A gestão de resíduos é uma das áreas do Ambiente mais desenvolvidas em Portugal que, nos equipamentos eléctricos e electrónicos, está mesmo entre os cinco países da União Europeia mais eficientes na recolha e valorização, segundo dois especialistas.
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A propósito do Dia Mundial do Ambiente, que hoje se assinala, a presidente da Quercus, Susana Fonseca, disse que, na área dos resíduos, foram “dados alguns passos em termos de conseguir resolver problemas de lixeiras e passar a ter aterros, embora também sejam um problema, e de apostar na reciclagem”.
O director geral da Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos (Amb3E), Fernando Lamy da Fontoura, defendeu que, no fluxo específico de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, “Portugal está entre os cinco países mais eficientes na recolha e valorização de resíduos da União Europeia”.
Em todos os aspectos do Ambiente “tem havido um avanço muito significativo. A parte dos resíduos, e em particular os fluxos especiais de resíduos, tem sido o sector que mais evolução tem tido no país”, salientou.
O responsável chama, no entanto, a atenção para a dificuldade de fazer comparações, já que “o desenvolvimento económico dos países é diferente. Para um sueco recolher quatro quilos por habitante e por ano é muitíssimo fácil porque eles até já estão a recolher 20 quilos. [Os romenos] nem colocam no mercado quatro quilos por habitante e por ano”.
A situação não é a mesma para todos os tipos de recolha e “há outros resíduos em que estamos mais atrasados, [como os] resíduos orgânicos urbanos, o seu tratamento está a melhorar muito todos os anos, mas ainda não nos podemos comparar com os países mais desenvolvidos da Europa”, salientou Fernando Lamy da Fontoura.
Susana Fonseca explicou que, a partir do exemplo da Sociedade Ponto Verde, que promove a recolha selectiva, a retoma e a reciclagem de resíduos de embalagens, foram criados vários fluxos, o que “ajuda a resolver a forma como é gerido o resíduo”.
A componente prevenção não registou os mesmos avanços que o tratamento de resíduos, alertou a presidente da Quercus. No Ambiente, “na origem de grande parte dos problemas de hoje [está] a questão da produção e consumo, ou seja, a forma como produzimos, sem respeitar a biodiversidade, e os recursos que gastamos”, defendeu, especificando que problemas como as alterações climáticas, a produção de resíduos ou as questões relacionadas com a água estão associados àqueles comportamentos.
Já para Fernando Lamy da Fontoura, os objectivos relacionados com o consumo de energia ou com a tentativa de evitar o desperdício energético não estão a ser concretizados da mesma forma que na área dos resíduos. “Fala-se muito, mas ainda se têm conseguido poucos avanços. O desperdício é brutal no consumo de energia e isso vai sair-nos muito caro, particularmente em Portugal, onde fontes energéticas são tão escassas, temos sol e vento e mais nada”, disse o director geral da Amb3E”, salientando que “é uma matéria em que ainda há tanto para fazer”.
.O director geral da Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos (Amb3E), Fernando Lamy da Fontoura, defendeu que, no fluxo específico de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, “Portugal está entre os cinco países mais eficientes na recolha e valorização de resíduos da União Europeia”.
Em todos os aspectos do Ambiente “tem havido um avanço muito significativo. A parte dos resíduos, e em particular os fluxos especiais de resíduos, tem sido o sector que mais evolução tem tido no país”, salientou.
O responsável chama, no entanto, a atenção para a dificuldade de fazer comparações, já que “o desenvolvimento económico dos países é diferente. Para um sueco recolher quatro quilos por habitante e por ano é muitíssimo fácil porque eles até já estão a recolher 20 quilos. [Os romenos] nem colocam no mercado quatro quilos por habitante e por ano”.
A situação não é a mesma para todos os tipos de recolha e “há outros resíduos em que estamos mais atrasados, [como os] resíduos orgânicos urbanos, o seu tratamento está a melhorar muito todos os anos, mas ainda não nos podemos comparar com os países mais desenvolvidos da Europa”, salientou Fernando Lamy da Fontoura.
Susana Fonseca explicou que, a partir do exemplo da Sociedade Ponto Verde, que promove a recolha selectiva, a retoma e a reciclagem de resíduos de embalagens, foram criados vários fluxos, o que “ajuda a resolver a forma como é gerido o resíduo”.
A componente prevenção não registou os mesmos avanços que o tratamento de resíduos, alertou a presidente da Quercus. No Ambiente, “na origem de grande parte dos problemas de hoje [está] a questão da produção e consumo, ou seja, a forma como produzimos, sem respeitar a biodiversidade, e os recursos que gastamos”, defendeu, especificando que problemas como as alterações climáticas, a produção de resíduos ou as questões relacionadas com a água estão associados àqueles comportamentos.
Já para Fernando Lamy da Fontoura, os objectivos relacionados com o consumo de energia ou com a tentativa de evitar o desperdício energético não estão a ser concretizados da mesma forma que na área dos resíduos. “Fala-se muito, mas ainda se têm conseguido poucos avanços. O desperdício é brutal no consumo de energia e isso vai sair-nos muito caro, particularmente em Portugal, onde fontes energéticas são tão escassas, temos sol e vento e mais nada”, disse o director geral da Amb3E”, salientando que “é uma matéria em que ainda há tanto para fazer”.
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