* João Mira Godinho.
Em 1715, o órgão da Sé de Faro começava a ser construído pelas mãos de John Heinrich Hulenkampf. Obra que ficou concluída no ano seguinte. Em 1767 o instrumento recebia uma remodelação, e o mesmo se passou entre 1973 e 74.
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Em 2006, o órgão voltava a receber uma intervenção, que terminou com a apresentação do ‘Restauro do Histórico Órgão da Sé Catedral’, a 20 de Janeiro passado. E, na sequência da cerimónia, agora surge o I Festival de Órgão da Sé, que hoje se inicia.A iniciativa pertence à Associação Cultural Música XXI, que apresentou a proposta à Câmara Municipal de Faro. “No sentido de aproveitar o valioso instrumento e conseguir valorizar quer o património, quer a nova escola organística que surge no País”, explicou Patrícia Martins, da Música XXI, na apresentação do festival, à comunicação social.Assim, hoje à noite, o festival abre com Rafael Reis, que interpreta obras de autores da Península Ibérica, Itália, França e Alemanha. Todas datadas dos séculos XVI e XVII. Rafael Reis tem o curso de órgão da Academia de Música Eborense.Dia 10 de Novembro, a interpretação fica entregue a Gyula Szilágyi, músico húngaro, que também executará obras do mesmo período. Catorze dias depois, a 24 de Novembro, é a vez de Paulo Bernardino ‘subir ao palco’. O maestro, músico, cravanista e organista, nascido na Holanda, escolheu obras dos séculos XVII e XVIII.Finalmente, a 30 de Novembro, João Paulo Janeiro, mestre em Musicologia Histórica, encerra o festival, com composições dos séculos XVI, XVII e XVIII.Os concertos são todos às 21h30 e a entrada é livre. A câmara de Faro já fez saber que existe a intenção de realizar o festival também no próximo ano.
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in Correio da Manhã 2007.11.03
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