Discurso de Lula da Silva (excerto)

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quarta-feira, 31 de março de 2010

Quoi - Jane Birkin


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JB chante (1995) une des plus belles chansons de Serge Gainsbourg
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Title: Jane Birkin - Quoi lyrics

Artist: Jane Birkin Lyrics 
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(Serge Gainsbourg)
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Quoi ? De notre amour fou ne resterait que des cendres
Moi j'aimerais qu'la terre s'arrête pour descendre
Toi tu m'dis qu tu n'vaux pas la corde pour te pendre
C'est à laisser ou à prendre
Joie et douleur c'est ce que l'amour engendre
Sois au moins conscient que mon cœur peut se fendre
Soit dit en passant j'ai beaucoup à apprendre
Si j'ai bien su te comprendre
Amour cruel comme un duel
Dos à dos et sans merci
Tu as le choix des armes ou celui des larmes
Penses-y, penses-y
Et conçois que c'est à la mort à la vie
Quoi ? De notre amour fou ne resterait que des cendres
Moi j'aimerais qu'la terre s'arrête pour descendre
Toi tu préfères mourir que de te rendre
Va donc savoir va comprendre
Amour cruel comme en duel
Dos à dos et sans merci
Tu as le choix des armes ou celui des larmes
Penses-y, penses-y
Et conçois que c'est à la mort à la vie
Toi tu préfères mourir que de te rendre
Va donc savoir va comprendre
Quoi ? De notre amour fou ne resterait que des cendres
Moi j'aimerais qu'la terre s'arrête pour descendre
Toi tu m'dis qu tu n'vaux pas la corde pour te pendre
C'est à laisser ou à prendre
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 http://www.lyrics007.com/Jane%20Birkin%20Lyrics/Quoi%20Lyrics.html
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Rio Grande - Postal dos Correios (Official Videoclip) 1996


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PORTUGALMETAL



Rio Grande

Postal Dos Correios

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Compositor(es): João Monge

Querida mãe, querido pai. Então que tal?
Nós andamos do jeito que Deus quer
Entre dias que passam menos mal
Lá vem um que nos dá mais que fazer
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Mas falemos de coisas bem melhores

A Laurinda faz vestidos por medida
O rapaz estuda nos computadores
Dizem que é um emprego com saída
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Cá chegou direitinha a encomenda

Pelo "expresso" que parou na Piedade
Pão de trigo e linguiça pra merenda
Sempre dá para enganar a saudade
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Espero que não demorem a mandar

Novidade na volta do correio
A ribeira corre bem ou vai secar?
Como estão as oliveiras de "candeio"?
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Já não tenho mais assunto pra escrever

Cumprimentos ao nosso pessoal
Um abraço deste que tanto vos quer
Sou capaz de ir aí pelo Natal

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http://vagalume.uol.com.br/rio-grande/postal-dos-correios.html

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El poeta a su amada (César Vallejo) - Paco Ibañez


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Poema de César Vallejo (Santiago de Chuco, 16 de marzo de 1892 - París, 15 de abril de 1938) interpretado por Paco Ibañez (Valencia, 20 de noviembre de 1934) de su Album "Por una canción" (1990).
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César Vallejo

El poeta a su amada

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Amada, en esta noche tú te has crucificado
sobre los dos maderos curvados de mi beso;
y tu pena me ha dicho que Jesús ha llorado,
y que hay un viernes santo más dulce que ese beso.

En esta noche clara que tanto me has mirado,
la Muerte ha estado alegre y ha cantado en su hueso.
En esta noche de setiembre se ha oficiado
mi segunda caída y el más humano beso.

Amada, moriremos los dos juntos, muy juntos;
se irá secando a pausas nuestra excelsa amargura;
y habrán tocado a sombra nuestros labios difuntos.

Y ya no habrá reproches en tus ojos benditos;
ni volveré a ofenderte. Y en una sepultura
los dos nos dormiremos, como dos hermanitos.




Poemas de César Vallejo


Poemas del Alma


Poemas del Alma

A maior crise da Igreja Católica dos últimos 100 anos

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 Monumento a João Paulo II - Foto Gaspar de Jesus no Blog Arte Fotográfica

Análise

A maior crise da Igreja Católica dos últimos 100 anos

Público - 27.03.2010 - 21:03 Por António Marujo

A Igreja Católica atravessa a mais profunda crise do último século. Para encontrar algo de dimensão semelhante, devemos recuar até ao início do século XX, com o anti-modernismo do Papa Pio X. Ou antes, a 1870 e ao Concílio Vaticano I, com o dogma da infalibilidade papal, o cisma dos velho-católicos e o fim dos Estados Pontifícios. Há uma diferença: esta crise atinge um catolicismo universal, ao contrário do de há um século, quando ainda era uma realidade pouco mais que europeia.
Será um Papa ferido o que vem a Portugal 
Será um Papa ferido o que vem a Portugal (Tony Gentile/Reuters)
Há várias questões à volta deste tema que, de repente, coloca um Papa académico perante um dos mais graves problemas pastorais da Igreja. Será ele capaz de afrontar o problema com a coragem necessária?

Ratzinger é um teólogo notável no diálogo cultural, mesmo com filósofos não-crentes como Jürgen Habermas ou Paolo Flores d’Arcais (como se pode perceber em Existe Deus?, editado na Pedra Angular). Eleito para um pontificado de transição, cuja marca seria afirmar a importância do facto cristão no diálogo multicultural contemporâneo, Bento XVI tem o desafio de “limpar a Igreja” da sua sujidade, como ele próprio afirmou na Via-Sacra de Sexta-Feira Santa de 2005, poucos dias antes da morte de João Paulo II.

1. Esta crise, como diz o étimo da palavra, pode ser uma oportunidade de mudança. A começar pela relação entre catolicismo e sexualidade – que o teólogo Hans Küng definiu como uma “relação crispada”. Não para dizer que o celibato é a causa da pedofilia. O celibato como opção voluntária pode ser dedicação extraordinária a uma comunidade. Como disciplina obrigatória (com excepções nas Igrejas Católicas orientais ligadas a Roma e, agora, com os anglicanos que decidiram aderir ao catolicismo), poderá ser revisto.

É certo que a esmagadora maioria de casos de abusos acontece com pais e familiares próximos das crianças. Como escrevia o Papa na carta aos católicos irlandeses, a pedofilia não é um problema que se restringe aquele país nem à Igreja Católica. Bem pelo contrário. Mas encarar a questão da sexualidade significa afrontar, desde logo, a formação nos seminários, tantas vezes castradora de afectos. E que é uma das causas profundas da pedofilia entre membros do clero.

A Igreja tem, na sua base bíblica e evangélica, uma fonte harmónica e integral que séculos de moralismo esconderam. Ao contrário do que diz Saramago, a Bíblia não é um manual de maus costumes. Mas, ao contrário do que pensam e dizem muitos católicos, ela tão pouco é um manual de bons costumes. A Bíblia é sobretudo uma proposta de relação – do ser humano com Deus e entre os seres humanos como imagem de Deus.

Aqui reside uma primeira dificuldade no exercício que a Igreja terá de fazer: muitos responsáveis católicos insistem numa abordagem dualista, legalista e pecaminosa (numa perspectiva greco-romana) da sexualidade. E que tem sido geradora de hipocrisias.

2. A crispada relação com a sexualidade reflecte-se também no modo como a doutrina católica olha a contracepção – e o preservativo, nomeadamente. Há quatro décadas, a encíclica Humanae Vitae interditou os métodos “artificiais” de planeamento familiar, apenas porque alguns cardeais da Cúria Romana não aceitavam a mudança doutrinal proposta por uma vasta comissão de médicos, teólogos e casais.

Se o Papa Paulo VI (que encarava a possibilidade de mudar a posição oficial) não tivesse cedido à pressão da Cúria, o preservativo não seria hoje um tabu doutrinal (mesmo se distribuído aos milhares por freiras e padres comprometidos na luta contra a sida, por exemplo). E o catolicismo das últimas décadas teria sido bem diferente.

Esta relação difícil do catolicismo oficial com a sexualidade tem manifestações visíveis como os abusos sexuais cometidos por padres sobre religiosas, em África, conhecidos há uma década; ou o padre mexicano Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, de quem se sabe que teve filhos de várias mulheres às quais ocultava a sua identidade, foi pedófilo, incestuoso e toxicodependente.

