João Black - Fado Anarquista
João Black (Feijó, 28 de Setembro de 1872; Lisboa, 18 de Dezembro de 1955) foi um dos fadistas mais comprometidos ideologicamente com valores do anarquismo, socialismo e republicanismo. João Salustiano Monteiro tornou-se João Black por homenagem ao seu protector, o inglês Alexander Black, patrão do pai radicado em Almada que lhe pa-gou os estudos. Black foi o que se poderia chamar de fadista de intervenção: as suas letras versavam sempre propósitos ideológicos da República. Andar nos jornais deu-lhe essa consciência.
Comentários da pessoa que enviou o vídeo (ecoscanner)
- Aconselho também uma visita ao site da Torre do Tombo, onde se encontra uma outra composição de nome "A Batalha - Hino Revolucionário", com autoria atribuída ao maestro Tomás del Negro e João Black, musica e letra, respectivamente. O material foi considerado "propaganda anarquista" por a tenebrosa PIDE, que ao ser desmantelada em 1974 pelos vitoriosos revolucionários da altura, viu assim o seu "espolio" sob o zelo da Torre do Tombo.Nem deus, nem amo!!
- @theH0UNDSofD00M obrigadao pela info!
- Primeiro que nada obrigado pelo upload, segundo queria propor que adicionasses o link do site A Viagem Dos Argonautas, já que me parece ter sido de onde veio o excerto que usaste na descrição do vídeo. Nao o faço como uma critica mas apenas para facilitar a vida daqueles que, como eu, querem conhecer melhor João Black.
[Prima del 1926]
Testo trovato su YouTube
Nel XX secolo il fado come espressione ludica di contestazione contro il potere e contro i suoi simboli, assume una rilevanza tutta speciale: il fado di aspetto sociale – a volte conosciuto come fado operaio o libertario – diventa canzone di protesta, soprattutto nei primi anni venti del secolo, anni in cui in un contesto repubblicano è possibile ed è incrementata una cultura popolare, in cui il fado diventa veicolo di propaganda di nuove idee. Il fado quindi tratta in modo lirico temi sociali come la fame, la miseria, la lotta contro i padroni, la fede in una vita migliore ed in un futuro dove la vittoria finale è un dato di fatto.
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Un esempio emblematico di questo periodo è il poeta popolare, di professione tipografo, uomo di fine gusto letterario ed eccellente fadista che risponde allo pseudonimo di João Black, assiduo frequentatore delle taverne di Cacilhas e di Ginjal. Il suo vero nome era João Salustiano Monteiro ed era di Almada, località dove nacque e trovò la morte nel 1955. Poeta, compositore e cantante, questo socialista di formazione repubblicana – militò nel Partito Socialista di José Fontana nel 1914 - , noto frequentatore di feste e convivi notturni, amante della vita scapigliata, è stato un vero protagonista del periodo in cui il fado ha guadagnato un ruolo sociale, diventando famoso tra la classe sociale popolare, grazie anche all’intensa attività fatta dagli innumerevoli collettivi di cultura e svago allora esistenti, punto di incontro di cantanti, chitarristi e poeti popolari.
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João Black assistette all’apogeo e alla progressiva scomparsa di questo fado di protesta – figlio e padre di una cultura popolare, operaia – subito censurato dal Segretariato Nazionale di Informazione di António Ferro e dalla sua Emittente Nazionale. Fu proprio a causa di queste alterazioni sociali che il fado perse il carattere amatoriale ed il suo ruolo di veicolo di idee e principi morali e politici, diventando un mero intrattenimento ed un articolo da sfruttarsi a livello commerciale. Come disse lo stesso João Black “Il Fado di stampo sociale non è morto, è passato di moda, sopravvivendo qua e là nella memoria di alcuni interpreti […] tra cui il famoso Alfredo Marceneiro che canta come João Black.”
(Fonte: Portogallo: storia dei canti politicamente e socialmente impegnati fino agli anni 50, dal blog Fado Portoghese di Luisa Notarangelo)
Ciência humanitária
Um símbolo de altruísmo
Tem como fim condenar
Deus, pátria e militarismo
O mundo há-de assitir
Aos pobres livres do jugo
Espezinhar é o futuro
Da burguesia a surgir
E depois quando existir,
O ideal ...
Esplendor e bem-estar
Incitar o patriotismo
A miséria,
o anarquismo tem por base condenar
Mas o povo subjugado
Esfacela-se sob a tortura
Quando o seu mal tinha cura
O ideal desejado
Viver na prisão
Nas garras dos inimigos
Ai ela bem cai no abismo
A fanática humanidade
Pois fia-se nesta trindade
Deus, pátria e militarismo
inviata da Bartleby - 20/2/2012 - 14:17
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