Braga: Arqueólogo fiscalizava obra do novo hospital
* Secundino CunhaA carta de despedimento faz referência a "dificuldades em se enquadrar na equipa", mas, ao que o CM apurou, o afastamento teve a ver com o facto de o arqueólogo estar a "obrigar a demasiadas paragens dos trabalhos". E a gota de água terá sido a comunicação que fez ao Igespar de "importantes achados arqueológicos das Idades do Ferro e do Bronze".
"Limitei-me a cumprir o meu dever. Só isso", disse Luciano Villas Boas ao CM, referindo que ficou "muito surpreendido com a decisão" e "convencido de que nada disso teria ocorrido se a descoberta não tivesse sido comunicada ao Igespar".
Já há cerca de oito dias, na sequência da descoberta por Villas Boas de ossadas humanas, que a Polícia Judiciária recolheu no local, as obras tiveram de parar. No entanto, os achados arqueológicos obrigariam a uma interrupção mais demorada.
A área onde vai ser construído o novo Hospital de Braga, junto ao complexo histórico das Sete Fontes, é muito sensível do ponto de vista arqueológico e ambiental, obrigando a fiscalização arqueológica. Função que, ao que apurámos, vai ser desempenhada por uma arqueóloga espanhola.
O CM tentou contactar o Igespar a Direcção Regional de Cultura do Norte, mas sem sucesso.
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in Correio da Manhã, 2009.02.20
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