.
.
LeoMOV | 17 de Fevereiro de 2009 | 9 utilizadores que gostaram deste vídeo, 0 utilizadores que não gostaram deste vídeo
.
Canção do século XIX. Apareceu em 1852, por ocasião das lutas civis da Patuleia e Maria da Fonte e tornou-se bastante popular. Autores anónimos. A gravação aqui disponibilizada data de 1982 do disco "Cancioneiro". Contudo a gravação orifginal data de 1974 em disco homónimo. A música desta canção foi adoptada como música do hino da intersindical CGTP-IN.
.
.
Ei-lo erguido no topo da serra,
Recostado no seu arcabuz:
De pequeno criado na guerra,
Não conhece, não vê outra luz.
Viu a terra da Pátria agredida,
Ergueu alto seu alto pensar:
- Pula o sangue, referve-lhe a vida
Vinde ouvir o seu rude cantar.
Eia, sus, oh! meus bons camaradas,
Desse sono por fim despertai;
Além tendes vossas espadas,
Eia, sus, bem depressa afiai.
Vai a terra da Pátria vencida,
Quem da luta se pode escusar?
- Pula o sangue referve-lhe a vida
Vinde ouvir o seu rude cantar.
Que me siga quem tem a vaidade
De ouvir balas sem nunca tremer,
Que me siga quem quer liberdade,
Quem não teme na luta morrer.
A estranhos a Pátria vendida
Pede braços que a vão libertar.
- Pula o sangue referve-lhe a vida
Vinde ouvir o seu rude cantar.
Já povoam os ecos da serra
Os sons rudes do altivo clarim;
E d'envolta com os gritos da guerra
Vão em roda cantando-lhe assim:
"Eia, avante, que a Pátria agredida
Quer seus filhos na luta encontrar.
- Pula o sangue referve-lhe a vida
Vinde ouvir o seu rude cantar.
Era noite, mas noite calada.
Sem estrelas no céu a luzir;
Fôra noite dos santos fadada
Para a terra da Pátria remir.
"Se esta luta por nós for vencida
Pode a terra da Pátria folgar"
- Pula o sangue referve-lhe a vida
Vinde ouvir o seu rude cantar.
Adeus serra, calada gigante,
Erma filha do meu Portugal;
Adeus terra que inspiras distante,
Este canto sentido e leal!
"A estranhos a Pátria vendida
Pede braços que a vão libertar".
- Pula o sangue referve-lhe a vida
Vinde ouvir o seu rude cantar. II
Não faltava ninguém no combate
Não faltava na luta ninguém
Só depois - já depois do embate
Rareava nas filas alguém.
Foi acção por acção decidida;
Vinde os mortos no campo contar.
Pula o sangue referve-me a vida
Vinde ouvir-me meu triste cantar.
Era dia: nas armas luzentes
Vinha em chapa batendo-lhe o sol;
Mas nem todos dos lá combatentes,
Viram brilho do imenso farol.
Pela terra de sangue tingida
Mais de um bravo se via rojar.
Pula o sangue referve-me a vida
Vinde ouvir-me meu triste cantar.
Vencedoras as quinas ficaram
Vencedoras ainda uma vez,
Mas de pranto depois as regaram
Quem lhes dera valor português.
Lá ficara uma espada esquecida
Sem que o dono a pudesse zelar.
Pula o sangue referve-me a vida
Vinde ouvir-me meu triste cantar.
Desabando do topo da serra,
Lá deixara o fiel arcabuz:
De pequeno criado na guerra,
Viu na guerra extinguir-se-lhe a luz.
Vira a terra da Pátria agredida
Ergueu alto o seu alto pensar.
Pula o sangue referve-me a vida
Vinde ouvir-me meu triste cantar.
Para saber mais sobre Luis Cília consulte o site www.luiscilia.com
Recostado no seu arcabuz:
De pequeno criado na guerra,
Não conhece, não vê outra luz.
Viu a terra da Pátria agredida,
Ergueu alto seu alto pensar:
- Pula o sangue, referve-lhe a vida
Vinde ouvir o seu rude cantar.
Eia, sus, oh! meus bons camaradas,
Desse sono por fim despertai;
Além tendes vossas espadas,
Eia, sus, bem depressa afiai.
Vai a terra da Pátria vencida,
Quem da luta se pode escusar?
- Pula o sangue referve-lhe a vida
Vinde ouvir o seu rude cantar.
Que me siga quem tem a vaidade
De ouvir balas sem nunca tremer,
Que me siga quem quer liberdade,
Quem não teme na luta morrer.
A estranhos a Pátria vendida
Pede braços que a vão libertar.
- Pula o sangue referve-lhe a vida
Vinde ouvir o seu rude cantar.
Já povoam os ecos da serra
Os sons rudes do altivo clarim;
E d'envolta com os gritos da guerra
Vão em roda cantando-lhe assim:
"Eia, avante, que a Pátria agredida
Quer seus filhos na luta encontrar.
- Pula o sangue referve-lhe a vida
Vinde ouvir o seu rude cantar.
Era noite, mas noite calada.
Sem estrelas no céu a luzir;
Fôra noite dos santos fadada
Para a terra da Pátria remir.
"Se esta luta por nós for vencida
Pode a terra da Pátria folgar"
- Pula o sangue referve-lhe a vida
Vinde ouvir o seu rude cantar.
Adeus serra, calada gigante,
Erma filha do meu Portugal;
Adeus terra que inspiras distante,
Este canto sentido e leal!
"A estranhos a Pátria vendida
Pede braços que a vão libertar".
- Pula o sangue referve-lhe a vida
Vinde ouvir o seu rude cantar. II
Não faltava ninguém no combate
Não faltava na luta ninguém
Só depois - já depois do embate
Rareava nas filas alguém.
Foi acção por acção decidida;
Vinde os mortos no campo contar.
Pula o sangue referve-me a vida
Vinde ouvir-me meu triste cantar.
Era dia: nas armas luzentes
Vinha em chapa batendo-lhe o sol;
Mas nem todos dos lá combatentes,
Viram brilho do imenso farol.
Pela terra de sangue tingida
Mais de um bravo se via rojar.
Pula o sangue referve-me a vida
Vinde ouvir-me meu triste cantar.
Vencedoras as quinas ficaram
Vencedoras ainda uma vez,
Mas de pranto depois as regaram
Quem lhes dera valor português.
Lá ficara uma espada esquecida
Sem que o dono a pudesse zelar.
Pula o sangue referve-me a vida
Vinde ouvir-me meu triste cantar.
Desabando do topo da serra,
Lá deixara o fiel arcabuz:
De pequeno criado na guerra,
Viu na guerra extinguir-se-lhe a luz.
Vira a terra da Pátria agredida
Ergueu alto o seu alto pensar.
Pula o sangue referve-me a vida
Vinde ouvir-me meu triste cantar.
Para saber mais sobre Luis Cília consulte o site www.luiscilia.com
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário