Discurso de Lula da Silva (excerto)

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Arqueólogo: “Fui demitido por cumprir o dever”

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Sérgio Freitas A descoberta de ossadas humanas, há oito dias, fez parar as obras, o que não agradou aos construtores

A descoberta de ossadas humanas, há oito dias, fez parar as obras, o que não agradou aos construtores
20 Fevereiro 2009 - 00h30

Braga: Arqueólogo fiscalizava obra do novo hospital

* Secundino Cunha


O arqueólogo Luciano Villas Boas, que tinha sido contratado pela empresa Procesl e acreditado junto do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) para acompanhar as escavações do local onde vai ser construído o novo Hospital Central de Braga, foi despedido ao fim de um mês de trabalho.



A carta de despedimento faz referência a "dificuldades em se enquadrar na equipa", mas, ao que o CM apurou, o afastamento teve a ver com o facto de o arqueólogo estar a "obrigar a demasiadas paragens dos trabalhos". E a gota de água terá sido a comunicação que fez ao Igespar de "importantes achados arqueológicos das Idades do Ferro e do Bronze".


"Limitei-me a cumprir o meu dever. Só isso", disse Luciano Villas Boas ao CM, referindo que ficou "muito surpreendido com a decisão" e "convencido de que nada disso teria ocorrido se a descoberta não tivesse sido comunicada ao Igespar".


Já há cerca de oito dias, na sequência da descoberta por Villas Boas de ossadas humanas, que a Polícia Judiciária recolheu no local, as obras tiveram de parar. No entanto, os achados arqueológicos obrigariam a uma interrupção mais demorada.


A área onde vai ser construído o novo Hospital de Braga, junto ao complexo histórico das Sete Fontes, é muito sensível do ponto de vista arqueológico e ambiental, obrigando a fiscalização arqueológica. Função que, ao que apurámos, vai ser desempenhada por uma arqueóloga espanhola.


O CM tentou contactar o Igespar a Direcção Regional de Cultura do Norte, mas sem sucesso.

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in Correio da Manhã, 2009.02.20
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