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quarta-feira, 1 de julho de 2009

Greenpeace denuncia os gigantes da electrónica mais poluentes

Arko Datta/Reuters
Em último lugar encontra-se a empresa Nintendo – que, apesar de tudo, começou a erradicar parcialmente os elementos poluentes das suas consolas – seguida da Fujitsu, em penúltimo




















Relatório “Guide to Greener Electronics” apresentado hoje

01.07.2009 - 14h17 PÚBLICO
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A mais recente edição do guia da Greepeace que faz o “ranking” dos gigantes da electrónica que mais poluem o ambiente – “Guide to Greener Electronics” –, hoje tornado público, revela que os três gigantes mundiais, a Hewlett Packard (HP), a Dell e a Lenovo, não conseguiram melhorar os seus produtos, apesar das promessas que fizeram no passado para erradicar da produção materiais poluentes como o cloreto de polivinila (PVC) e retardantes brominados de chama (BFR).
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“A Greenpeace leva os compromissos voluntários muito a sério e quer tornar as empresas reféns das suas promessas. Não há desculpa para estes retrocessos e não há razão nenhuma para as empresas não se verem livres dos PVC e dos BFR”, indicou hoje em comunicado o activista da Greenpeace responsável pelo combate ao lixo tóxico, Tom Dowdall.
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A organização ecologista alerta para o facto de o PVC – o tipo de plástico mais tóxico – poder contaminar os humanos (pode dar origem a toxinas cancerígenas quando queimado) e o Ambiente durante todo o seu ciclo de vida. Já os BFR são altamente resistentes à degradação no meio ambiente e expõem os utilizadores dos produtos a um perigo acrescido aquando do seu manuseamento.
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Com o aumento, nas últimas décadas, do chamado e-waste (lixo electrónico), os trabalhadores que lidam com este problema estão sujeitos a diversos riscos. Eliminando estas substâncias assegura-se um melhor processo de e-reciclagem.
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Indexado na 14ª posição (o top é encimado pelas empresas menos poluentes), a HP acabou por adiar os seus compromissos feitos em 2007 de deixar de lado os PVC e os BFR da sua linha de produção (excluindo as linhas de impressoras e de servidores) entre 2009 e 2011. A marca continua a não ter no mercado nenhum produto livre daquelas substâncias poluentes, refere a Greenpeace.
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A HP foi avisada para o facto de não ter retirado esses produtos tóxicos da linha de produção dos seus portáteis na semana passada, quando activistas da Greenpeace amontoaram lixo electrónico à porta do quartel-general chinês da empresa. Hoje mesmo, os escritórios holandeses foram igualmente surpreendidos pelos membros da mesma organização ambientalista, que mostraram aos funcionários fotografias da poluição que os seus computadores estão a causar em África e na Ásia.
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A Lenovo, a Dell e a Acer aparecem, ainda assim, à frente da HP porque já introduziram no mercado produtos que estão livres (ou usam em quantidades menores) de PVC e BFR. De todas as formas, estas três marcas foram as que, na opinião da Greenpeace, se destacar da pior maneira possível, por terem quebrado promessas feitas em ocasiões anteriores.
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Nos primeiros lugares do top – de empresas menos poluentes – estão a Nokia (em primeiro), a Samsung (2º) e a Sony Ericsson (3º). A LG Electronics, a Toshiba e a Motorola sobem, respectivamente, para o quarto, quinto e sexto lugares. A Sony baixa do 5º para o 12º lugar, alegando a Greenpeace que isso se deve à má “performance” ao nível da reciclagem de lixo electrónico.
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As novas linhas de computadores da Apple – praticamente livres de PVC e BFR – demonstram que é possível, tecnicamente e industrialmente, produzir alternativas a estas substâncias tóxicas, indica a organização ambientalista, que, apesar de tudo, coloca esta multinacional na metade inferior da tabela.
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Em último lugar encontra-se a empresa Nintendo – que, apesar de tudo, começou a erradicar parcialmente os elementos poluentes das suas consolas – seguida da Fujitsu, em penúltimo.
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in Público .

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