A instituição por ele fundada é exemplo dos grupos católicos que hoje, na Igreja, insistem na perspectiva moralista e para os quais a vida só importa quando se fala de aborto, preservativo ou homossexualidade.

Não é de estranhar que mais se condene quem mais moralismo apregoa e acaba por ter tantos pecados (ou crimes) no seu interior. Com uma agravante: as pessoas que confiavam os seus filhos a responsáveis da Igreja eram, em grande parte, membros da própria comunidade cristã. Para elas, o sentimento de terem sido traídas por aqueles em quem confiavam é esmagador.

3. A acusação de encobrimento atinge agora o próprio Papa. Na carta que escreveu aos irlandeses, há oito dias, Bento XVI acusa vários bispos de terem falhado “por vezes gravemente”. Seria estranho que o Papa tivesse escrito o que escreveu, se tivesse telhados de vidro. De outra forma, estaria agora sob escrutínio e sem autoridade perante os seus “irmãos bispos”.

Pode haver aqui duas coisas diferentes. Como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), Joseph Ratzinger conhecia, obviamente, vários casos. Mas pode ser forçado dizer que os encobriu. O mais emblemático, noticiado pelo “New York Times” esta semana, revela que nem os poderes públicos agiram sobre o padre que abusou de 200 crianças – tal como aconteceu na Irlanda. E que Ratzinger só conheceu duas décadas depois dos factos.

O célebre documento de 1962 (que Ratzinger, então um padre com 35 anos, não escreveu, ao contrário do que muita ignorância afirma por aí), que defendia o secretismo, foi depois substituído em 2001, não para prosseguir a mesma orientação, mas para dar um passo em frente: o de obrigar os bispos a comunicar os casos de pedofilia ao Vaticano. Só nessa ocasião Ratzinger e a CDF passam a tomar conta destes casos, quando a questão já era um escândalo nos Estados Unidos (dois anos depois, João Paulo II chamaria vários bispos dos EUA para enfrentar a crise, pela primeira vez, de forma dramática). Só o total esclarecimento do papel do Papa em cada caso poderá aclarar de vez a sua quota-parte de responsabilidade – isso mesmo já foi pedido há dias pelo “National Catholic Repórter”.

4. O encobrimento e a tolerância social da pedofilia era a atitude normal até há três ou quatro décadas – o caso Polanski reapareceu a recordá-lo.

Durante séculos, a Igreja Católica entendeu-se como sociedade perfeita, sem necessidade de instâncias civis: tinha os seus tribunais, as suas penas, chegou a ter as suas prisões.

Também sabemos que a comunicação social é mais severa com a Igreja Católica do que com outros. E desproporcional: dá-se sempre mais dimensão aos escândalos do que aos caminhos de solução ou aos resultados, omite-se que o fenómeno atinge uma pequeníssima minoria do clero (embora bastasse um caso para que fosse grave). Sabe-se que os números aparecidos na Alemanha nas últimas semanas são resultado do trabalho iniciado pela Conferência Episcopal quando surgiram os casos nos Estados Unidos – mas isto também quase não é dito.

Mas desde 1990 há uma avalanche de casos. O que se passou na Irlanda, que durou até há poucos anos, mostra que não se atalhou o problema logo que ele começou. Em 1993, os bispos do Canadá publicaram um extenso documento com uma reflexão profunda sobre o tema e propostas de solução – que tiveram sucesso. O caminho deveria ter sido seguido em outros países.

Por isso não se entende a lamentável e infeliz declaração do cardeal Saraiva Martins: a Igreja é pela “tolerância zero”, mas não lava a “roupa suja” em público. Há mais de 60 anos, o Papa Pio XII dizia que a opinião pública é “vital” para a Igreja. Entenda-se, portanto, que a lavagem de “roupa suja” em público mais não é que uma desafortunada expressão para referir o debate interno, que está na matriz genética do cristianismo. E foi pela falta de tolerância zero que se chegou aqui.

5. A mês e meio da viagem de Bento XVI a Portugal, percebe-se que a crise continuará a revelar mais casos. Como em todas as histórias, percebe-se que também há interessados em atingir a credibilidade da Igreja. Mas esta tem que ser a primeira a reflectir o porquê dessa aversão e a procurar razões no seu interior – uma atitude própria desta Semana Santa que os cristãos hoje começam a viver. O cerco à volta de Ratzinger também continuará. Será, por isso, um Papa ferido aquele que virá a Portugal. Talvez rodeado por grupos interessados prioritariamente em defender a instituição dos “ataques” – já correm textos nesse sentido na Internet, em blogues, em mails…

Convém não esquecer que foi a preocupação pela defesa da honra da instituição que levou ao actual estado de coisas. Só uma atitude purificadora e aberta à mudança permitirá à Igreja recuperar a credibilidade perdida nesta crise. Os cristãos chamam a esse acontecimento ressurreição. E celebram-na no próximo domingo.
 

URL desta Notícia

http://publico.pt/1429760

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A IDOLATRIA E PEDÓFILIA RELIGIOSA É BEIJO DE JUDAS

FÁTIMA FAZ PARTE DO IMAGINÁRIO HUMANO RELIGIOSO DOUTRINÁRIO CULTURAL, ...

Comentários 1 a 10 de 40

  1. Nome , CIDADE DU BOCAGE. 30.03.2010 21:51

    A IDOLATRIA E PEDÓFILIA RELIGIOSA É BEIJO DE JUDAS

    FÁTIMA FAZ PARTE DO IMAGINÁRIO HUMANO RELIGIOSO DOUTRINÁRIO CULTURAL, DOGMÁTICO, IDÓLATRA, INQUISIDOR PAPAL TRADICIONAL, DA CONSCIÊNCIA E INTELIGÊNCIA INTELECTUAL E ESPÍRITUAL, QUE NÃO DÁ CERTO EM PORTUGAL, DAÍ TODA A TRAGÉDIA HISTÓRICA NACIONAL DE ATRAZO E ILECTERACIA INTELECTUAL E ESPÍRITUAL EM PORTUGAL, A IGNORÂNCIA BÍBLICA E RFELIGIOSA SOCIAL, DO CATACISMO ROMANO IDÓLATRA PAPAL, DE ALIENAÇÃO E MANIPULAÇÃO RELIGIOSA SOCIAL ACTUAL, COMO EMBUSTE, EMBRUTECIDO E IMPOSTOR PAPAL QUEREMOS A VERDADE BÍBLICA SEM O DOGMA IDÓLATRA PAPAL, O CRISTIANISMO BÍBLICO APOSTÓLICO, COMO DOUTRINA CRISTÂ ESPÍRITUAL. QUEREMOS A CRUZ VAZIA NA IGREJA, COMO A NOSSA PÁSCOA ESPÍRITUAL ACTUAL, PELA RESSURREIÇÃO DE JESUS, PAZ PARA O MUNDO, TOLERÂNCIA, E AMÔR FRATERNAL, SEM O DOGMA PAPAL...É NECESSÁRIO CONHECER A HISTÓRIA BÍBLICA E O INICIO DA DINASTIA DOGMÁTICA E IDÓLATRA DO CATOLOCISMO E CATECISMO ROMANO PAPAL, NA HISTÓRIA DEPORTUGAL;ACTUAL
  2. RAVIREI , SOL. 30.03.2010 16:07

    Salvar as reservas morais!

    A Igreja tem uma História de resistência imensa aos ataques que lhe são dirigidos. Sempre vimos a Igreja resistindo! Porém, não será por ataques que a Igreja cairá! A Igreja cairá pelo abandono,... e isso já está a acontecer. E o abandono da Igreja irá aumentando á medida que as reservas morais da humanidade forem despertando!
  3. ANTONIO , RIO TINTO. 30.03.2010 14:15

    A Pedofilia na IGREJA

    A Pedófilia vai continuar na Igreja. ..Acabará, quando forem autorizados a casar. Quando se vai para padre, por princípio não se gosta de mulheres...Está tudo dito nesta frase. Acabará quando só aceitarem para padres, quem realmente gosta de ""mulheres". Versus casamento. Só com o casamento é que se poderá banir em parte, a podridão Milenar...Sem medos.O Padre é um ser carna,l como qualquer um de nós. Por isso precisa de casamento, e constituir família. Só assim se banirá, em parte a nossa desconfiança.
  4. Emídio Cardoso , Vile. 30.03.2010 13:55

    A realidade da Igreja...

