo o paraíso
anda ao deus-dará
perdido nessas ruas
vou ser mais sincero
sinto que ando às arrecuas
preciso de galgar
as escadas do sucesso
e por isso é que eu te peço
arranja-me um emprego

Arranja-me um emprego
pode ser na tua empresa
concerteza
que eu dava conta do recado
e para ti era um sossego

Se meto os pés para dentro
a partir de agora
eu meto-os para fora
se dizia o que penso
eu posso estar atento
e pensar para dentro
se queres que seja duro
muito bem eu serei duro
se queres que seja doce
serei doce, ai isso juro
eu quero é ser o tal
e como tal reconhecido
e assim digo-te ao ouvido
arranja-me um emprego

Arranja-me um emprego…
Sabendo que as minhas intenções
são das mais sérias
partamos para férias
mas para ter férias
é preciso ter emprego
espera aí que eu já chego
agora pensa numa casa
com o mar ali ao pé
e nós os dois
a brindarmos com rosé
esqueço-me de tudo
com o por-do-sol assim
chega aqui ao pé de mim
arranja-me um emprego

Arranja-me um emprego…

Se eu mandasse neles
os teus trabalhadores
seriam uns amores
greves era só
das seis e meia às sete
em frente a um cassetete
primeiro de Maio
só de quinze em quinze anos
feriado em Abril
só no dia dos enganos
e reivindicações
quanto baste ma non troppo
anda, bebe mais um copo
arranja-me um emprego

Arranja-me um emprego…
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http://www.pflores.com/sergiogodinho/discografia/letra.php?link=sg_campolide&tema=ARRANJA-ME%20UM%20EMPREGO
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fongsoi | 11 de Setembro de 2009 | utilizadores que gostaram deste vídeo, 0 utilizadores que não gostaram deste vídeo
o extraordinário trabalho de Sérgio Godinho, acompanhado pelas imagens que consegui recolher na internet e me pareceram adequadas.
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Que força é essa amigo lyrics
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Vi-te a trabalhar o dia inteiro
construir as cidades pr´ós outros
carregar pedras, desperdiçar
muita força p´ra pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Muita força p´ra pouco dinheiro

Que força é essa
que força é essa
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo
que força é essa, amigo
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo

Não me digas que não me compr´endes
quando os dias se tornam azedos
não me digas que nunca sentiste
uma força a crescer-te nos dedos
e uma raiva a nascer-te nos dentes
Não me digas que não me compr´endes

(Que força...)

(Vi-te a trabalhar...)

Que força é essa
que força é essa
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo
que força é essa, amigo
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo 
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http://www.justsomelyrics.com/2086395/S%C3%A9rgio-Godinho-Que-for%C3%A7a-%C3%A9-essa-Lyrics
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oleiros70 | 28 de Junho de 2008 | utilizadores que gostaram deste vídeo, 3 utilizadores que não gostaram deste vídeo 
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Uns vão bem e outros mal  - Fausto

Senhoras e meus senhores, façam roda por favor
Senhoras e meus senhores, façam roda por favor, cada um com o seu par
Aqui não há desamores, se é tudo trabalhador o baile vai começar
Senhoras e meus senhores, batam certos os pézinhos, como bate este tambor
Não queremos cá opressores, se estivermos bem juntinhos, vai-se embora o mandador
Vai-se embora o mandador
Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres
Folha seca cai ao chão, folha seca cai ao chão
Eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres,
Que eu sou doutra condição, que eu sou doutra condição
De velhas casas vazias, palácios abandonados, os pobres fizeram lares
Mas agora todos os dias, os polícias bem armados desocupam os andares
Para que servem essas casas, a não ser para o senhorio viver da especulação
Quem governa faz tábua rasa, mas lamenta com fastio a crise da habitação
E assim se faz Portugal, uns vão bem e outros mal
Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres
Folha seca cai ao chão, folha seca cai ao chão
Eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres,
Que eu sou doutra condição, que eu sou doutra condição
Tanta gente sem trabalho, não tem pão nem tem sardinha e nem tem onde morar
Do frio faz agasalho, que a gente está tão magrinha da fome que anda a rapar
O governo dá solução, manda os pobres emigrar, e os emigrantes que regressaram
Mas com tanto desemprego, os ricos podem voltar porque nunca trabalharam
E assim se faz Portugal, uns vão bem e outros mal
Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres
Folha seca cai ao chão, folha seca cai ao chão
Eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres,
Que eu sou doutra condição, que eu sou doutra condição
E como pode outro alguém, tendo interesses tão diferentes, governar trabalhadores
Se aquele que vive bem, vivendo dos seus serventes, tem diferentes valores
Não nos venham com cantigas, não cantamos para esquecer, nós cantamos para lembrar
Que só muda esta vida, quando tiver o poder o que vive a trabalhar
Segura bem o teu par, que o baile vai terminar
Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres
Folha seca cai ao chão, folha seca cai ao chão
Eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres,
Que eu sou doutra condição, que eu sou doutra condição

Fausto, Madrugada dos Trapeiros, 1978


Obrigado ao Celso Álvarez Caccamo e ao seu çopyright
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