Discurso de Lula da Silva (excerto)

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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Falsificando a História: Rússia "assume" morte de poloneses ou o massacre de Katyn

Mundo

Vermelho - 26 de Novembro de 2010 - 21h12

O parlamento russo aprovou nesta sexta-feira (26) uma condenação ao massacre de 20 mil poloneses cometido na Segunda Guerra Mundial, atribuindo a culpa a Stalin (1924-1953). O massacre foi denunciado na época pelo sistema de propaganda nazista, que ocupava a região onde supostamente teria sido encontrada a vala onde jaziam os corpos dos poloneses.

A União Soviética tentou incluir o caso no julgamento de Nuremberg, trazendo provas concretas de que os poloneses haviam sido assassinados com armas e balas alemãs, amplamente utilizadas pelo exército nazista.

O Partido Comunista da Federação Russa tem denunciado há anos a falsificação dos documentos "abertos" pelo governo capitalista depois da contra-revolução de 1991. O governo russo teria criado uma central de falsificações para alterar a história do país e incriminar ex-líderes soviéticos. Vários dos documentos contêm falsificações grosseiras, como carimbos que não existiam à época da guerra, nomes fictícios, erros em nomes de instituições e organizações.

Em entrevista ao jornal georgiano Georgia Times, o neto do líder soviético Josif Stálin dá sua versão sobre o massacre cometido contra oficiais poloneses nas florestas de Katyn, então União Soviética, durante a Segunda Guerra Mundial.

Questionado sobre a construção de um monumento em memória aos soldados mortos, que atribui o massacre ao governo soviético, Iakob Djugashvili traz à tona partes da história omitidas pelo Ocidente em relação ao caso. Leia a seguir um trecho da entrevista, publicada no blog Mamayev Kurgan:

Georgian Times: Um monumento em memória aos poloneses executados em Katyn durante a época de Stálin foi erigido. O que você acha disso?

Iakob Djugashvili: Vou lhe dizer algumas coisas interessantes sobre a Polônia. Em 1934 (depois que os Nazis tomaram o poder na Alemanha) a Polônia tornou-se um aliado oficial da Alemanha. No verão de 1938, quando a Alemanha anexou a Áustria, a Polônia não cumpriu com as suas obrigações com a França, não se opondo à invasão alemã da Áustria. No outono do mesmo ano, sob o Tratado de Munique, a Alemanha não só engoliu a Tchecoslováquia como também a região de Szczecin, na Polônia.

A Polônia sabia que isso aconteceria, mas não concordou nem com as partes do Pacto de Munique. A Polônia então cessou a conversação com a União Soviética, com a Franca e com o Reino Unido sobre a formação de um pacto anti-Hitler. No dia primeiro de setembro do mesmo ano, a Alemanha invadiu a Polônia e no dia 10, os patriotas, o Governo e os Generais da Polônia liderados por Sikorski deixaram o território polonês orgulhosamente e corajosamente.

Em 13 de Abril de 1942, Goebbels – com o objetivo de separar a União Soviética de seus aliados – declarou que em 1940 os judeus da União Soviética haviam executado milhares de oficiais poloneses. Dois dias depois, no dia 15 de Abril, o chefe exilado do Governo polonês e aliado do Reino Unido, Sikorski, confirmou publicamente a afirmação de Goebbels sem fazer nenhuma investigação ou mostrar algum fato.

Em 1943, os britânicos planejaram um ataque à Noruega para cortar os alemães no Báltico. Mas os alemães descobriram isto. Então a paciência inglesa chegou ao fim e em julho de 1943 o avião em que Sikorski voava do Marrocos para a Inglaterra caiu no Estreito de Gibraltar. Apenas os pilotos ingleses sobreviveram, Sikorski e seus filhos morreram.

O Governo polonês daquele tempo traiu todos seus aliados (até seu próprio povo) e deste modo provocou a Segunda Guerra. O truque propagandístico de Goebbels trouxe 1.8 milhões de voluntários ao exército alemão, prolongando a guerra e aumentando o sacrifício.

A questão de Katyn voltou aos holofotes em 1989 quando traidores comandavam a União Soviética. Eles queriam desmontar a União Soviética e um dos meios de essenciais de fazê-lo era destroçar o Pacto de Varsóvia. A Polônia então se juntaria à OTAN.

Agora o Ocidente fascista precisa da questão de Katyn para forçar a Federação Russa a pagar sua compensação. Eu tenho material de estudo nesta questão e ele me convenceu de que os alemães fuzilaram os poloneses na floresta de Katyn próxima a Smolensk, em 1941, quando eles controlavam Smolensk. Hoje todos culpam a União Soviética por executar poloneses em Katyn e usam esta questão para melhorar suas carreiras políticas ou para outros fins. Estas pessoas são os filhos espirituais de Goebbels e eu os considero meus inimigos.

O formato de nossa conversação não me dá a oportunidade para ir mais a fundo neste problema, e é por isso que eu aconselho aquelas pessoas que ainda tem dignidade e lucidez a ler o livro “Detetive de Katyn” de Yuri Mukhin, seu filme “Katinskaya Podlost” e seu mais novo livro, “Sud Nad Stalinim”, o qual Yuri Mukhin, Sergei Strigin e Mikhail Shved, os quais investigaram a questão, apresentam seus argumentos. Eu quero fazer seus leitores ficarem interessados ao dizer que Sergei Strigin descobriu 43 sinais de falsificação no argumentos do “Pacote Especial nº 1”.

Da redação, com informações do blog Mamayev Kurgan
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