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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Para Igreja Católica, papa que tolerou o holocausto é "venerável"



 

Geral

Vermelho - 19 de Dezembro de 2009 - 21h20

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Representantes de comunidades judaicas na Itália criticaram neste sábado (19) a decisão de Bento 16 de promulgar o Decreto das Virtudes de Pio 12. Os judeus lembraram que o papa Eugenio Pacelli é acusado de ter-se omitido diante do genocídio durante a Segunda Guerra Mundial.

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“Se a decisão implicasse um julgamento definitivo e unilateral da atuação histórica de Pio 12, reiteraríamos que a nossa avaliação ainda é crítica”, diz uma nota assinada pelo rabino-chefe de Roma, Riccardo Di Segni, pelo presidente da União das Comunidades Judaicas italianas, Renzo Gattegna, e pelo presidente da Comunidade Judaica de Roma, Riccardo Pacifici.
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No texto, os judeus reiteram não terem o poder de “interferir de forma alguma nas decisões internas da Igreja, que tem o direito de liberdade de expressão religiosa”, mas recordam que a “comissão conjunta de historiadores do mundo judeu e do Vaticano ainda esperam pelo acesso aos arquivos daquele período”.
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Os arquivos em discussão são os documentos particulares de Eugenio Maria Giuseppe Giovanni Pacelli (nome de batismo de Pio 12), principalmente os que remetem à época de 1939. Para a comunidade judaica, é essencial analisar as informações arquivadas do período.
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“Não esqueçamos também das deportações de judeus da Itália e, em particular, o trem de 1.021 deportados, que partiu em 16 de outubro de 1943 em direção a Auschwitz (campo de concentração nazista), no silêncio de Pio 12”, continua a nota. Por outro lado, a declaração enfatiza que o mundo judaico “continua reconhecendo as pessoas e as instituições da Igreja que atuaram para salvar os perseguidos”.
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O pontificado de Pio 12 teve início em março de 1939 e foi encerrado em outubro de 1958. Ainda hoje, sua atuação durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) ante a perseguição de judeus praticada pelo regime nazista é alvo de intensas controvérsias.
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Hoje, ao receber uma delegação da Congregação para as Causas dos Santos, Bento 16 firmou diversos decretos, entre eles o que reconhece as virtudes heróicas de Pio 12, o que o eleva ao título de “venerável”. É o penúltimo passo da última fase do processo de beatificação, que inclui ainda a comprovação de um milagre por intercessão do venerável à proclamação como beato.
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Da Redação, com informações da Ansa

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