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quinta-feira, 21 de abril de 2011

João Abel Manta




João Abel Manta
Publicado a 25 Abril 2011 por Jflor
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João Abel MantaJoão Abel Manta, 1974


Sendo uma das figuras mais representativas do design gráfico nacional, João Abel Manta ilustrou os anos de brasa que assinalaram a mudança de regime em Portugal, na sequência dos acontecimentos ocorridos no dia 25 de Abril de 1974.


João Abel MantaJoão Abel Manta, “Censura”


Poucos souberam representar como ele a ironia e a mordacidade, reveladas através do seu fascínio pela sátira contundente, evidenciada no Diário de Notícias nos finais da década de 60 do século passado. Com a passagem pelo Jornal de Letras em 1981, por cujo arranque foi responsável ao nível da orientação gráfica, termina a epopeia: João Abel Manta abandona a ilustração e o cartoon e passa a dedicar-se exclusivamente à pintura.


João Abel MantaJoão Abel Manta, “Salazar” 1


João Abel MantaJoão Abel Manta, “Salazar” 2


João Abel MantaJoão Abel Manta, “Salazar” 3


João Paulo Cotrim, sobre o cartoonista: “Em João Abel Manta cruzam-se, além das disciplinas da pintura e do design, que convoca amiúde para o seu labor de livre comentador, um agudo sentido de observação, o desejo de intervir muito para além do acto criativo, a persistência na abordagem de questões-chave como a condição humana, tocada pelo absurdo, e uma obsessão com as questões da nacionalidade, no que constitui uma relação bastante dúbia com os acontecimentos. Além de uma rara capacidade para traduzir interpretações em imagens poderosas, que o foram em datas concretas, contribuindo em muito para um imaginário colectivo da sociedade portuguesa do pós 25 de Abril.”(João Paulo Cotrim, “João Abel Manta - Caprichos e Desastres”, Assírio & Alvim, 2008)


João Abel MantaJoão Abel Manta, “As idades de Salazar” 1


João Abel MantaJoão Abel Manta, “As idades de Salazar” 2


João Abel MantaJoão Abel Manta, “As idades de Salazar” 3


João Abel MantaJoão Abel Manta, “As idades de Salazar” 4


João Abel MantaJoão Abel Manta, “As idades de Salazar” 5


João Abel MantaJoão Abel Manta, “Muito prazer em conhecer vocelências”
M.F.A. Campanha de dinamização cultural, 1974


João Abel MantaJoão Abel Manta, “Um problema difícil”, 1974


João Abel MantaJoão Abel Manta, “Acabem com isso antes que eu me zangue”
(Mário Soares, Francisco Sá Carneiro e Álvaro Cunhal)


João Abel MantaJoão Abel Manta (alusão a Mário Soares e Álvaro Cunhal)


João Abel MantaJoão Abel Manta, “Povo, MFA” / “Povo, Vasco, MFA”
(referência ao então primeiro-ministro Vasco Gonçalves)


Osvaldo de Sousa, investigador, a propósito do artista: “Pode-se certamente catalogar João Abel Manta como um ilustrador, um gráfico, um satírico, ou, como agora se diz, um ‘cartoonista’. Só que isso seria limitar a sua obra e não ter a percepção completa da sua criação, do seu estilo.


1 de Maio de 1974
João Abel MantaJoão Abel Manta, “Uma coisa nunca vista”, 1974


“(…) Dentro da própria auto-definição do artista, (…) vê[-se] acima de tudo como um Artista Plástico, abrangendo com esse conceito a liberdade de trabalhar em todo e qualquer género de criação plástica. Desse modo João Abel Manta é Arquitecto por formação académica; Pintor por opção estética assim como é Artista Gráfico, Gravador, criador de trabalhos decorativos para integração na arquitectura, Cenógrafo por obra realizada.


MFA, Natal 1974
João Abel MantaJoão Abel Manta, “Os presentes das Forças Armadas”


“(…) Um dos responsáveis pela divulgação e difusão deste termo – ‘cartoon’ – foi João Abel Manta, tendo mesmo baptizado (com sentido auto-irónico) um dos seus álbuns com este anglicismo que veio suplantar os termos de ‘ilustração humorística’ e ‘caricatura’, reforçando o conceito. O ‘cartoon’ não é apenas um ‘gag’ cómico em sátira, ou ironia gráfica, mas uma intervenção de um artista plástico na sociedade, com um ataque-opinião a um dado momento datável.


João Abel MantaJoão Abel Manta, BDjornal, Setembro de 2005
fotografia de J. Machado Dias


“Apesar daquela responsabilidade, apesar de ter cultivado, em certo período da sua carreira, o ‘cartoon’ com obras que marcaram a história da sátira política, sempre recusou esta filiação, por se considerar o artista plástico que, em determinado período político do país, sente a necessidade, por não haver outros na época a fazê-lo, de se expressar satiricamente pela caricatura política.” (Osvaldo M. Sousa, “João Abel Manta - Gráfica”, 1998)


João Abel MantaJoão Abel Manta visto pelo cartoonista Paulo Fernandes


João Abel MantaJoão Abel Manta visto pelo cartoonista Vasco Gargalo
Fontes: aquiaqui e aqui.
João Abel Manta, Lisboa, Portugal, 1928

http://pt-br.paperblog.com/joao-abel-manta-117879/ 

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