Reeditados em CD os quatro álbuns produzidos pelo Grupo de Acção Cultural - Vozes na Luta
Ontem
ANA VITÓRIA
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Lançados entre 1974 e 1977, os quatro álbuns do Grupo de Acção Cultural (GAC) estavam disponíveis apenas em raras e esgotadas versões de vinil. Mas, agora, já se encontram editados em CD com som restaurado e remasterizado, incluindo alguns extras.
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Apesar dos breves quatro anos de existência, o GAC fez história e foi profícuo na sua actividade e acabaria mesmo por, com o seu desaparecimento, influenciar o nascimento de novos grupos..
Tudo começou poucos dias após a revoluçãode Abril de 1974. Precisamente no dia 1 de Maio desse ano, um manifesto anunciava a criação de um Colectivo de Acção Cultural(CAC) e, de imediato, colheu várias assinaturas entre as quais as de José Mário Branco, Luís Cília, Adriano Correia de Oliveira, José Jorge Letria, José Afonso, Fausto, Francisco Fanhais, Vitorino, Júlio Pereira e Manuel Alegre.
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O primeiro grande encontro do CAC aconteceu a 3 de Maio, (fez ontem precisamente 36 anos) no Palácio de Cristal, no Porto. Nesta data, realizou-se aquele que foi chamado I Encontro Livre da Canção Portuguesa. Ainda nesse mês, e na madrugada que se segue a um espectáculo em Almada, vários elementos do colectivo juntaram-se em casa de Fausto onde decidiram que o CAC daria lugar ao Grupo de Acção Cultural (GAC). Estava então criada uma linha de conduta que se pautaria por uma activa intervenção política e social.
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Há gerações que cresceram a ouvir "A cantiga é uma arma", título de uma canção de José Mário Branco que deu nome ao primeiro álbum do GAC, o colectivo que desempenhou um papel significativo nas movimentações populares que faziam parte do quotidiano pós- revolucionário da altura e nem deixou passar a oportunidade de participar, em 1975, no então muito afamado Festival da Canção, com o tema "Alerta". Claro que a canção não obteve grande pontuação (ficou em 5.º lugar, com 42 pontos, sendo que a 1.ª classificada foi "Madrugada", do ex-capitão de Abril Duarte Mendes, com 61 pontos).
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Os registos do GAC são, por isso mesmo, um documento histórico de uma época em que, como cantava José Mário Branco, a cantiga era uma arma, em que a música estava ao serviço da intervenção cívica e política. Foi um tempo da apropriação da cultura como veículo de uma mensagem vincadamente antifascista.
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Os quatro CD do GAC, "A cantiga é uma arma", "Pois canté!", "…E vira bom" e "Ronda da alegria", editados entre 1974 e 1977, foram agora remasterizados por José Fortes, a partir das fitas originais.
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As reedições que agora se apresentam trazem extras. "A cantiga é uma arma" acrescenta o "Hino da reconstrução do partido". "E vira bom" traz o" Hino da Confederação". "Ronda de alegria" inclui o EP "Marchas populares".
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O grupo existiu apenas até ao início de 1979. Durante a sua vida, participou em mais de mil concerto s(sessões, como se dizia na época) e deixou uma série de canções que figuram como marco da canção revolucionária, politicamente comprometida e empenhada, e também como uma referência na renovação da música popular e tradicional portuguesa.
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Cada CD é acompanhado por um libreto de 20 páginas com a transcrição integral dos textos das cantigas e conta ainda com textos introdutórios dos jornalistas Nuno Pacheco ("Público") e João Lisboa ("Expresso").
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Grupo de Acção Cultural (GAC) - Cantar da Jorna
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portiline — 4 de Junho de 2008 — GAC: nascidos do período revolucionário em Portugal, após o 25 de Abril de 1974; politicamente comunistas de extrema-esquerda. Do disco "Pois Canté!" de 1976 que fez história no seu tempo e influenciou musicalmente muita gente que veio depois, para a via da música tradicional feita em meio urbano. Trinta anos depois, as letras conservam toda a dureza do período revolucionário, que foi um libertar de energias depois de quase 50 anos de ditadura.
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somefodem — 3 de Novembro de 2009 — A song from the intervention group GAC: Grupo de Acção Cultura.
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