Discurso de Lula da Silva (excerto)

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Alegria Alegria - Caetano Veloso


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Sheilim | 2 de outubro de 2007
Clip criado pelos alunos do CEAM sobre os anos rebeldes do movimento estudantil durante a ditadura militar brasileira.
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~Enviado por Manuela Miranda
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Alegria, Alegria

Caetano Veloso

Composição: Caetano Veloso
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Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou...
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O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...
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Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...
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O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou...
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Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
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Por que não, por que não...
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento,
Eu vou...
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Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou...
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Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
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No coração do Brasil...
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou...
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Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou...
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Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
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Alegria, Alegria

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 
"Alegria, Alegria" é uma canção da autoria de Caetano Veloso que foi um dos marcos iniciais do movimento tropicalista em 1967.

Índice

 

Composição

Caetano Veloso, em parte inspirado pelo sucesso de A Banda, de Chico Buarque, que havia concorrido no Festival de música da Record do ano anterior, quis compor uma marcha assim como a canção de Chico. Ao mesmo tempo, queria que fosse uma música contemporânea, pop, lidando com elementos da cultura de massa da época.
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A letra possui uma estrutura cinematográfica, conforme definiu Décio Pignatari, trata-se de uma "letra-câmera-na-mão", citando o mote do Cinema Novo. Caetano ainda incluíu uma pequena citação do livro As Palavras, de Jean-Paul Sartre: "nada nos bolsos e nada nas mãos", que acabou virando "nada no bolso ou nas mãos".
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Como a idéia do arranjo incluía guitarras elétricas, Caetano e seu empresário na época, Guilherme Araújo convidaram o grupo argentino radicado em São Paulo Beat Boys. O arranjo foi fortemente influenciado pelo trabalho dos Beatles.

Apresentação no Festival da Record

Apresentada pela primeira vez no Festival da Record daquele ano, a canção chocou os chamados "tradicionalistas" da música popular brasileira devido a simples presença de guitarras. No ambiente político-cultural da época, setores de esquerda classificavam a influência do Rock como alienação cultural, o que também foi sentido por Gilberto Gil quando apresentou Domingo no Parque no mesmo festival.
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Apesar da rejeição inicial, a música acabou conquistando a maior parte da platéia. Acabou se tornando uma das favoritas, com as manifestações favoráveis superando as facções mais xenófobas. A música acabou chegando em quarto lugar na premiação final.
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Com o improvável sucesso de Alegria, Alegria, Caetano se tornou de imediato um popstar, febre que só passou após alguns meses, embora a música tenha lançado Caetano para a fama, e sua carreira posterior só confirmado sua popularidade.

Referências

  • CALADO, Carlos. Tropicália: A História de uma revolução musical.
  • FAVARETTO, Celso. Tropicália: Alegoria, Alegria.
  • MOTTA, Nelson. Noites Tropicais.
  • VELOSO, Caetano. Verdade Tropical.

Ligações externas



http://letras.terra.com.br/caetano-veloso/43867/
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