Cultura
Chico Buarque de Holanda ocupou o palco do Sesc Vila Mariana apenas por alguns minutos da noite de ontem, mas o suficiente para dominar a Homenagem a Saramago, evento que lembrou a vida e a obra do escritor português, morto em junho. Chico encerrou a programação com a leitura de um trecho do livro O Ano da Morte de Ricardo Reis. Fiel ao seu estilo esquivo, ele chegou momentos antes de iniciar sua participação e foi embora minutos depois.
"Procuramos valorizar o maior bem deixado por Saramago, que é a sua escrita", afirmou a atriz Denise Weinberg que, revezando-se com Lígia Cortez e Bete Coelho, leu trechos de Ensaio Sobre a Cegueira. Foi dela também a leitura de um texto inédito do autor, sobre Maria Madalena. A homenagem contou ainda com a presença da espanhola Pilar Del Río, última mulher de Saramago.
O texto com pouca ou nenhuma pontuação foi o principal desafio enfrentado pelas atrizes, que foram dirigidas por Daniela Thomas. "Por conta disso, ensaiamos a tarde toda", completou Denise, confessando ainda que as atrizes colocaram a pontuação em seu texto, para evitar atropelos na leitura.
Entre os trechos lidos, foram projetadas cenas filmadas pelo cineasta português Miguel Gonçalves Mendes e que compõem o material bruto do documentário José e Pilar, que deve estrear no dia 4 de novembro - antes, será exibido sábado no Festival do Rio e, em outubro, na Mostra de Cinema de São Paulo.
"São imagens que não estão no filme, mas deverão constar como extra em um futuro DVD", disse o também diretor Fernando Meireles, que produziu o documentário a partir de sua empresa, a O2. "Trata-se de um material maravilhoso, em que Saramago revela sua franqueza, pela qual foi muitas vezes injustamente criticado."
Meireles estreitou relações com o escritor a partir da versão cinematográfica de Ensaio Sobre a Cegueira, rodada boa parte em São Paulo. "A última vez que nos encontramos foi em 2008, quando ele veio lançar aqui A Viagem do Elefante."
O momento também marcou o editor Luiz Schwarcz, da Companhia das Letras, que edita a obra de Saramago no Brasil. "Ele deveria saber que seria sua última visita ao Brasil", comentou ele, que costumava hospedar o escritor em sua casa. "Dessa vez, quando Pilar entrou pela primeira vez sem o José, ficou admirando o jardim, pensativa."
O texto com pouca ou nenhuma pontuação foi o principal desafio enfrentado pelas atrizes, que foram dirigidas por Daniela Thomas. "Por conta disso, ensaiamos a tarde toda", completou Denise, confessando ainda que as atrizes colocaram a pontuação em seu texto, para evitar atropelos na leitura.
Entre os trechos lidos, foram projetadas cenas filmadas pelo cineasta português Miguel Gonçalves Mendes e que compõem o material bruto do documentário José e Pilar, que deve estrear no dia 4 de novembro - antes, será exibido sábado no Festival do Rio e, em outubro, na Mostra de Cinema de São Paulo.
"São imagens que não estão no filme, mas deverão constar como extra em um futuro DVD", disse o também diretor Fernando Meireles, que produziu o documentário a partir de sua empresa, a O2. "Trata-se de um material maravilhoso, em que Saramago revela sua franqueza, pela qual foi muitas vezes injustamente criticado."
Meireles estreitou relações com o escritor a partir da versão cinematográfica de Ensaio Sobre a Cegueira, rodada boa parte em São Paulo. "A última vez que nos encontramos foi em 2008, quando ele veio lançar aqui A Viagem do Elefante."
O momento também marcou o editor Luiz Schwarcz, da Companhia das Letras, que edita a obra de Saramago no Brasil. "Ele deveria saber que seria sua última visita ao Brasil", comentou ele, que costumava hospedar o escritor em sua casa. "Dessa vez, quando Pilar entrou pela primeira vez sem o José, ficou admirando o jardim, pensativa."
Fonte: O Estado de S.Paulo
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