    Uma vez máis a Igreja Católica esta em crise.Ora para todos aqueles que mais ou menos conhecem um pouco da história da Igreja católica,isto nao é surpresa para ninguêm.A Igreja Católica sempre esteve rodeada de escandalos,provocados,pelos defeitos humanos dos seus, dirigentes,ditos ministros.Como é que se pode pregar uma moral e esconder realidades mundanas...totalmente ofensivas a essa moral?As eleiçoes dos papas sempre estiveram marcadas pelos desmedidos interesses pessoais dos candidatos.Pois esses cardeais,pessoas curtidas deveriam mostrar,outros sentimentos,a Deus e aos seus semelhantes.Nao pretendo salientar os escandalos sexuais,nos quais estiveram envolvidos;papas,bispos e padres...pois que o sexo faz parte dos seres vivos e negar-lo é um atentado á criaçao divina.O grande Cisma do ocidente...A Inquisiçao...Alexandre VI...Martinho Lutero...etc.A Igreja Católica sempre tentou tapar o Sol com a peneira,em favor dos seus interesses mundanos,de uma sociedade corrúpta.Nos nossos dias,a sociedade tornou-se materialista,em parte devido a este regabofe histórico desta organizaçao.Porquê esta organizaçao se afastou completamente dos ensinamentos de JESUS?O que é JESUS para a Igreja ...
  5. Albino , Portugal. 30.03.2010 13:01

    Coitadinhos

    Quer dizer, o Papa não presta, e os que dizem tal coisa querem provar que eles próprios é que são bons ?
  6. Nome , Localidade, País. 30.03.2010 12:57

    Título

    Texto
  7. Eduardo Bulhões , Localidade, País. 30.03.2010 12:43

    Até que enfim um texto equlibrado

    Finalmente li um texto que demonstra percepção. Sem dúvida é uma crise, mas a Igreja é essencialmente uma sobrevivente de crises. Desde a quinta feira Santa, quando os apostolos fugiram no Horto, a Igreja já vive em crises.
  8. Mário Santos Lopes , Bombarral. 30.03.2010 11:55

    Os cardeais não gostam do Ratzinger! Porquê será?

    Antigamente - eu lembro-me bem - quando terminava um concílio para eleger um Papa, saiam todos com caras de grande alegria, e fazia-se festa gritando "habemus papa"! No entanto, há pouco, quando foi eleito este último, este Ratzinger, todos saíram de caras muito sérias, sem manifestar nenhuma alegria. Deu-nos a impressão de que os cardeais elegeram este Ratzinger mas não gostaram nada de o eleger! Porquê será?
  9. Antonio , Rio Tinto. 30.03.2010 11:34

    Este Papa não presta.

    Este Papa não presta. Não se recomenda a ninguém. Pelo menos para representar a Igreja. Não tem nada de parecido com S. Pedro. É bom para os fanáticos católicos. E, sou católico Apostólico e Romano.
  10. ATILA , Lisboa, Portugal. 30.03.2010 11:25

    Título

    A Igreja católica ainda não saiu da impunidade do período dos Bórgias. Ouvi a entrevista no programa de Miguel S.Tavares a um dos bispos portugueses mais lúcidos, D. Januário Torgal, e fiquei estarrecido, este senhor afirmou ser contra o casamento dos padres porque assim estes poderíam abusar dos seus filhos !!! e o MST tão crítico e tão opinativo que é, ficou calado! seria do choque...O Pastor Alemão, actual Papa, encobriu o violador de 200 crianças só porque, coitado, estava a morrer... A igreja sempre teve um comportamento mafioso em relação aos seus, são intocáveis para a justiça humana. Quem se lembra do caso de Monsenhor Mancirus aquando do problema com o Banco Ambrosiano o qual meteu assassinatos a boa maneira de Chicago, e o que aconteceu ? S.S. João Paulo II devolveu-a à América longe da justiça europeia....Que aconteceu no Funchal com o célebre padre Frederico, o seu patrono Bispo do Funchal protegeu-o...,etc,.etc.etc. Deu se existe deve estar corado de vergonha com os seus representantes terrenos!!!
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terça-feira, 30 de março de 2010

Do Museu de Arte Antiga até ao Tejo por um jardim


Pedro Ressano Garcia
Lisboa

Do Museu de Arte Antiga até ao Tejo por um jardim

O arquitecto Pedro Ressano Garcia recebeu o Prémio Pancho Guedes com uma ideia para aproximar a cidade do rio - uma rampa/jardim que passa por cima da Avenida de 24 de Julho e da linha do comboio. E defende uma cidade reconciliada com o seu porto. Por Alexandra Prado Coelho

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Estamos no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa. Acabámos de o visitar e também de conhecer o espólio da Cruz Vermelha no museu desta instituição. Olhando para baixo, ao fundo vemos o Tejo. Começamos a descer pelo jardim, percorremos espaços verdes, descemos rampas. Por baixo dos nossos pés passam automóveis. Daí a pouco chegamos à beira do rio e sentamo-nos num dos bancos de madeira, a descansar e a ver o movimento dos navios no porto. Antes de regressarmos a casa, vamos ainda descobrir a obra de Almada Negreiros no museu instalado na gare marítima da Rocha do Conde de Óbidos.

Este é o sonho do arquitecto Pedro Ressano Garcia - uma espécie de jardim suspenso entre a zona daquele museu e o rio, através de uma plataforma que passaria por cima da Avenida de 24 de Julho e da linha do comboio, ultrapassando os obstáculos que hoje nos separam do Tejo. E um pólo cultural, em torno do mais importante museu nacional, mas com dois novos equipamentos, que hoje não existem: um museu da Cruz Vermelha e outro com a obra do pintor Almada Negreiros.

A ideia - Plataforma Tejo - recebeu o Prémio Pancho Guedes da Fundação Serra Henriques, e acaba de ser editada em livro, Plataforma Tejo - O regresso ao rio (à venda apenas na livraria A+A, na Ordem dos Arquitectos).

Mas, antes de chegar a esta ideia, Pedro Ressano Garcia foi ao passado para (e esse foi o objecto de estudo da sua tese de doutoramento) perceber a história da frente ribeirinha e de como a cidade foi mudando - sobretudo como mudou profundamente com a construção do porto industrial. "Orientei esta investigação como um detective que vai recolhendo "provas" com vista a desvendar o mistério", explica na introdução do livro. Enfiou-se nos arquivos e tentou reunir material que estava disperso entre a Câmara Municipal de Lisboa, os ministérios, a Administração do Porto, bibliotecas, museus, o Gabinete de Estudos Olisiponenses.

"Descobri que a primeira vez que se fez um mapa da grande Lisboa [1727], o desenho maior que encontrei está centrado na frente ribeirinha, na linha da costa. Isso despertou-me imenso interesse em perceber afinal o que é esta linha", conta ao Cidades.

Adeus ao rio

A história pode começar por uma imagem de Lisboa reproduzida no livro, uma vista dos jardins do Palácio Marquês de Abrantes, século XVIII, de autor desconhecido. Estamos num ponto alto, por detrás do muro do jardim, ao qual estão encostadas, a conversar, algumas figuras, e vemos a cidade à nossa esquerda e o rio, logo ali, à nossa direita. O casario desce até ao Tejo, que está cheio de embarcações.

Na página ao lado outra imagem. Os amigos mantêm a conversa encostados ao muro, mas na fotomontagem feita por Ressano Garcia usando uma imagem de 2003, onde antes estava água estende-se agora uma agitada avenida, cheia de movimento, de carros, de construções. Isto mostra claramente como a cidade mudou com os aterros que foram construídos sobre o rio, os primeiros logo a partir do século XVI, "mal compactados e por consequência pouco estáveis, sendo provavelmente essa a principal razão por que aluíram durante o desastre de 1755", escreve o arquitecto.

Em finais do século XIX construíram-se novos aterros para criar o porto industrial. "Construíram-se praticamente 50 hectares sobre o rio e isso foi uma transformação profunda da cidade da qual nós não temos bem noção", diz. O projecto escolhido foi o do engenheiro francês Pierre Hersent. Por uma razão simples, diz Ressano Garcia: "Era um projecto que gerava terreno e com venda desse terreno financiava as obras".

