Vários historiadores assinaram uma petição para proteger uma obra de Giorgio Vasari, atrás da qual se acredita que pode estar uma pintura de Leonardo Da Vinci.
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20:44 Quarta feira, 7 de dezembro de 2011
"A Batalha de Anghiari", de Leonardo Da Vinci, começou a ser pintada em 1504
"A Batalha de Anghiari", obra inacabada que Leonardo Da Vinci começou a pintar no início do século XVI, pode estar escondida atrás de um fresco de Giorgio Vasari no Palazzo Vecchio, em Florença.
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A hipótese é defendida por uma equipa de historiadores da Universidade da Califórnia, liderada por Maurizio Seracini, que desde a semana passada está a perfurar a parede onde se encontra representada a "A Batalha de Marciano", uma obra que Giorgio Vasari pintou em 1563 aquando da remodelação do palácio.
A danificação da obra suscitou o descontentamento de um grupo de 150 historiadores, que assinaram uma petição com o objetivo de pôr fim às perfurações da parede atrás da qual se acredita que exista uma segunda parede com a obra inacabada de Leonardo Da Vinci.
A obra de Giorgio Vasari está a ser perfurada em locais já danificados, que posteriormente serão sujeitos a restauração, de forma a introduzir câmaras que permitam analisar o espaço entre as duas paredes e os segredos que este pode conter.
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"Aquele que procura, encontra"
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Segundo Maurizio Seracini, Giorgio Vasari terá salvaguardado a parede onde pode estar o fresco de Leonardo Da Vinci, teoria que foi reforçada depois de ser descoberto na obra "A Batalha de Marciano" um soldado com uma bandeira onde pode ler-se a mensagem "Aquele que procura, encontra".
Apesar destes argumentos e da descoberta recente de um pigmento orgânico, cujos resultados da análise só estarão disponíveis daqui a dois meses, vários historiadores assinaram a petição a exigir o fim das perfurações até existirem mais evidências. De acordo com o documento, a investigação histórica sugere que Leonardo Da Vinci terá pintado "A Batalha de Anghiari" na parede oposta à de Vasari.
A petição foi dinamizada pelo historiador Tomaso Montanari e por Cecilia Frosinone, uma especialista em arte que fazia parte da equipa de Maurizio Seracini e abandonou recentemente a investigação, afirmando não poder continuar por "razões éticas".
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