Discurso de Lula da Silva (excerto)

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sábado, 22 de dezembro de 2012

Padaria histórica em risco de destruição

20 de Dezembro, 2012
por Margarida Davim
As novas regras de Segurança Alimentar estão a pôr a perigo uma padaria Art Déco, que existe na Rua de Angola, em Lisboa, desde 1933. O balcão em pedra lioz e mármore pode ter de ser destruído por não ser refrigerado.O alerta é dado pelo Fórum Cidadania Lx, que faz um apelo ao presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, para que classifique a antiga padaria e impeça a sua destruição.

«Este é um estabelecimento comercial que faz a diferença», sublinha o movimento, explicando que «esta padaria mantém, intacto e em óptimas condições, o balcão original todo em mármore e lioz desenhado especificamente para o local em 1933», que é já uma «autêntica raridade» tendo em conta o desaparecimento por toda a cidade de locais deste tipo.

Para os membros do Fórum Cidadania Lx, o velho balcão é uma peça que «pode perfeitamente ser adaptada aos novos tempos, mas com sensibilidade e bom senso».

Por isso, apelam a António Costa para que «a lei da Segurança Alimentar não seja cega e indiferente a esta jóia do Art Deco lisboeta».

A padaria dos Anjos, da autoria do engenheiro Pedro Nunes, está intacta desde que foi inaugurada em 1934 e está revestida a azulejos da famosa Fábrica Lusitânia, com motivos Art Déco, incluindo dois painéis ovalados retratando o fabrico de pão e criados especificamente para este estabelecimento.

Os mosaicos do pavimento, os estuques do tecto e a frente de loja com montras em caixilharias de ferro são outros elementos decorativos que representam o período Art Déco.

«Será muito provavelmente a única Padaria Art Déco que resta na capital com este nível de autenticidade e qualidade artística», sublinham os membros do movimento cívico, acrescentando que a loja «é propriedade da PRAGAL, Padarias Reunidas da Graça e Alfama, empresa que está consciente da sua beleza e do valor patrimonial, mas que se vê obrigada a fazer obras de alteração por força de uma Lei que ainda não considera as especificidades do património arquitectónico».


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