Discurso de Lula da Silva (excerto)

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domingo, 12 de abril de 2009

Páscoa - Compasso é tradição nas aldeias e cidades

Abril 2007 - 00h00

* Secundino Cunha, , Braga

Mais de dez mil cruzes vão de porta em porta

O rapaz da campainha assinala a chegada do compasso. As pessoas em casa, com a melhor roupa vestida, perfilam-se ao redor da sala para receber a visita do Senhor Ressuscitado.

As ruas e as entradas das casas apresentam-se enfeitadas com verdura e cobertas com tapetes de flores e plantas aromáticas (alecrim, rosmaninho e hortelã silvestre).
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Sobre a mesa da sala é colocado um crucifixo, ladeado por castiçais e jarras com flores, juntamente com as ofertas e os bolos, frutos, queijos e pão-de-ló. Há também ovos tingidos ou decorados, tudo preparado para um pequeno brinde para todos os que integram o compasso, para a família da casa e convidados.

“Aleluia, aleluia, Cristo ressuscitou, aleluia”, diz o sacerdote, enquanto asperge água benta e o mordomo dá a cruz a beijar, dos mais velhos para os mais novos.
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Os que pedem para S. Pedro, S. Paulo e lugares santos recolhem as esmolas e o envelope com o folar para o padre. O rapaz que leva o pé da Cruz coloca-o em cima da mesa para que o mordomo descanse e possa comer um doce e beber um copo.
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É assim em muitas casas nas aldeias, mas menos nas cidades. Nos apartamentos, os que abrem a porta, beija-se a cruz e deseja-se boa Páscoa, sem os comes e bebes típicos das aldeias. Em terras do Minho e Trás-os-Montes até é costume oferecer um cálice de aguardente.
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Depois há os foguetes, que dão uma ideia do andamento do compasso e o toque dos sinos, na saída e no recolher da Cruz.
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Estima-se que hoje, em algumas terras amanhã e noutras no domingo de Pascoela, cerca de dez mil cruzes visitem mais de um milhão e meio de lares. Cada cruz, nas aldeias, visita entre cem e duzentas casas. Nas cidades chegam a entrar em 300 apartamentos.
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TRADIÇÕES POPULARES DO COMPASSO
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VALENÇA
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Os párocos de Cristelo Côvo, Valença, e de Sobrado, Tui, Galiza, dão amanhã, por volta das 18h00, exemplo do bom relacionamento transfronteiriço, atravessando o rio Minho de barco, para dar a Cruz a beijar na outra margem.
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NOVA PONTE

Os carros ainda não passam, mas já se atravessa a pé. Hoje, às 15h00, os mordomos das freguesias de Valbom (Vila Verde) e Souto (Terras de Bouro) dão a Cruz a beijar no meio da nova ponte, como acção de graças pela união das freguesias.
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TRÊS ABADES

Os compassos pascais das freguesias de Vila de Punhe, Barroselas e Mujães, no concelho de Viana do Castelo, encontram-se amanhã na Mesa dos Abades, situada no Largo das Neves, cumprindo-se uma tradição de tempos antigos.
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in Correio da Manhã, 2008.04.08
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» COMENTÁRIOS~dos leitores do CM on line

09 Abril 2007 - 13h41 | João Massapina
Portugal continua a ser um País exemplar em termos de tradições, veja-se que no ano de 2007 DC ainda existem mais de 10.000 padres, que muito felizes, conseguem reunir atras de si um sequito para irem enchendo o "bandulho" de casa em casa no Domingo de Pascoa. Pobre de Cristo que, se algum dia existiu, nunca imaginou ser razão para tamanho descaramento. (Brasil)
08 Abril 2007 - 16h30 | Oliveira
Sr. Paiva se calhar o seu cão até tem mais juízo do que você.
08 Abril 2007 - 15h47 | catolico de bom senso
Sabe qual é o opio? É não haver respeito entre as diversas crenças e religiões. Ninguém é obrigado a entrar em nenhuma religião e como não é um dever tambem não cabe a essas pessoas o direito de tecer qualquer tipo de critica ou injurias para quem decide tomar um caminho diferente. Não há ninguem à face da terra que saiba qual o caminho certo a seguir. Cada um escolhe o seu e respeita o dos outros.
08 Abril 2007 - 14h29 | L Ferreira
Resta saber quem são os ignorantes. Se são aqueles que nada sabem ou os que pensam que tudo sabem...
08 Abril 2007 - 14h13 | manuel vale
Deus do céu, perdoai-lhes pois eles não sabem o que dizem...
08 Abril 2007 - 12h25 | Paiva
Ignorantes!! Se me baterem à porta largarei o meu cão (doberman) para cima deles !!
08 Abril 2007 - 10h06 | VALA
Assim vai o mundo. KARL MARX dizia que a religião era o Ópio do povo, quando se entra dificilmente se sai.
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