Discurso de Lula da Silva (excerto)

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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Evocação dos 60 anos do julgamento de Álvaro Cunhal

Blog do Chaparral


Junho 22, 2010
O Partido Comunista Português (PCP) assinala hoje os 60 anos do julgamento político de Álvaro Cunhal no Tribunal da Boa Hora. A evocação servirá para divulgar um conjunto de documentos inéditos do próprio ex-líder comunista. Estarão assim disponíveis alguns dos manuscritos produzidos por Cunhal após a sua terceira detenção em 1949, que o fez passar 11 anos no Forte de Peniche, de onde só fugiu em Janeiro de 1960. No CD-Rom apresentado estão centenas de páginas em fac-símile dos cadernos 1, 28 e 49. Os cadernos eram usados por Cunhal para registar “de forma sistemática” a sua vida naqueles tempos. Segundo José Casanova, dirigente comunista e director do jornal partidário Avante!, as entradas nesses documentos referiam-se a peças do processo, requerimentos, protestos, reclamações e cartas ao ministro da Justiça. Passados 60 anos do julgamento que se iniciou em Maio de 1950, os historiadores da época não divergem sobre a importância que este teve. A conduta de Cunhal fixou que, a partir desse momento, os comunistas deveriam passar ao ataque, evitar a defesa e, assim, usar a tribuna para denunciar o regime. Tal como José Casanova recorda no CD-Rom, Cunhal terminaria a sua intervenção no julgamento de dedo apontado ao ditador Oliveira Salazar, dizendo que quem deveria estar sentado no banco dos réus não eram os comunistas, “mas os actuais governantes da nação e o seu chefe, Salazar”. Além do CD-Rom, a evocação do PCP vai incluir a leitura de excertos da defesa de Cunhal, leitura de poesia de Pablo Neruda e Manuel Gusmão e um momento musical. A iniciativa faz parte do ciclo Álvaro Cunhal: uma vida dedicada aos trabalhadores e ao povo, ideal e projecto comunista, tendo a participação do actual secretário-geral, Jerónimo de Sousa.
in Público

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