Discurso de Lula da Silva (excerto)

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mértola, na rota islâmica em Portugal


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AaVeeZet 5 de Novembro de 2009You can find Mertola in the south-east area of Portugal. There is a big river the Rio Guadiana. The photo's are made in 1990 and 1991. The music is traditional Alentejo. Original version for better quality.

Mértola

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Mértola
Brasão de Mértola Bandeira de Mértola
Brasão Bandeira
Mértola.JPG
Vista geral de Mértola

Localização de 
Mértola
Gentílico Mertolense, Mertolengo
Área 1 279,40 km²
População 8 712 hab. (2001)
Densidade populacional 6,8 hab./km²
N.º de freguesias 9
Governo
- Presidente da Câmara Municipal
Não disponível
Fundação do município
(ou foral)
1254
Região Alentejo
Sub-região Baixo Alentejo
Distrito Beja
Antiga província Baixo Alentejo
Orago
Feriado municipal 24 de Junho
Código postal 7750
Endereço dos
Paços do Concelho
Não disponível
Sítio oficial Mértola Online
Endereço de
correio electrónico
Não disponível
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Igreja de Nossa Senhora da Anunciação
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Mértola é uma vila portuguesa do distrito de Beja, região do Alentejo e subregião do Baixo Alentejo, com cerca de 3 100 habitantes. A vila encontra-se situada numa elevação na margem direita do rio Guadiana, imediatamente a montante da confuência da ribeira de Oeiras.
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É sede de um dos maiores municípios de Portugal, com 1 279,40 km² de área e 8712 habitantes (2001), subdividido em 9 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Beja e de Serpa, a leste pela Espanha, a sul por Alcoutim e a oeste por Almodôvar e por Castro Verde.
População do concelho de Mértola (1801 – 2004)
1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004
9617 10757 18910 26310 26026 11693 9805 8712 7996
As freguesias de Mértola são as seguintes:

História

Chamada Myrtilis Iulia (ou Mirtylis Iulia) na Antiguidade pelos Romanos, seguiu-se-lhe a ocupação visigótica e finalmente muçulmana; por esta época era chamada de Mārtulah. Importante porto de rio, dominava o Guadiana alcantilada no seu castelo; só seria conquistada aos Mouros em tempo do rei Sancho II de Portugal, pelo comendador da Ordem de Santiago, Paio Peres Correia, em 1238.

Património

Ligações externas

Commons
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Castelo de Mértola

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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MertolaCastle1-CCBY.jpg
Castelo de Mértola, Portugal: vista panorâmica.
Mapa de Portugal - Distritos plain.png
Construção Mouros (930-1031)
Estilo Românico e Gótico
Conservação  ?
Homologação
(IPPAR)
MN
(DL 32 973, DG 175 de 18-08-1943)
Aberto ao público  ?
Site IPPAR 70160
O Castelo de Mértola, no Alentejo, localiza-se na vila, Freguesia e Concelho de mesmo nome, Distrito de Beja, em Portugal.
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Em posição dominante sobre a povoação, na confluência da ribeira de Oeiras com a margem esquerda do rio Guadiana, controlava a passagem deste último. Atualmente integra a Região de Turismo Planície Dourada.

Índice

 

História

Antecedentes

Castelo de Mértola: Portugal: estátua eqüestre de Ibn Qasi com a Torre de Menagem ao fundo.
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Ocupada desde tempos pré-históricos, esta região constitui-se em importante entreposto comercial freqüentado por Fenícios e Cartagineses, graças à existência de vias fluvial e terrestre ligando-a ao Sul da península. Diante da Invasão romana da Península Ibérica, manteve-se essa importância comercial. A primeira referência histórica a esta povoação encontra-se na Crónica dos Suevos, do bispo Idácio, narrando um episódio datado de 440, de cuja leitura se pode inferir a existência de uma fortificação no local, então denominada Myrtilis Julia.
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Ocupada sucessivamente por Suevos e Visigodos, a partir do século VIII conheceu a dominação Muçulmana, responsável pela remodelação das defesas deste próspero povoado. As referências a esta nova estrutura defensiva surgem no final do século IX, sendo certo que entre 930 e 1031, o castelo foi consolidado, tornado-se um dos mais sólidos da região. Com a queda do Califado de Córdoba (1031), Mértola tornou-se um reino independente, rapidamente retomado por Al-Mutamid, rei de Sevilha. Um século mais tarde, entre 1144 e 1150, tornou-se novamente independente, sendo provável terem sido erguidas nova obras defensivas durante o governo de Ibn Qasi (1144-1147). É certo que, em 1171, a fortificação foi ampliada com uma torre e, em 1184, com o torreão integrante do portão de entrada.