Assim, Hersent não só foi responsável pela construção do porto como pela sua exploração comercial durante os primeiros cinco anos. Os debates tinham-se arrastado por mais de uma década. Mas, para Ressano Garcia, há aqui uma lição: "Lisboa fez um porto sem dinheiro. Foi uma geração que teve imaginação e pensou a longo prazo".

Houve, no entanto, ideias do engenheiro francês que nunca chegaram a ser postas em prática. Ele propunha que a linha de caminho-de-ferro atravessasse toda a frente da cidade, incluindo o Terreiro do Paço e o Arsenal. "Lisboa inteira ficava cortada. A cidade teria sido outra coisa. Isso só não aconteceu porque um almirante da Marinha entrou em conflito com o Porto de Lisboa e abortou o projecto".

Apesar disso, gradualmente a cidade foi sendo separada da zona ribeirinha. "Não se previu que isso iria acontecer. No início não havia esse efeito de corte porque havia duas carruagens a passar por dia e um comboio de manhã e outro à tarde. É o próprio movimento da cidade que vem enfatizar esse efeito de corte". E as barreiras vão-se multiplicando. Nos anos 40 do século XX, os "tempos gloriosos do automóvel", começa a surgir "o primeiro anel de uma circular rodoviária ribeirinha", que, acreditava-se, iria resolver os problemas do trânsito na cidade (a Avenida de 24 de Julho é concluída em 1964). Antes disso, em 1910, Ventura Terra desenhava Lisboa Futura, um projecto para a Avenida de Santos até ao Cais do Sodré - uma frente ribeirinha monumental com vários cais de muitos degraus que desciam elegantemente até ao rio. Nunca chegou a acontecer.

Problemas iguais lá fora

Começa então a discutir-se a separação entre a cidade e o rio, e as formas de a ultrapassar. As diferentes discussões que em diferentes épocas se fazem em Lisboa são em tudo semelhantes às que mais ou menos nas mesmas alturas se fazem noutras cidades portuárias do mundo, que enfrentam os mesmos problemas e desafios. É por isso que, no seu trabalho, Ressano Garcia estuda também duas dessas cidades, São Francisco e Barcelona, para estabelecer paralelos.

E, numa prova de que o pensamento evoluiu de forma mais ou menos paralela em diferentes sítios (em resposta aos problemas que vão surgindo), quando começou a trabalhar na sua ideia para a Plataforma Tejo, Ressano Garcia apercebeu-se de que noutras cidades outros arquitectos trabalhavam sobre ideias semelhantes. No livro mostra o exemplo do Olympic Sculpture Park em Seattle, um projecto de criação de espaço público da autoria dos arquitectos Weiss e Manfredi, também baseado numa plataforma que desce até ao rio. Ou o projecto em Izmir, Turquia, entre a praça Konak e a gare marítima do mar Egeu - igualmente uma plataforma que passa por cima de uma grande avenida.

Mas não são ideias novas, sublinha o arquitecto português. Na sua investigação nos arquivos, uma das coisas que lhe chamaram a atenção foi a Rua do Alecrim, que tem no seu final um viaduto que desemboca na Praça do Duque da Terceira, junto ao Cais do Sodré. Trata-se de uma ligação "entre duas cotas da cidade anteriormente ligadas por uma escada". "Sendo uma solução testada há séculos, apresenta características muito próximas às que proponho para a frente ribeirinha", escreve no livro.

Aí, trata-se de criar um percurso em rampa com uma inclinação de seis por cento. No interior, explica Ressano Garcia, haveria perto de 8000 metros quadrados para comércio e serviços e 4000 para estacionamento (120 lugares). Por cima, vegetação. A solução, diz o autor, permitiria ampliar o Museu de Arte Antiga (um museu que luta com problemas de falta de espaço e de dificuldades de acesso), a sede da Cruz Vermelha, o terminal de cruzeiros e expor ao público o espólio de Almada Negreiros na gare marítima, que já tem pinturas murais do artista.

"Este estudo não foi encomendado pela autarquia nem pelo porto, é um estudo autónomo, que é uma coisa que tem faltado", conclui. "O meu trabalho é gerar ideias. Se me disserem que alguém leu o livro e que agora quando passa ali olha de outra forma para o sítio, está ganho. É esse o meu papel".
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Imagem virtual da Plataforma Tejo

As ambições do porto de Lisboa


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"Ainda não perdemos a corrida. Há hipóteses. Temos uma oportunidade extraordinária, mas não estamos a fazer o suficiente". O arquitecto Pedro Ressano Garcia tem estudado várias cidades portuárias no mundo e acredita que o porto de Lisboa pode recuperar a importância que já teve.

"Percebi que há cidades portuárias com economias pujantes porque dizem "nós precisamos deste motor", que é o porto". Entristece-o, por isso, ver que Lisboa perdeu o papel que tinha a esse nível. E atribui as culpas à "descontinuidade de políticas". Um porto "não vive de ciclos de votos, tem de haver pensamento a longo prazo".

Defende, por exemplo, que, à semelhança de Estocolmo ou Barcelona, Lisboa podia atrair muito mais cruzeiros. "Estamos a planear um novo terminal. Se calhar, não devíamos estar a planear só um. Há a possibilidade de receber muitos cruzeiros, mas também de receber muitos contentores. A actividade portuária é uma porta e isso tem a ver com o sentido e a cultura deste lugar".

Sublinha que não é um especialista em políticas portuárias, mas tem constatado que as decisões que se prendem com a passagem de mais navios por um determinado porto "são tomadas nos conselhos de administração dos grande operadores portuários mundiais e o que algumas cidades têm conseguido é criar as melhores condições para atrair esses decisores".

Em vez de se olhar o porto como algo que impede o acesso dos habitantes da cidade ao rio, a tendência hoje nas cidades portuárias é para integrar as actividades do porto na vida da cidade, encará-las como parte integrante desta. Em Hamburgo, que é visto como um caso de sucesso, "desenvolveram-se mestiçagens, misturaram-se actividades e conseguiu-se, através de um plano fora dos ciclos autárquicos, ter uma ambição a longo prazo". A.P.C.
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UMA PASCOA DOCINHA - Judite

Assunto: UMA PASCOA DOCINHA
Data: 30/Mar 5:44
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segunda-feira, 29 de março de 2010

Rio Grande - A Fisga (Studio Version)


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Kikuku94



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From their self-titled album "Rio Grande", 1996

Band Members:

- Rui Veloso
- Tim (Xutos e Pontapés)
- João Gil (Ala dos Namorados, Filarmónica Gil)
- Jorge Palma
- Vitorino
- João Monge

Meus senhores temos boa música.
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Trago a fisga no bolso de trás
E na pasta o caderno dos deveres
Mestre-escola, eu sei lá se sou capaz
De escolher o melhor dos dois saberes
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O meu pai diz que o Sol é que nos faz
Minha mãe manda-me ler a lição
Mestre-escola, eu sei lá se sou capaz
Faz-me falta ouvir outra opinião
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Eu até nem sequer sou mau rapaz
Com maneiras até sou bem mandado
Mestre-escola diga lá se for capaz
P´ra que lado é que me viro. P´ra que lado?
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Trago ...
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 http://www.lyricstime.com/rio-grande-a-fisga-lyrics.html
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Texas apaga Thomas Jefferson do currículo. E o hip-hop também





RUSSELL BOYCE/REUTERS

Texas apaga Thomas Jefferson do currículo. E o hip-hop também

Já não é preciso saber onde fica Washington DC. E a palavra capitalismo foi substituída por "sociedade de livre empreendedorismo". Se forem ratificadas, as mudanças na disciplina de Estudos Sociais podem estender-se a outros estados. Por Rita Siza, Washington
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Há mais páginas dedicadas a Ronald Reagan. Mas as lições sobre o "pai fundador" Thomas Jefferson desaparecem. Numa decisão controversa, que poderá ter repercussões por quase todo o país, o Conselho de Educação do estado do Texas acaba de votar favoravelmente uma proposta de revisão do currículo escolar da disciplina de Estudos Sociais, obrigando à reescrita dos manuais do ensino secundário. O conteúdo será "ajustado" de forma a promover uma mensagem de inspiração cristã.

