
Esta é uma opinião com que eu não concordo na íntegra, mas como o meu mural é uma tribuna de opiniões divergentes aqui deixo esta outra forma de ver Niemeyer.
"Raquel Varela
Niemeyer "foi um designer do betão". Haja coragem e sinceridade, porque a morte é sempre triste mas inventar heróis onde não existem não serve para nada, por isso deixo aqui as palavras do arquitecto Alberto Castro Nunes, um arquitecto que nunca se "vendeu ao betão" e que sem primitivismos infantis sempre respeitou a arquitectura popular, feita à dimensão do homem e não do capital ou, no caso de Neimeyer do nacional desenvolvimentismo, outra maneira de dizer capital.
"Pronto, agora vem a carpidela corporativa pelo Niemeyer, que foi "um grande arquitecto contemporâneo". Não foi, foi apenas um betonador notório que produziu uma "cidade" invivível e incorporou todas as distorções e flagelos que o capitalismo industrial infligiu sobre os nossos modos de habitar e construir. Foi mais um designer de construção industrial do jet set arquitectónico, que se evidenciou pelas circunstâncias históricas específicas e, como a maior parte da sua geração corporativa, se disfarçou de "comunista" ou de "esquerda" para desenhar o crescimento suburbano exponencial do capitalismo. O flagelo do betão, do "zoning" e dos subúrbios fica para as próximas gerações. RIP"
Sem comentários:
Enviar um comentário
"Até agora os filósofos se preocuparam em interpretar o mundo de várias formas. O que importa é transformá-lo." (Karl Marx - 11ªtese sobre Feuerbach)