Discurso de Lula da Silva (excerto)

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terça-feira, 8 de março de 2011

Muralhas de Setúbal


A génese medieval de Setúbal remonta ao fim da reconquista cristã.

A tomada de Palmela aos almóadas e a doação deste castelo aos cavaleiros da Ordem de Sant'Iago, proporcionaram as condições para o repovoamento de Setúbal (a Caetobriga da época romana, provavelmente abandonada no século VI por não oferecer condições de segurança). Em 1249, Setúbal recebeu foral. Nesta data a vila era uma póvoa de pescadores. Em 1343 o rei D. Afonso IV ordena que seja demarcado o termo de Setúbal, sendo ainda no século XIV (entre 1325 e 1375) construída a primeira cinta de muralhas que limitará a vila até finais do século XV quando se iniciam, nos arrebaldes ocidentais, as obras do Convento de Jesus que marcam a expansão da vila para fora da muralhas. Pensa-se que esta muralha teria como principal função a protecção da comunidade pescadora dos ataques de piratas norte-africanos.
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No século XVI, a vila de Setúbal já excedia, a nascente e poente, a muralha construída no século XIV.
Planta das Muralhas de SetúbalPlanta das muralhas de Setúbal:
1) Burgo e muralha medieval (séc. XIV)
2) Muralha do séc. XVI
3) Reforço da muralha do séc. XVII (nunca foi concluído)
4) Forte da Estrela (actualmente desaparecido)
5) Forte Velho (vestígios)
A) Igreja da Anunciada
B) Igreja de S. Julião
C) Igreja de Stª Maria
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Durante a crise dinástica de 1580 (na qual Filipe II de Espanha se torna rei de Portugal), Setúbal toma partido por D. António Prior do Crato, mas é facilmente conquistada a 22 de Julho pelo exército do Duque de Alba, reflectindo a vulnerabilidade das defesas da vila nesta época.
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Em 1582, Filipe II visita Setúbal e ordena a construção da fortaleza de S. Filipe com o objectivo de defender a vila e o seu porto de mar.
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Até 1640, a vila continuou a expandir-se extra-muralhas, assentando a sua defesa na Fortaleza de S. Filipe e na Fortaleza do Outão.
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A 1 de Dezembro de 1640 é aclamado D. João IV como novo rei de Portugal. Enquadrado na nova estratégia de defesa, são projectadas novas muralhas para a vila de Setúbal.
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No projecto, trabalharam grandes nomes da arquitectura militar portuguesa desta época. As obras prolongaram-se durante um longo período (até 1696) e por diversas vezes o rei D. João IV e o príncipe D. Teodósio se deslocaram a Setúbal para acompanhar o desenrolar das mesmas. Para a sua concretização, contribuiram financeiramente os negociantes de sal e a população de Setúbal, que teve de suportar novos impostos.
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Completa, esta nova cintura de muralhas possuia onze baluartes inteiros e dois meios baluartes.

Dos baluartes que ainda subsistem, destaca-se o de Nossa Senhora da Conceição onde está instalado um aquartelamento militar. Este edifício é constituído por duas partes: o baluarte propriamente dito e construções mais recentes. No seu pórtico está uma inscrição a partir da qual se fica a saber que foi concluído em 1696 por ordem do Duque do Cadaval.
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http://www.tintazul.com.pt/castelos/stb/stb/setubal.html
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