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29 de Outubro de 2008
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Viva o Poder Popular! - Zeca Afonso
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Não há velório nem morto
Nem círios para queimar
Quando isto der prò torto
Não te ponhas a cavar
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Quando isto der prò torto
Lembra-te cá do colega
Não tenhas medo da morte
Que daqui ninguém arreda
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Se a CAP é filha do facho
Se o facho é filho da mãe
O MAP é filho do Portas
Do Barreto e mais alguém
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Às aranhas anda o rico
Transformado em democrata
Às aranhas anda o pobre
Sem saber quem o maltrata
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Às aranhas te vi hoje
Soldado, na casamata
Militares colonialistas
Entram já na tua casa
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Vinho velho vinho novo
Tudo a terra pode dar
Dêm as pipas ao povo
Só ele as sabe guardar
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Anda cá abaixo, ó Aleixo
Vem partir o fundo ao tacho
Quanto mais lhe vejo o fundo
Mais pluralista o acho
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Os barões da vida boa
Vão de manobra em manobra
Visitar as capelinhas
Vender pomada da cobra
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A palavra socialismo
Como está hoje mudada
De Colarinhos a Texas
Sempre muito aperaltada
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Sempre muito aperaltada
Fazendo o V da vitória
Para enganar o proleta
Hás-de vir comigo a glória
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O Willy Brandt é macaco
O Giscard é macacão
O capital parte o coco
Só não ri a emigração
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De caciques e de bufos
Mandei fazer um sacrário
Para pôr no travesseiro
Dum cura reaccionário
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Não sei quem seja de acordo
Como vamos terminar
Vinho velho vinho novo
Viva o Poder Popular
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