* Secundino Cunha, , Braga
Mais de dez mil cruzes vão de porta em porta
O rapaz da campainha assinala a chegada do compasso. As pessoas em casa, com a melhor roupa vestida, perfilam-se ao redor da sala para receber a visita do Senhor Ressuscitado.
As ruas e as entradas das casas apresentam-se enfeitadas com verdura e cobertas com tapetes de flores e plantas aromáticas (alecrim, rosmaninho e hortelã silvestre).
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Sobre a mesa da sala é colocado um crucifixo, ladeado por castiçais e jarras com flores, juntamente com as ofertas e os bolos, frutos, queijos e pão-de-ló. Há também ovos tingidos ou decorados, tudo preparado para um pequeno brinde para todos os que integram o compasso, para a família da casa e convidados.
“Aleluia, aleluia, Cristo ressuscitou, aleluia”, diz o sacerdote, enquanto asperge água benta e o mordomo dá a cruz a beijar, dos mais velhos para os mais novos.
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Os que pedem para S. Pedro, S. Paulo e lugares santos recolhem as esmolas e o envelope com o folar para o padre. O rapaz que leva o pé da Cruz coloca-o em cima da mesa para que o mordomo descanse e possa comer um doce e beber um copo.
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É assim em muitas casas nas aldeias, mas menos nas cidades. Nos apartamentos, os que abrem a porta, beija-se a cruz e deseja-se boa Páscoa, sem os comes e bebes típicos das aldeias. Em terras do Minho e Trás-os-Montes até é costume oferecer um cálice de aguardente.
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Depois há os foguetes, que dão uma ideia do andamento do compasso e o toque dos sinos, na saída e no recolher da Cruz.
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Estima-se que hoje, em algumas terras amanhã e noutras no domingo de Pascoela, cerca de dez mil cruzes visitem mais de um milhão e meio de lares. Cada cruz, nas aldeias, visita entre cem e duzentas casas. Nas cidades chegam a entrar em 300 apartamentos.
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TRADIÇÕES POPULARES DO COMPASSO
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VALENÇA
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Os párocos de Cristelo Côvo, Valença, e de Sobrado, Tui, Galiza, dão amanhã, por volta das 18h00, exemplo do bom relacionamento transfronteiriço, atravessando o rio Minho de barco, para dar a Cruz a beijar na outra margem.
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Os carros ainda não passam, mas já se atravessa a pé. Hoje, às 15h00, os mordomos das freguesias de Valbom (Vila Verde) e Souto (Terras de Bouro) dão a Cruz a beijar no meio da nova ponte, como acção de graças pela união das freguesias.
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TRÊS ABADES
Os compassos pascais das freguesias de Vila de Punhe, Barroselas e Mujães, no concelho de Viana do Castelo, encontram-se amanhã na Mesa dos Abades, situada no Largo das Neves, cumprindo-se uma tradição de tempos antigos.
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in Correio da Manhã, 2008.04.08
As ruas e as entradas das casas apresentam-se enfeitadas com verdura e cobertas com tapetes de flores e plantas aromáticas (alecrim, rosmaninho e hortelã silvestre).
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Sobre a mesa da sala é colocado um crucifixo, ladeado por castiçais e jarras com flores, juntamente com as ofertas e os bolos, frutos, queijos e pão-de-ló. Há também ovos tingidos ou decorados, tudo preparado para um pequeno brinde para todos os que integram o compasso, para a família da casa e convidados.
“Aleluia, aleluia, Cristo ressuscitou, aleluia”, diz o sacerdote, enquanto asperge água benta e o mordomo dá a cruz a beijar, dos mais velhos para os mais novos.
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Os que pedem para S. Pedro, S. Paulo e lugares santos recolhem as esmolas e o envelope com o folar para o padre. O rapaz que leva o pé da Cruz coloca-o em cima da mesa para que o mordomo descanse e possa comer um doce e beber um copo.
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É assim em muitas casas nas aldeias, mas menos nas cidades. Nos apartamentos, os que abrem a porta, beija-se a cruz e deseja-se boa Páscoa, sem os comes e bebes típicos das aldeias. Em terras do Minho e Trás-os-Montes até é costume oferecer um cálice de aguardente.
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Depois há os foguetes, que dão uma ideia do andamento do compasso e o toque dos sinos, na saída e no recolher da Cruz.