Num voto de 11-4, dominado pelos membros republicanos daquele conselho estadual, ficou determinado que os livros que os estudantes do Texas actualmente utilizam serão substituídos por outros novos, de acordo com um novo programa de cariz fortemente conservador, cujo objectivo declarado é "reforçar as tradições americanas de nação judaico-cristã".

Os novos critérios para o ensino introduzem lições obrigatórias dedicadas aos sistemas teológicos de Calvino e S. Tomás de Aquino, às teorias económicas "alternativas" e à importância de figuras e instituições do movimento conservador do país, como Phyllis Schlafly (que se opunha à igualdade de direitos entre homens e mulheres), a Minoria Moral, a Heritage Foundation, o "Contrato com a América" ou a National Riffle Association (NRA).

As lições sobre Thomas Jefferson, uma das figuras de proa da história da América, autor da Declaração de Independência e terceiro Presidente dos Estados Unidos, não resistiram ao ímpeto dos educadores conservadores do Texas e foram retiradas do currículo. As ideias revolucionárias de Jefferson, que é referido nos manuais como um dos modelos de pensamento do Movimento Iluminista, não agradam aos membros do Conselho de Educação, que se opõem à separação entre o Estado e a Igreja, como defendido por aquele "pai fundador".

O revisionismo dos membros do Conselho de Educação sobre o papel e a importância dos presidentes americanos é selectivo: os alunos não vão ouvir mais falar de Thomas Jefferson, mas em compensação terão mais capítulos dedicados a Ronald Reagan. E o discurso de tomada de posse do Presidente Abraham Lincoln, que pôs fim à Guerra Civil, já não será o único que os estudantes vão analisar - os manuais vão passar a conter a intervenção inaugural de Jefferson Davis, o presidente da Confederação que lutou pelo secessionismo.

Conspiração confirmada


Outra das lições históricas que foram alteradas é aquela que diz respeito ao chamado McCartismo. Os manuais do Texas vão dizer que a teoria da conspiração defendida pelo polémico senador do Wisconsin Joseph McCarthy, referente a uma infiltração comunista no Governo dos Estados Unidos durante a Guerra Fria, foi confirmada depois da sua morte pela divulgação dos "Arquivos Venona", um conjunto de documentos que reproduzem as comunicações entre americanos pagos para espiar pela União Soviética. Acontece que os historiadores disputam essa leitura dos arquivos, dizendo que nenhuma das referências prova a existência de uma ligação soviética no Governo norte-americano.

Mas não é só a história política americana que vai ser ensinada segundo novos critérios. O currículo também foi modificado nas secções de economia e até mesmo de cultura, onde foi banida a referência ao hip-hop como uma forma popular de expressão artística do século XX.

Da lista dos feriados nacionais que os alunos devem estudar, foi retirado o Dia de Martin Luther King e incluído o Dia dos Veteranos. O termo capitalismo foi substituído pela expressão "sociedade de livre empreendedorismo". Já não será preciso saber apontar no mapa dos Estados Unidos onde fica a capital, Washington DC. E referências a geografias mais distantes, como o Amazonas ou os Himalaias, desaparecerão totalmente dos manuais escolares.

As alterações propostas estão a gerar enorme controvérsia, e não só entre a comunidade educativa. Mas o mais proeminente membro do Conselho de Educação do Texas, Don McLeroy (que se descreve como um "fundamentalista cristão"), defendeu a revisão do currículo, sublinhando que as mudanças foram introduzidas para "contrariar o preconceito liberal e secular vigente nos programas escolares".

Mavis Knight, uma das quatro democratas com assento no Conselho de Educação - composto por vários advogados, um dentista e o editor de um jornal semanário -, abandonou a meio a discussão sobre os critérios que deveriam presidir à escolha das matérias a ensinar aos alunos. "Houve uma evidente manipulação das propostas, que têm a ver com ideologias políticas e não com preocupações educacionais", explicou. "A única discussão que interessa ao Conselho é o conservadorismo contra o liberalismo."

"Para os secularistas, não há verdade, não há Deus... Para eles, só há evolução. Mas não é isso que está na nossa Declaração de Independência, o documento fundador do nosso país", sublinha, por seu lado, Don McLeroy. "Nós não vamos dizer aos alunos que a América é uma teocracia, mas vamos ensiná-los que os princípios sobre os quais a América foi fundada eram bíblicos."

"Os membros do Conselho de Educação do Texas têm certamente todo o direito de acreditar no que quiserem. O problema só existe quando as suas crenças religiosas obrigam a reescrever a história que os nossos filhos vão aprender", contesta o presidente da Aliança Interfés, Welton Gaddy. "A separação da Igreja e do Estado é dos princípios mais fundamentais da fundação do país, quer estes senhores gostem ou não."

Os dirigentes do Conselho Nacional para o Ensino da História também denunciaram as revisões propostas pelos legisladores do Texas como "factualmente incorrectas".

"O que está aqui em causa não é se a visão de um partido é superior à visão do outro partido, mas sim o bom ensino da História. E isso só se consegue com respeito e fidelidade aos factos", comentou o presidente daquela organização, Fritz Fischer.

Texanos e taliban

Os departamentos de História de várias universidades americanas já vieram a público condenar a iniciativa do Conselho de Educação do Texas. "Muito francamente, o nível de politização dos manuais escolares a que estamos a assistir é preocupante. Os danos para o sistema educativo desta revisão ideológica estendem-se muito para além do Texas, e é nossa obrigação moral condenar os critérios que foram utilizados", escreveu a Washington University em St. Louis, numa tomada de posição oficial. "Para nós, a subeducação, ou pior, a educação incorrecta e deliberada, é absolutamente intolerável."

O jornal The Houston Chronicle, da maior cidade do estado, arrasou a decisão num editorial intitulado A América não é uma teocracia: "Durante anos, o Conselho de Educação do Texas foi um embaraço e uma desgraça. Mas agora bateu no fundo, tomando como reféns os livros que vão instilar nos nossos filhos uma mentalidade que chega a ser anti-americana", acusou o diário. "A revisão do currículo de Estudos Sociais pela maioria conservadora daquele conselho tem como objectivo reescrever a História. Em vez do nosso passado complicado, os membros extremistas daquele órgão querem ensinar uma história simples do triunfo dos soldados cristãos. (...) Mas nós somos uma democracia, não uma teocracia, e somos livres de adorar o que quisermos. É esta ideia crucial que separa os texanos dos taliban."

Por seu lado, vários grupos evangélicos e conservadores têm elogiado a actuação do Conselho de Educação, considerando que o novo currículo garante aos estudantes texanos "um ensino de qualidade excepcional a nível mundial".

A reforma curricular aprovada pelo Conselho de Educação do Texas (e que terá ainda de ser ratificada num novo voto em Maio, depois de um período de consulta pública) pode acabar por estender-se aos outros estados do país, que, por razões financeiras, geralmente adoptam os mesmos manuais escolares.

O maior mercado de livros

O Texas, com 4,7 milhões de estudantes, é o maior mercado de livros escolares nos Estados Unidos, levando as editoras a usar aquele currículo como standard para os manuais que são publicados todos os anos. Apesar de ter idêntica responsabilidade na definição dos seus próprios programas, a maior parte dos outros estados acaba por encomendar as mesmas edições, uma vez que a produção maciça torna os manuais substancialmente mais baratos.

No entanto, vários políticos da Califórnia, o outro grande mercado para as editoras escolares, já prometeram agir para evitar que o revisionismo texano se torne norma naquele estado. O senador estadual Leland Yee apresentou uma proposta legislativa, que a sua bancada democrata prometeu apoiar, no sentido de impedir a adopção dos manuais com o currículo do Texas.