O castelo medieval

Castelo de Mértola, Portugal: vista aproximada. O edifício branco, à esquerda, é a igreja matriz, antiga mesquita da cidade.
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À época da Reconquista cristão da península Ibérica, as forças de D. Sancho II (1223-1248) investem para o Sul, acompanhando ambas as margens do rio Guadiana, vindo a conquistar Mértola (na margem direita) e Ayamonte (na esquerda) (1238). A primeira foi doada à Ordem de Santiago, na pessoa de seu Grão-Mestre, D. Paio Peres Correia (1239). A Ordem, que já tinha sob sua responsabilidade a defesa de outras praças ao sul do país (Alcácer do Sal, Aljustrel, e outras), fez de Mértola a sua sede (Capítulo) em Portugal, posteriormente transferida para o Castelo de Palmela. Em 1254 a povoação recebeu Carta de Foral, alçada à condição de vila. Data deste período a construção da torre de Menagem, cujas obras foram concluídas em 1292 sob a direção do mestre João Fernandes. Esta torre, bem como a alcáçova, foram a residência do alcaide-mor até ao século XVI, época em que a estrutura foi progressivamente abandonada.
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Sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), reedificou-se a primitiva defesa, iniciando-se a muralha da vila, obras continuadas pelos seus sucessores, D. Afonso IV (1325-1357), D. Pedro I (1357-1367) e D. Fernando (1367-1383).
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Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), a povoação e seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509). A vila recebeu o Foral Novo do soberano em 1512, quando a sua defesa foi objeto de novos melhoramentos.

Do século XVI ao XIX: abandono e decadência

Em que pese a importância de sua posição, estratégica no sul de Portugal, a povoação de Mértola e o seu castelo perderam importância a partir dos Descobrimentos portugueses. O declínio que conheceu a partir de então, refletiu-se na conservação de suas muralhas, de tal modo que, em 1758, acusava ruína e não dispunha sequer de guarnição militar.

A revitalização

Entre o século XIX e o século XX, a economia de Mértola dependia da exploração das minas de São Domingos, um grande centro de extração de pirita cúprica.
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Em meados do século XX, as ruínas do antigo castelo foram classificadas como Monumento Nacional, tendo sido procedidas obras de reparação. Em razão da implantação de um projeto de revitalização, Mértola na atualidade é considerada uma vila-museu com diferentes áreas de intervenção e investigação, organizadas em três núcleos, em exposição na Torre de Menagem do castelo: o Núcleo Romano, o Núcleo Visigótico, que inclui uma basílica cristã, e o Núcleo Islâmico, onde se pode ver uma das melhores coleções portuguesas de arte islâmica (cerâmica, numismática e joalharia).

Características

Do perímetro defensivo medieval, com uma área de aproximadamente 2.000 m², nos estilos românico e gótico, subsistem:
  • trechos das muralhas exteriores que circundavam a vila, alongando-se até ao rio, reforçadas por cubelos (perímetro externo);
  • o castelo (perímetro interno), com duas torres, destacando-se a de menagem.
Um torreão semi-cilindríco defende e integra o conjunto do portal de entrada do castelo. Através dele, ultrapassando-se um arco, obtém-se acesso a um corredor em cotovelo que comunica com a praça de armas. Ao centro desta, abre-se a cisterna, coberta por abóbada de berço.
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A torre de menagem, de planta quadrangular, apresenta embasamento maciço e ergue-se a cerca de trinta metros de altura, coroada por ameias. O acesso ao seu interior é feito por uma porta em arco ogival, para uma ampla e alta sala, coberta por abóbada em cruzaria ogival. Atualmente, nesta sala conserva-se um valioso espólio de pedras lavradas das épocas romana, visigótica, islâmica e portuguesa até ao século XVIII.

Galeria

Ligações externas

Castelos de Portugal :: Distrito de Beja
Aljustrel :: Alvito :: Beja :: Cola :: Mértola :: Messejana :: Montel :: Moura :: Noudar :: Odemira :: Serpa :: Vidigueira
Ver também: Fortalezas de Portugal

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