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Estima-se que hoje, em algumas terras amanhã e noutras no domingo de Pascoela, cerca de dez mil cruzes visitem mais de um milhão e meio de lares. Cada cruz, nas aldeias, visita entre cem e duzentas casas. Nas cidades chegam a entrar em 300 apartamentos.
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TRADIÇÕES POPULARES DO COMPASSO
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VALENÇA
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Os párocos de Cristelo Côvo, Valença, e de Sobrado, Tui, Galiza, dão amanhã, por volta das 18h00, exemplo do bom relacionamento transfronteiriço, atravessando o rio Minho de barco, para dar a Cruz a beijar na outra margem.
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NOVA PONTE
Os carros ainda não passam, mas já se atravessa a pé. Hoje, às 15h00, os mordomos das freguesias de Valbom (Vila Verde) e Souto (Terras de Bouro) dão a Cruz a beijar no meio da nova ponte, como acção de graças pela união das freguesias.
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TRÊS ABADES
Os compassos pascais das freguesias de Vila de Punhe, Barroselas e Mujães, no concelho de Viana do Castelo, encontram-se amanhã na Mesa dos Abades, situada no Largo das Neves, cumprindo-se uma tradição de tempos antigos.
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in Correio da Manhã, 2008.04.08
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» COMENTÁRIOS~dos leitores do CM on line
09 Abril 2007 - 13h41 | João Massapina
Portugal continua a ser um País exemplar em termos de tradições, veja-se que no ano de 2007 DC ainda existem mais de 10.000 padres, que muito felizes, conseguem reunir atras de si um sequito para irem enchendo o "bandulho" de casa em casa no Domingo de Pascoa. Pobre de Cristo que, se algum dia existiu, nunca imaginou ser razão para tamanho descaramento. (Brasil)
Portugal continua a ser um País exemplar em termos de tradições, veja-se que no ano de 2007 DC ainda existem mais de 10.000 padres, que muito felizes, conseguem reunir atras de si um sequito para irem enchendo o "bandulho" de casa em casa no Domingo de Pascoa. Pobre de Cristo que, se algum dia existiu, nunca imaginou ser razão para tamanho descaramento. (Brasil)
08 Abril 2007 - 16h30 | Oliveira
Sr. Paiva se calhar o seu cão até tem mais juízo do que você.
Sr. Paiva se calhar o seu cão até tem mais juízo do que você.
08 Abril 2007 - 15h47 | catolico de bom senso
Sabe qual é o opio? É não haver respeito entre as diversas crenças e religiões. Ninguém é obrigado a entrar em nenhuma religião e como não é um dever tambem não cabe a essas pessoas o direito de tecer qualquer tipo de critica ou injurias para quem decide tomar um caminho diferente. Não há ninguem à face da terra que saiba qual o caminho certo a seguir. Cada um escolhe o seu e respeita o dos outros.
Sabe qual é o opio? É não haver respeito entre as diversas crenças e religiões. Ninguém é obrigado a entrar em nenhuma religião e como não é um dever tambem não cabe a essas pessoas o direito de tecer qualquer tipo de critica ou injurias para quem decide tomar um caminho diferente. Não há ninguem à face da terra que saiba qual o caminho certo a seguir. Cada um escolhe o seu e respeita o dos outros.
08 Abril 2007 - 14h29 | L Ferreira
Resta saber quem são os ignorantes. Se são aqueles que nada sabem ou os que pensam que tudo sabem...
Resta saber quem são os ignorantes. Se são aqueles que nada sabem ou os que pensam que tudo sabem...
08 Abril 2007 - 14h13 | manuel vale
Deus do céu, perdoai-lhes pois eles não sabem o que dizem...
Deus do céu, perdoai-lhes pois eles não sabem o que dizem...
08 Abril 2007 - 12h25 | Paiva
Ignorantes!! Se me baterem à porta largarei o meu cão (doberman) para cima deles !!
Ignorantes!! Se me baterem à porta largarei o meu cão (doberman) para cima deles !!
08 Abril 2007 - 10h06 | VALA
Assim vai o mundo. KARL MARX dizia que a religião era o Ópio do povo, quando se entra dificilmente se sai.
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Assim vai o mundo. KARL MARX dizia que a religião era o Ópio do povo, quando se entra dificilmente se sai.
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