"O programa de Estudos Sociais que o Texas pretende ensinar não só é historicamente errado como é um insulto para todos aqueles que lutaram pelos direitos cívicos e pela representatividade das minorias", considera Yee. "Enfatizar o papel dos grupos conservadores e ignorar a existência de sindicatos e grupos de pressão liberais é incompreensível. Descrever os generais racistas do exército confederado como heróis americanos é simplesmente absurdo."
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Prémio Pritzker entregue a Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa



Arquitectura

Prémio Pritzker entregue a Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa

29.03.2010 - 10:25 Por Reuters, PÚBLICO

O Prémio Pritzker, o mais conceituado galardão de arquitectura do mundo, foi atribuído aos arquitectos japoneses Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa. O júri elogia o uso que Sejima e Nishizawa fazem da luz e das transparências nos edifícios que desenharam um pouco por todo o mundo - do Japão à Holanda, passando pela Alemanha, Inglaterra, Espanha ou França. São os autores do edifício do New Museum de Nova Iorque (2007) e estão a desenvolver o projecto para o pólo multifuncional Serralves 21, que deverá albergar as reservas da Fundação de Serralves.
O júri elogia o uso que Sejima e Nishizawa fazem da luz e das 
transparências nos edifícios que desenharam um pouco por todo o mundo  
O júri elogia o uso que Sejima e Nishizawa fazem da luz e das transparências nos edifícios que desenharam um pouco por todo o mundo (Denis Balibouse/Reuters)


A dupla de arquitectos pertence à firma SANAA e representa a quarta vez que profissionais japoneses recebem o Pritzker - os três primeiros foram Kenzo Tange (1987), Fumihiko Maki (1993) e Tadao Ando (1995). O vencedor de 2009 foi o suíço Peter Zumthor e o prémio distinguiu recentemente Zaha Hadid (2004) ou Jean Nouvel (2008). O português Álvaro Siza Vieira foi galardoado com o Pritzker em 1992.

O júri, que revelou hoje a sua escolha, elogia Sejima e Nishizawa pela "criação de edifícios que interagem de forma bem sucedida com os seus contextos e com as actividades que contêm, criando uma sensação de preenchimento e riqueza de experiências”. Outro adjectivos para se aplicarem ao seu trabalho: “delicado, poderoso, preciso, fluido e engenhoso”, lê-se na agência Reuters.

A directora executiva do Pritzker, Martha Thorne, acrescenta ainda que a arquitectura desta dupla “explora as ideias de leveza e transparência e força as fronteiras destes conceitos a ir até novos extremos”.

Sejima e Nishizawa são responsáveis pelo Pavilhão de Vidro do Museu de Arte de Toledo, Ohio (2006), pelo New Museum de Nova Iorque (2007), o O-Museum em Nagano (Japão) e o Museu do Século XXI de Arte Contemporânea em Kanazawa (também no Japão, 2004), o De Kunstline Theatre na Holanda (2007), a Escola Zollverein de Gestão e Design em Essen (Alemanha, 2006) e o edifício temporário no relvado do Pavilhão Serpentine, em Londres. Também desenharam o Rolex Learning Center, na Escola Politécnica Federal em Lausanne, Suíça (nas imagens) em 2009.

Em comunicado, Sejima disse estar honrada pela distinção, com vontade de inspirar novas gerações. "Tenho estado a explorar [a ideia de] como posso fazer arquitectura que transmita uma sensação de abertura, o que penso que é importante para uma nova geração de arquitectos",
O prémio consiste num medalhão de bronze e em cem mil dólares. Este ano será entregue em Ellis Island, em Nova Iorque.

Pritzker em Serralves
Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa propuseram-se e ganharam o concurso internacional para a construção de Serralves 21, um projecto que deve estar pronto em 2012 (depois de uma primeira data a apontar 2010) e que fará crescer Museu de Arte Contemporânea de Serralves através de um pólo multifuncional a construir em Matosinhos, na zona industrial têxtil da Senhora da Hora.

Era necessário fazer crescer o espaço em consonância com o crescimento da colecção de Serralves e, por 25 milhões de euros, ganhar-se-á mais espaço para as reservas de Serralves, compostas por peças de diferentes origens, formatos e exigências de conservação. Para responder a estas necessidades, Sejima e Nishizawa propuseram construir uma estrutura em pavilhões, densa e compacta, em que os edifícios estarão ligados por um piso subterrâneo de 7500 metros quadrados. Aí ficarão as reservas do museu e as colecções privadas.

À superfície, os edifícios serão ligados por ruas pedonais e jardins interiores e terão uma recepção comum, galerias de exposição, um edifício multifuncional para actividades didácticas, áreas de comércio ligado à arte e fixação de indústrias criativas e para serviços administrativos.
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Gracias a Mercedes Sosa


Colunas

Vermelho  - 7 de Outubro de 2009 - 18h49

Gracias a Mercedes Sosa

José Carlos Ruy *

Os traalhadores perdem a voz que cantava a confiança na luta e o otimismo no futuro.

Ouvi Mercedes Sosa pela primeira vez no início da década de 1970. Em 1969, um grupo de secundaristas de São Bernardo do Campo, do qual fazia parte, criou o Centro Cultural Guimarães Rosa. Era um verdadeiro biombo para a discussão cultural e política naquele período de ditadura pesada. Um dia, aí por 1972-1973, nos momentos de espera de uma apresentação do grupo de teatro do Centro Cultural, ouvi a voz maravilhosa de uma cantora que não conhecia, cujo canto tinha versos que despertaram meu interesse em saber quem era.

Era ela – Mercedes Sosa. Em minha memória, virou um signo dos anos de resistência, com canções que encarei como verdadeiros hinos de confiança na luta dos trabalhadores, uma afirmação, com sonoridade cristalina, de que as profundas dificuldades daqueles anos seriam vencidas.

Era a voz de um otimismo popular, proletário, que agradecia à vida que me há dado tanto. Vida que deu “Os dois materiais que formam meu canto / e o canto de vocês que é o mesmo canto / e o canto de todos que é meu próprio canto”. São versos da chilena Violeta Parra que exprimem um sentimento de unidade contra a ditadura e de confiança no futuro. Eles foram espalhados por todos os lados pela voz de La Negra.

Era, claramente, uma cantora com posição política – e somente muito mais tarde soube que era comunista, filiada ao Partido Comunista da Argentina e militante da resistência popular desde muito jovem.

Naquela época, eu não sabia isso, mas desconfiava. Como não pensar na opção socialista e revolucionária depois de ouvir Volver a los 17, também de Violeta Parra e cantada por Mercedes Sosa? Uma leitura superficial sugere a volta à juventude. Mas sempre imaginei que a canção aludia também a outro 17, ao ativismo e iniciativa popular da Revolução Russa, um instante fecundo. Indicação do caminho da mudança em busca de um mundo melhor.

Acho que tinha razão ao interpretar assim aquelas palavras. Afinal, a própria Mercedes proclamou isso em Todo cambia (Tudo Muda). “Muda o superficial / muda também o profundo / Muda o modo de pensar / muda tudo neste mundo”. Mas há coisas que não mudam, como a lembrança, “nem a dor / de meu povo e de minha gente”. Mas “o que mudou ontem / terá que mudar amanhã / assim como mudo eu / nesta terra estranha”.

Além disso lembrou também em várias canções que a mudança tem um personagem, um protagonista. Como em Te recuerdo Amanda, em cursos versos Mercedes fala do amor e da luta dos trabalhadores e do pesado preço pago pela ousadia de lutar pela liberdade. “Lembro de você, Amanda / a rua molhada / correndo para a fábrica / onde trabalha Manuel”.

Ia sorridente, para um encontro fugaz durante um breve intervalo na jornada diária. “A vida é eterna / em cinco minutos”, que terminam ao som da sirene que chama de volta ao trabalho. Mas Manuel “partiu para a serra”, onde “caiu destroçado”. E quando a sirene chama “de volta ao trabalho / muitos não voltaram / entre eles Manuel”.

Os povos das Américas perderam sua cantora no último domingo (dia 4), quando Mercedes Sosa deixou de viver. Os trabalhadores do mundo perderam uma voz que chamava para a luta mas também para a reflexão, para o afeto. Que olhava e cantava o belo, que persiste apesar dos males e das dificuldades. Olhando o futuro que nasce na luta diária. Gracia a la vida, Gracias a Mercedes!
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* Jornalista, editor da Classe Operária, membro da Comissão Nacional de Comunicação e do Comitê Central do PCdoB; é da Comissão Editorial da revista Princípios
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  • venceremos

    09/10/2009 15h15 ruy belissimo texto, nestes tempos em que falar de conteudo é raro,onde predomina o superficial tempos em que categorias, como classe social,independencia,soberania,é um atentado ao bem saber das academias,louvar mercedes sosa nos fortalece a consciencia, pois como dizia a propria mercedes é preciso que a america latina desperte de seu sono secular um grande abraço

    jose carlos tisiu
    são paulo sp - SP

  • La Negra!

    08/10/2009 8h57
    Obrigado, camarada, por trazer tão belas palavras sobre nossa amada Mercedes Sosa, cuja voz nos trazia alento e força para as nossas lutas - eu que ao final dos anos 70 fazia parte do movimento estudantil através do então chamada "Centro Cívico" - hoje Grêmio Estudantil- do meu colégio. Muitas foram as reuniões que aconteciam animadas pela voz de La Negra (en)cantando-nos com CANCION DE LAS SIMPLES COSAS entre tantas outras. Saudades de La Negra...
    Expedito Ximenes Pontes
    Fortaleza - CE
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    Colunas

    Vermelho - 7 de Outubro de 2009 - 20h01

    Gracias, Mercedes, "que nos ha dado tanto"

    Paulo Vinícius *

    Duas das figuras que mais contribuíram para que eu me tornasse um internacionalista e pudesse me encontrar com a América Latina foram Mercedes Sosa e Pablo Neruda. Este pela prosa poética vertida em Confesso que Vivi, e aquela, "la negra", por tudo de arrebatador e pungente que há em seu repertório irretocável.

    Como se hoje fora, recordo da saudade que senti de Neruda - estranha nostalgia de quem não se conheceu, lastreada em poesia. Tal sentimento se intensificou ao ouvir na voz de Mercedes Sosa os zambas, chacareras, os versos de justiça e amor, voando pelo espaço aninhados naquela voz vibrante, forte, inconfundível.

    Foi assim, exposto a esta dupla influência que me vi repentinamente órfão da América Latina, lastimando-me por não a ter conhecido antes, inconformado e intrigado ante o paradoxo em que a proximidade geográfica não se faz amizade, conhecimento mútuo, identidade. E desde então isso mudou a maneira como me situava no mundo. Descobrira-me, malgrado tanto lixo que se nos empurra, enfim, latino-americano.

    E o que Mercedes Sosa cantou me ensinou tanto! Meu portunhol bem ajambrado foi aprendido com ela, cantando e entendendo a rebeldia e o amor, a ânsia por justiça e a grandiosidade com que aquela tucumana afirmava nossa origem comum, nossa irmandade de história, povo e sonhos.

    Ela dizia a simplesmente e dura realidade, que "a esta hora exatamente há uma criança na rua". Reinventou a geografia ao afirmar que "um verde Brasil beija meu Chile de cobre e mineral". Lembrou-nos em meio a tantas vicissitudes que "tudo muda e mudarmos não é estranho" ainda que "não mude meu amor por mais distante que eu esteja, nem a lembrança nem a dor do meu povo, da minha gente". Ademais, com os versos de Atahualpa Yupanqui, definiu para mim a amizade, ao mostrar-nos que temos "tantos irmãos que nem os podemos contar/, no bairro, na montanha/, no pampa e no mar/ cada qual com seu trabalho, com seus sonhos cada qual/ com a esperança adiante e as recordações lá de trás", "tenho tantos irmãos que nem os posso contar e uma irmã muito linda que se chama liberdade".

    Versos assim se cravam no peito se os canta como ela cantava, ao clamar às massas empobrecidas, "irmão, dá-me a mão, venha comigo buscar esta coisa pequenina que se chama liberdade. Esta é a hora primeira e este é o justo lugar, em que com tua mão e a minha, irmão, havemos de começar. Olha adiante irmão, tua terra que te espera, sem distâncias nem fronteiras que a afastem de tua mão, sem distâncias nem fronteiras, nesta hora primeira em que o punho americano marque o rosto dos tiranos e a dor enfim vá embora".

    Por tudo isto, quando ela veio a Brasília em 2008, senti que enfim chegava a oportunidade - que até desacreditava - de ouvi-la ao vivo, oportunidade que provavelmente fosse a última. E foi como um reencontro, essa sintonia tão estranha de fã, quando a ouvi erguer-se por cima da evidente fragilidade física pelas palavras de carinho e a voz inacreditável que venceu o tempo. E do meu lugar no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, depois de ir ao Chile, Cuba, Paraguai, Bolívia, Nicarágua e Venezuela, depois de ver os ventos de mudanças tão ansiados em seus versos se fazerem realidade, pude ouvi-la frente a frente, a dizer tão bem do Brasil, de nosso povo, cantando nossa música, aquela irmã argentina a declarar um amor tão sincero ao nosso país. Não foi em vão.

    E agora que ela partiu, em paz consigo e com seus sonhos de uma intimorata e bela América Latina, não posso pranteá-la, apenas. Tenho na verdade é de lhes sugerir o único tributo verdadeiro para uma pessoa que dizia que "se cala o cantor, cala-se a vida, porque a vida, a vida mesma é toda um canto". Não podemos é permitir-nos não ouvi-la, pois assim permanece viva, tão necessária que é a iluminar os caminhos singulares em que a arte nos faz entender com uma profundidade total esta irmandade latino-americana, este amor aos oprimidos e o ódio às injustiças.

    Conheçam Mercedes Sosa e partilhem do legado caudaloso de sua obra, das lições e do prazer de ouvi-la cantar, da poesia tão bem escolhida por uma intérprete que sabia o que dizer à mente e ao coração, uma irmã tucumana, argentina, latino-americana que, como a vida, pôde nos dar tanto.



    Mais canções citadas (pra você curtir):

    1- Gracias a la Vida - Violeta Parra - http://www.youtube.com/watch?v=xm9sIAW39o0

    2- Hay un Nino en la Calle - Armando Tejada Gómez - Ángel Ritro - http://www.youtube.com/watch?v=apzGIJNipdY

    3- Canción con todos - A. Tejada Gomez e Cesar Isella - http://www.youtube.com/watch?v=icrCSlBGkl0

    4- Todo Cambia - Julio Numhauser - http://www.youtube.com/watch?v=In5TjoaYMRs

    5- Los Hermanos - Atahualpa Yupanqui - http://www.mercedessosa.com.ar/cancionero/letras/loshermanos.htm

    6- Hermano Dame tu Mano - Jorge Sosa, J. Sánchez - http://www.youtube.com/watch?v=F9-pdpfHxrs

    7- Si se calla el cantor - Horacio Guarany - http://www.youtube.com/watch?v=xm9sIAW39o0
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    * Cientista social e bancário.
    * Opiniões aqui expressas não refletem necessáriamente as opiniões do site.
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    • Obrigado!

      30/11/2009 11h53 Grande camarada Paulo Vinicius! Só tenho uma coisa a dizer: muito obrigado por tão bela homenagem a nossa querida Mercedes Sosa, cujo canto embala nossas lutas e nossos amores.

      Expedito
      Fortaleza - CE

    • Maravillosa...

      20/10/2009 16h51 Sou chilena que mora faz 2 anos no Brasil... Fiquei maravilhosamente emocionada pelas palavras aqui expostas... Somos uma só américa, somos o canto dos valientes... Não existe fronteras, nem idiomas para sentir a voz " De La Negra" dançando no nosso universo américano... Viva la Negra, por siempre... Nunca te apagarás Negra querida! "Gracias a la vida que me ha dado tanto..."

      Carla
      Sorocaba - SP

    • Nenhum Cd da Negra

      09/10/2009 14h35 Em Florianopolis, capital de SC,em nenhuma loja de ventas de Cds tem siquer um de Mercedes Sosa, como diz um jornalista , como se as livrarias só vendese best sellers.

      maria teresa
      florianopolis - SC

    • gracias camarada Paulo,

      09/10/2009 13h49 por nos oferecer um texto taõ rico em sentimento, poesia e fervor REVOLUCIONÀRIO,acompanhado de toda mágia e seduçaõ das canções da eterna MERCEDES. Até a VITÒRIA SEMPRE!!! por uma AMÈRICA LATINA unida e justa.

      claudio romero
      brasília - DF

    • Sabia!

      08/10/2009 20h57 Sabia que faria esta homenagem. Realmente há em você Neruda e Mercedes. Espero que esteja bem.

      Daniela
      São Paulo - SP

    • "La Negra" da América Latina

      08/10/2009 8h59 Tomba a pessoa, mas não sua obra... O canto de liberdade, amor e justiça de Mercedes Sosa continuará reverberando por essa nova América Latina que vai surgindo, altiva e cada vez mais unida! Excelente artigo, PV!

      Mario César Fonseca da Silva
      Campo Grande - MS

    • GACIAS

      07/10/2009 17h09 Gracias por tomar mi video... las imaenes de las mujres indigenas fueron filmadas mientras Mercedes Sosa moría en Buenos Aires... Hasta la Victoria Siempre

      Memorias de laTierra - Luis
      Formosa - AM

    • Sadaudes eterma Mercedes

      07/10/2009 9h11 É isso ai PV, a sensibilidade revolucionária e a busca da unidade e avanço está na "alma e no espirito" de luta. Parabéns pelo feliz artigo. Um abraço, Zezito Reis

      Zezito Reis
      Brasília - DF

    • Gracias Mercedes,.....

      07/10/2009 1h27
      Muito bom seu artigo. Eu tb admiro tanto Mercedes Soza, Pablo Neruda. És felizardo, a viu cantar! Ficamos, todos, mais pobres!!!!
      Elisa Helena de Carvalho Santos
      Guaratinguetá - SP
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domingo, 28 de março de 2010

Descoberto fóssil de nova espécie de homem?

  • Descoberto fóssil de nova espécie de homem?

Achados na Sibéria podem revelar ramo hoje extinto da humanidade que vivia há 40 mil anos

Descoberto fóssil de nova espécie de homem?

Público - 24.03.2010 - 19:29 Por Ana Gerschenfeld

A lasca de osso encontrada na Sibéria terá pertencido a uma espécie humana desconhecida - e hoje extinta - que coexistiu há 40 mil anos com os Neandertais e o homem moderno.
Os cientistas na gruta onde foi feita a descoberta  
Os cientistas na gruta onde foi feita a descoberta (Johannes Krause)

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Quando olhou para os resultados, Johannes Krause, do Instituto Max Planck de Leipzig, na Alemanha, pensou que tinha havido um erro. Fez mais umas análises para ter a certeza de que o material genético era autêntico e muito antigo – e não o produto de uma qualquer contaminação. Quando acabou os testes, as dúvidas tinham desaparecido: estava mesmo perante “um novo tipo de ADN de homem primitivo”, como contou ontem numa conferência de imprensa telefónica.
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Espantado e excitado, Krause quis dar logo a incrível notícia ao seu colega Svante Pääbo – um dos mais reputados especialistas mundiais de paleoantropologia genética –, com quem tinha realizado a análise genética de uma lasca de osso fossilizado de um dedo com 30 a 50 mil anos de idade, encontrado numa gruta do Sul da Sibéria. Pääbo estava nesse momento em viagem nos Estados Unidos e, quando atendeu o telemóvel do outro lado do Atlântico, Krause lembra-se de lhe ter dito para se sentar.
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“O resultado era tão absolutamente espantoso que pensei que Johannes estava a pregar-me uma partida”, disse por seu lado Pääbo durante a mesma áudio-teleconferência, organizada pela revista Nature, que amanhã publica os resultados em questão.
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O que tinham descoberto que era tão fora do vulgar? Um bocado de ADN humano inédito, pertencente a uma linhagem diferente das duas principais que até aqui se sabia que tinham habitado na Europa e na Ásia naquela altura: os Neandertais e os Homo sapiens (os Neandertais extinguiram-se há uns 28 mil anos). Mas hoje, essa visão mudou. “Há 40 mil anos, o planeta tinha mais gente do que pensávamos”, escreve na Nature Terence Brown, da Universidade de Manchester, num comentário ao trabalho dos investigadores alemães.
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Contudo, a descoberta de uma potencial nova espécie humana não é em si inédita: a última, a do pequeno Homem das Flores, ou Hobbit, descoberto na Indonésia, aconteceu em 2003. Mas o que torna a nova descoberta notável, acrescenta Brown, é que, “pela primeira vez, uma nova espécie de humanos é descrita não a partir da morfologia dos seus ossos fossilizados, mas a partir da sua sequência de ADN”.
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Comparação genética
Por enquanto, Krause, Pääbo e os seus colegas não sequenciaram ainda o ADN do núcleo das células, mas apenas o ADN mitocondrial do fóssil desenterrado em 2008 na Gruta Denisova, nos Montes Altai da Ásia Central – a ponta do osso de um dedo mínimo (não sabem se da mão esquerda ou direita) que terá pertencido a uma criança de cinco a sete anos de idade, frisam ainda os investigadores.
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O ADN mitocondrial é um pequeno anel de material genético que se encontra dentro das mitocôndrias – as baterias das células – e que existe em muito maiores quantidades do que o resto do ADN. Utilizando técnicas de ponta desenvolvidas por estes mesmos cientistas para estudar o ADN dos Neandertais e de outras espécies extintas, foi possível ler cada “letra” desse ADN mitocondrial 156 vezes – tornando a probabilidade de erros de leitura extremamente remota.
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A seguir, os cientistas compararam esse ADN mitocondrial com o de 54 seres humanos actuais, um homem moderno que viveu há 30 mil anos, seis Neandertais, um bonobo e um chimpanzé. E, como escrevem na Nature, constataram que enquanto a sequência dos Neandertais difere da do homem moderno em 202 posições (ou “letras” do ADN mitocondrial), a sequência vinda do dedo de Denisova difere em 385 posições. “É duas vezes mais distante de nós do que a dos Neandertais”, salienta Pääbo.
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Isto sugere que o antepassado comum mais recente das três espécies terá vivido (em África) há cerca de um milhão de anos e que, na árvore da família humana, “o ramo que deu origem ao homem da Sibéria bifurcou -se muito tempo antes da separação dos ramos dos homens modernos e dos Neandertais”, lê-se num outro artigo também hoje publicado na mesma revista. “Se assim for, a suposta nova espécie terá saído de África aquando de uma migração até agora desconhecida, entre a do Homo erectus, há 1,9 milhões de anos, e a do antepassado dos Neandertais (...), há 300 mil a 500 mil anos.” (Diga-se, a título comparativo, que os nossos antepassados terão saído de África há uns 60 mil anos.)
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Krause e Pääbo permanecem muito prudentes quanto a dizer que se trata mesmo de uma nova espécie. Afinal de contas, o ADN mitocondrial representa apenas uma muito pequena parte da história genética, uma vez que é transmitido exclusivamente por via matrilinear directa. O ADN mitocondrial é indubitavelmente inédito, insistem ambos, mas só a sequência do ADN nuclear é que poderá dizer se se trata de uma nova espécie ou não. Os cientistas também já conseguiram extrair ADN nuclear do fóssil de Denisova e estão actualmente a fazer a sua sequenciação, que deverá estar pronta “dentro de uns meses”.
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Pääbo, entretanto recuperado da surpresa inicial, acredita que poderá haver muitas outras descobertas do mesmo género, sobretudo nas regiões mais frias do planeta, onde o clima permite a conservação do ADN dos fósseis – não só na Sibéria, mas também na Rússia e no Norte da China. “Até agora, a nova criatura que transportou este ADN para fora de África não tinha sido apanhada pelos nossos radares”, explica o cientista. Mas no fundo “não seria surpreendente [encontrarem] outras”.
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Enquanto não obtiverem a sequência dos cromossomas sexuais contidos no ADN nuclear, os investigadores não vão saber se o dono do dedo de Denisova era homem ou mulher. Mas já lhe deram uma alcunha: X-woman. Só para lembrar que o ADN mitocondrial é matrilinear – e porque, dizem, gostam de imaginar que era uma mulher.
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D. Pedro e Inês de Castro túmulos no Mosteiro de Alcobaça Portugal e Panteão Real da I Dinastia


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RaquelBGomes




D. Pedro mandou construir dois esplêndidos túmulos, um para ele mesmo e outro para Inês de Castro no mosteiro de Alcobaça, Portugal, para onde transladou o corpo da sua amada Inês. Juntou-se a ela em 1367 e os restos mortais de ambos jazem juntos até hoje, frente a frente, para que, segundo seu desejo, «o primeiro rosto que vissem quando despertarem no dia do juízo final seria ela o dele e, ele o dela». Segundo a lenda, depois que D. Pedro assumiu o trono mandou desenterrar sua amada Inês e a coroou rainha mesmo depois de morta...
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